Eterna Gratidão á todas as familias movidas pelo amor / Campanha Pró- Transplante "RESPIRAR-IRESC"

AGRADECIMENTO AOS FAMILIARES DOS DOADORES DE ÓRGÃOS Este é um simples agradecimento diante da grandiosidade do ato da doação, por que na verdade nos sobram muitas palavras para expressar tamanha gratidão. Agradecemos a cada familiar pelo SIM à doação de órgãos que não somente salva a vida de alguém, mas que também muda o quadro de uma família inteira que vive a angústia da espera e a expectativa da mudança, quando essa mesma família doadora vive a angústia da perda. Quando este misto de alegria e tristeza, perdas e ganhos, lamentações e orgulho, sofrimento e liberdade vem à tona, os elos contrários que unem as duas famílias desconhecidas se entrelaçam para um objetivo comum SALVAR VIDAS. Diante desse elo de amor, a balança da vida mostra há essas duas famílias unidas por destinos diferentes e complementares lições valiosas: que a perda às vezes não significa perda; significa ganho. E que espera não significa dor; significa alegria. Obrigada você família, pela consciência e amor, puro e genuíno para com o próximo. E acreditamos que a cada dia, muitas famílias terão consciência do ato de doar e salvar vidas. E estas continuarão sendo como as ostras, que no momento que são feridas produzem a PÉROLA! ETERNA GRATIDÃO A TODAS AS FAMÍLIAS MOVIDAS PELO AMOR / Texto extraido do site:http://transplantepulmonar.com/agradecimento.html

terça-feira, 31 de maio de 2011

31 de Maio de 2011 Dia Mundial sem Tabaco: cigarro pode matar 8 milhões até 2030



O cigarro deve matar em 2011 quase 6 milhões de pessoas em todo o mundo – dessas, 600 mil são fumantes passivos. O número representa uma morte a cada seis segundos. Até 2030, a estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que 8 milhões de pessoas podem morrer em consequência do fumo.



A OMS classificou o tabaco como um dos fatores que mais contribuem para a epidemia de doenças não contagiosas como ataques cardíacos, derrames, câncer e enfisema. O grupo é responsável por 63% de todas as mortes no mundo. Dados indicam que metade dos fumantes deve morrer em razão de uma doença relacionada a esse hábito.
No Dia Mundial sem Tabaco, lembrado hoje (31), a OMS listou avanços no enfrentamento ao cigarro. Entre os destaques estão países como o Uruguai, onde os alertas sobre o risco provocado pelo cigarro ocupam 80% das embalagens. A China, Turquia e Irlanda também receberam elogios por leis que proíbem o fumo em locais públicos.
Entretanto, menos da metade dos países que aderiram à Convenção de Controle do Tabaco (2003) e que enviaram relatórios à OMS registraram progresso no combate ao fumo. Apenas 35 de um total de 65, por exemplo, registraram aumento nos investimentos para pesquisas no setor..
Um estudo feito pelo Ministério da Saúde mostra que entre 2006 e 2010 a proporção de brasileiros fumantes caiu de 16,2% para 15,1%. Entre os homens, a queda foi maior – o hábito de fumar passou de 20,2% para 17,9%. Entre as mulheres, o índice permaneceu estável em 12,7%. Pessoas com menor escolaridade - até oito anos de estudo - fumam mais (18,6%) que as pessoas mais escolarizadas - 12 anos ou mais (10,2%).

Edição: Graça Adjuto

Redação MGA (Rodrigo Fernandes) Fonte AN

Texto e imagem, extraido do site abaixo:

http://mogiguacuacontece.com/m-0328.htm

Programa Nacional de Controle do Tabagismo e Outros Fatores de Risco de Câncer nas Escolas - "Programa Saber Saúde"

A escola é o melhor lugar para o desenvolvimento de ações preventivas para o controle do tabaco. Ela atua como referência de comportamento para crianças, adolescentes e a comunidade em geral. Por isso, o INCA desenvolveu o Programa Nacional de Controle do Tabagismo e Outros Fatores de Risco de Câncer nas Escolas - Programa Saber Saúde, para informar e educar as crianças nas escolas brasileiras quanto aos fatores de risco de câncer.

O objetivo é formar cidadãos críticos, capazes de fazer opções conscientes que contribuam para sua saúde, a saúde coletiva e a do meio ambiente em geral, na busca de uma melhor qualidade de vida.

O Saber Saúde capacita representantes das Secretarias Estaduais de Saúde e Educação que habilitam os profissionais das Secretarias Municipais que, por sua vez, capacitam os professores de cada escola.

As informações e atividades relacionadas ao consumo do tabaco e outros fatores de risco de câncer são aplicadas ao cotidiano da escola, em todas as disciplinas, como parte do projeto pedagógico. O material de apoio consta de dois livros, guia metodológico, duas revistas para crianças e adolescentes, adesivos, cartazes e quatro vídeos.

Dentre as atividades propostas estão a prática de uma alimentação saudável na escola, com estímulo à criação de hortas, e atividades ao ar livre em horários apropriados e protegidas do sol.

O público-alvo é formado por alunos do Ensino Fundamental (6-14 anos). Os alunos do Ensino Médio (15-18 anos) são agregados ao processo como multiplicadores, recebendo para isso uma capacitação especial utilizando o mesmo material.

A implantação nacional do Programa teve início em 1998. Desde então, já capacitou 98.597 professores do Ensino Fundamental e atende a 1.957.793 alunos de 1º a 8º séries.

Tratamento do tabagismo no Sistema Único de Saúde

O tratamento do tabagismo no Sistema Único de Saúde (SUS) é regulado pela Portaria Nº 1035/GM, de 31 de maio de 2004, regulamentada pela Portaria SAS/MS/Nº 442 de 13 de agosto de 2004. Estas portarias ampliam o acesso da abordagem e tratamento do tabagismo a atenção básica e média complexidade da rede do SUS, incluem no elenco de procedimentos financiados pelo Piso da Atenção Básica (PAB) aqueles referentes ao tratamento do tabagismo e aprovam o Plano de Implantação da Abordagem e Tratamento do Tabagismo na Rede SUS (Anexo I da Portaria SAS/MS/Nº 442/2004) e o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Dependência à Nicotina (Anexo II da Portaria SAS/MS/Nº 442/2004).

Essas portarias definem também que o tratamento do tabagismo deve ser realizado através da abordagem cognitivo-comportamental obrigatória e apoio medicamentoso quando indicado, e poderá ser realizado por qualquer unidade de saúde pertencente ao SUS, de qualquer nível hierárquico, segundo critério do gestor municipal, desde que preencha os critérios de credenciamento definidos pelo Plano de Implantação (Anexo I da Portaria SAS/MS/Nº 442/2004). Segundo este plano, para ser credenciada para o tratamento do tabagismo no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) a unidade deve cumprir os seguintes requisitos:
• ser unidade de saúde ambulatorial ou hospitalar, integrante do Sistema Único de Saúde, classificada em qualquer nível hierárquico;
• não permitir fumar no interior da unidade;
• contar com, no mínimo, um profissional de saúde de nível universitário, das categorias profissionais constantes na Portaria SAS/MS/Nº 442, devidamente capacitado, segundo modelo preconizado pelo Programa Nacional de Controle do Tabagismo. Cópia do certificado de capacitação dos profissionais deverá ser incluída no processo de credenciamento da unidade;
• dispor de locais para atendimento individual e sessões de grupo;
• garantir equipamentos e recursos necessários como tensiômetro, estetoscópio e balança antropométrica, para avaliação clínica do fumante. O município deve garantir também, seja na própria unidade de atendimento ou em uma unidade de referência, a realização de exames para apoio diagnóstico dos pacientes que necessitarem de avaliação complementar.

Conforme pactuação na Comissão Intergestores Tripartite, o Ministério da Saúde está adquirindo e encaminhando para as Secretarias Municipais de Saúde, que tiverem unidades credenciadas para o atendimento ao tabagista no CNES os medicamentos (adesivo transdérmico de nicotina, goma de mascar de nicotina e cloridrato de bupropiona) e os Manuais do Participante a serem utilizados durante as sessões da abordagem cognitivo-comportamental. O envio dos insumos está condicionado ao encaminhamento de uma estimativa de atendimento às Secretarias Municipais de Saúde, conforme as orientações descritas abaixo.

Para que o município possa receber o material de apoio e os medicamentos, é necessário seguir os seguintes passos:
• enviar à Coordenação Estadual ou do Distrito Federal do Programa de Controle do Tabagismo, uma estimativa de fumantes a serem atendidos, de acordo com a capacidade instalada;
• após o recebimento das estimativas de atendimento dos municípios, a Coordenação Estadual ou do Distrito Federal deverá consolidar, as informações e enviar para a Coordenação Nacional do Programa de Controle do Tabagismo/INCA/MS;
• somente receberão os medicamentos e materiais de apoio, as unidades de saúde que estiverem credenciadas e que enviarem a estimativa de atendimento;
• a continuidade do recebimento desses insumos estará vinculada ao envio periódico de informações para a Coordenação Estadual do Programa, sobre os atendimentos realizados pelas unidades de saúde;
• o quantitativo dos insumos a serem enviados a cada município será calculado pela Coordenação Nacional do Programa e repassado aos Departamentos do Ministério da Saúde responsáveis pela compra, produção e distribuição dos mesmos, a partir das informações enviadas pelas Coordenações Estaduais e do Distrito Federal;

Para informações mais detalhadas, favor consultar a Coordenação de Controle do Tabagismo da sua Secretaria Estadual de Saúde ou a seguinte publicação do Instituto Nacional de Câncer:

Conheça também Plano de Implantação da Abordagem e Tratamento do Tabagismo na Rede SUS - Portarias GM/MS 1.035/04 e Portaria SAS/MS 442/04.

Texto extraido do site abaixo:

http://www.inca.gov.br/tabagismo/frameset.asp?item=programa&link=tratamentosus.htm

Tabagismo no mundo

O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. A OMS estima que um terço da população mundial adulta, isto é, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas (entre as quais 200 milhões de mulheres), sejam fumantes. Pesquisas comprovam que aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população feminina no mundo fumam. Enquanto nos países em desenvolvimento os fumantes constituem 48% da população masculina e 7% da população feminina, nos países desenvolvidos a participação das mulheres mais do que triplica: 42% dos homens e 24% das mulheres têm o comportamento de fumar.

O total de mortes devido ao uso do tabaco atingiu a cifra de 4,9 milhões de mortes anuais, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia. Caso as atuais tendências de expansão do seu consumo sejam mantidas, esses números aumentarão para 10 milhões de mortes anuais por volta do ano 2030, sendo metade delas em indivíduos em idade produtiva (entre 35 e 69 anos) (WHO, 2003).

O INCA desenvolve papel importante como Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o Programa "Tabaco ou Saúde" na América Latina, cujo objetivo é estimular e apoiar políticas e atividades controle do tabagismo nessa região, e no apoio à elaboração da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco, idealizada pela OMS para estabelecer padrões de controle do tabagismo em todo o mundo.

Fontes:
BANCO MUNDIAL, 1999. A epidemia do tabagismo: Os governos e os aspectos econômicos do controle do Tabaco. The World Bank, agosto.

Doll R, Peto R. 9ª Conferência Mundial sobre Tabacco e saúde. Paris, 1994.

Doll, R. & Peto,R.; Wheatley K, et al. Mortality in relation to smoking: 40 years’observations on male. British Doctors. BMJ, 309: 301-310, 1994.

International Agency of Reaserch in Cancer (IARC). Environmental Carcinogens mathods of analysis and exposure measurement. Passive Smoking. Vol 9, Scientific Publications n.31, Lyon, France 1987.

Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Instituto Nacional de Câncer - INCA, Falando sobre Tabagismo. 3ª edição, 1998.

MINISTERIO DA SAÚDE. Instituto Nacional de Câncer/Fundação Getúlio Vargas. Cigarro Brasileiro. Análises e Propostas para Redução do Consumo. Rio de Janeiro, 2000.

Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Instituto Nacional de Câncer - INCA. Estimativas da Incidência e Mortalidade por Câncer. Rio de Janeiro: INCA, 2002.

ROSEMBERG, J. Pandemia do tabagismo – Enfoques Históricos e Atuais São Paulo – SES, 2002.

U.S. Department of Health and Human Services. The health consequences smoking: a report of the Surgeon General. Washington DC; U.S. Government Printing Office, 2004.

World Health Organization. World no-Tobacco Day. Tobacco and poverty: a vicious circle, 2004.

World Health Organization (WHO). Tobbaco Free Iniciative. http://

Perguntas e Respostas mais Frequentes

1) Por que cigarros, charutos, cachimbo, fumo de rolo e rapé fazem mal à saúde?
2) Quais os derivados do tabaco mais agressivos à saúde e como agem?
3) Como o cigarro atua quimicamente no organismo?
4) O que causa a dependência do cigarro?
5) Por que as pessoas começam e continuam a fumar?
6) Quais são as doenças causadas pelo uso do cigarro?
7) Existem outras desvantagens em ser fumante?
8) Quais são os riscos para a mulher grávida?
9) E os não fumantes, como ficam nessa história?
10) Quais os danos ao meio ambiente?
11) A produção de fumo gera perdas para o país?
12) O que é tabagismo passivo?
13) Como o tabagismo passivo afeta a saúde?
14) Quais são os riscos para crianças que convivem com fumantes em ambientes fechados ?
15) O aumento da ventilação nos ambientes pode eliminar a poluição tabagística ambiental?
16) As novas imagens e frases de advertência nos maços de cigarros causam impacto?
17) Existem números e pesquisas que comprovem que as imagens nos maços diminuem o número de fumantes?
18) Qual o papel do Instituto Nacional de Câncer no controle do tabagismo?


1) Por que cigarros, charutos, cachimbo, fumo de rolo e rapé fazem mal à saúde?
Todos esses derivados do tabaco, que podem ser usados nas formas de inalação (cigarro, charuto, cachimbo, cigarro de palha), aspiração (rapé) e mastigação (fumo-de-rolo), são nocivos à saúde. No período de consumo destes produtos são introduzidas no organismo mais de 4.700 substâncias tóxicas, incluindo nicotina (responsável pela dependência química), monóxido de carbono (o mesmo gás venenoso que sai do escapamento de automóveis) e alcatrão, que é constituído por aproximadamente 48 substâncias pré-cancerígenas, como agrotóxicos e substâncias radioativas (que causam câncer). Leia mais

2) Quais os derivados do tabaco mais agressivos à saúde e como agem?
A fumaça do cigarro possui uma fase gasosa e uma particulada. A fase gasosa é composta por monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído e acroleína, entre outras substâncias. Algumas produzem irritação nos olhos, nariz, garganta e levam à paralisia dos movimentos dos cílios dos brônquios. A fase particulada contém nicotina e alcatrão, que concentra 48 substâncias cancerígenas, entre elas arsênico, níquel, benzopireno, cádmio, chumbo, além de resíduos de agrotóxicos aplicados nos produtos agrícolas e substâncias radioativas. Leia mais

3)Como o cigarro atua quimicamente no organismo?
A fumaça do tabaco, durante a tragada, é inalada para os pulmões, distribuindo-se para o sistema circulatório e chegando rapidamente ao cérebro, entre 7 e 9 segundos. Além disso, o fluxo sangüíneo capilar pulmonar é rápido, e todo o volume de sangue do corpo percorre os pulmões em um minuto. Dessa forma, as substâncias inaladas pelos pulmões espalham-se pelo organismo com uma velocidade quase igual a de substâncias introduzidas por uma injeção intravenosa.

4) O que causa a dependência do cigarro?
A nicotina, que é encontrada em todos os derivados do tabaco (charuto, cachimbo, cigarro de palha, etc) é a droga que causa dependência. Esta substância é psicoativa, isto é, produz a sensação de prazer, o que pode induzir ao abuso e à dependência. Por ter características complexas, a dependência à nicotina é incluída na Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde - CID 10ª revisão. Ao ser ingerida, produz alterações no Sistema Nervoso Central, modificando assim o estado emocional e comportamental dos indivíduos, da mesma forma como ocorre com a cocaína, heroína e álcool.
Depois que a nicotina atinge o cérebro, entre 7 a 9 segundos, libera várias substâncias (neurotransmissores) que são responsáveis por estimular a sensação de prazer (núcleo accubens), explicando-se assim as boas sensações que o fumante tem ao fumar. Com a ingestão contínua da nicotina, o cérebro se adapta e passa a precisar de doses cada vez maiores para manter o mesmo nível de satisfação que tinha no início. Esse efeito é chamado de tolerância à droga. Com o passar do tempo, o fumante passa a ter necessidade de consumir cada vez mais cigarros. De tal forma que, a quantidade média de cigarros fumados na adolescência, nove por dia, na idade adulta passa a ser de 20 cigarros por dia. Com a dependência, cresce também o risco de se contrair doenças debilitantes, que podem levar à invalidez e à morte. Leia mais

5) Por que as pessoas começam e continuam a fumar?
Em decorrência da publicidade ser dirigida principalmente aos jovens e fornecer uma falsa imagem de que fumar está associado ao bom desempenho sexual e esportivo, ao sucesso, à beleza, à independência e à liberdade. A maioria dos fumantes torna-se dependente da nicotina antes dos 19 anos de idade. Conscientes de que a nicotina gera dependência, os fabricantes de cigarros gastam milhões de dólares em publicidade dirigidas aos jovens. Apesar da lei de restrição da propaganda de produtos derivados do tabaco, sancionada no Brasil em dezembro de 2000, as falsas imagens continuam influindo fortemente no comportamento de jovens e adultos. Leia mais

6) Quais são as doenças causadas pelo uso do cigarro?
O tabagismo é diretamente responsável por 30% das mortes por câncer, 90% das mortes por câncer de pulmão, 25% das mortes por doença coronariana, 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica e 25% das mortes por doença cerebrovascular. Outras doenças que também estão relacionadas ao uso do cigarro são aneurisma arterial, trombose vascular, úlcera do aparelho digestivo, infecções respiratórias e impotência sexual no homem. Estima-se que, no Brasil, a cada ano, 200 mil pessoas morram precocemente devido às doenças causadas pelo tabagismo, número que não pára de aumentar. Leia mais

7) Existem outras desvantagens em ser fumante?
Os fumantes adoecem com uma freqüência duas vezes maior que os não fumantes. Têm menor resistência física, menos fôlego e pior desempenho nos esportes e na vida sexual do que os não fumantes. Além disso envelhecem mais rapidamente e apresentam um aspecto físico menos atraente, pois ficam com os dentes amarelados, pele enrugada e impregnada pelo odor do fumo. Leia mais

8) Quais são os riscos para a mulher grávida?
A mulher grávida que fuma, além de correr o risco de abortar, tem uma maior chance de ter filho de baixo peso, menor tamanho e com defeitos congênitos. Os filhos de fumantes adoecem duas vezes mais do que os filhos de não fumantes. Leia mais

9) E os não fumantes, como ficam nessa história?
Basta manter um cigarro aceso para poluir um ambiente com as substâncias tóxicas da fumaça do cigarro. As pessoas passam 80% do seu tempo em ambientes fechados. Ao fim do dia, em um ambiente poluído, os não fumantes podem ter respirado o equivalente a 10 cigarros. Fumar em ambientes fechados prejudica as pessoas com quem o fumante convive: filhos, cônjuge, amigos e colegas de trabalho. Ao respirar a fumaça do cigarro, os não fumantes correm o risco de ter as mesmas doenças que o fumante. Leia mais

10) Quais os danos ao meio ambiente?
Florestas inteiras são devastadas para alimentar os fornos à lenha que secam as folhas do fumo antes de serem industrializadas. Para cada 300 cigarros produzidos uma árvore é queimada. Portanto, o fumante de um maço de cigarros por dia sacrifica uma árvore a cada 15 dias. Para a obtenção de safras cada vez melhores, os plantadores de fumo usam agrotóxicos em grande quantidade, causando danos à saúde dos agricultores e ao ecossistema. Além disso, filtros de cigarros atirados em lagos, rios, mares, florestas e jardins demoram 100 anos para se degradarem. Cerca de 25% de todos os incêndios são provocados por pontas de cigarros acesas, o que resulta em destruição e mortes.

11) A produção de fumo gera perdas para o país?
Segundo o Banco Mundial, o consumo do fumo gera uma perda mundial de 200 bilhões de dólares por ano, representados por: sobrecarga do sistema de saúde com tratamento das doenças causadas pelo fumo; mortes precoces de cidadãos em idade produtiva; maior índice de aposentadoria precoce; faltas ao trabalho de 33 a 45% a mais; menor rendimento no trabalho; mais gastos com seguros; mais gastos com limpeza, manutenção de equipamentos e reposição de mobiliários; maiores perdas com incêndios; redução da qualidade de vida do fumante e de sua família. Leia mais

12) O que é tabagismo passivo?
É a inalação da fumaça de derivados do tabaco por indivíduos não fumantes que convivem com fumantes em ambientes fechados. A poluição decorrente da fumaça dos derivados do tabaco em ambientes fechados é denominada de Poluição Tabagística Ambiental (PTA) e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é a maior responsável pela poluição em ambientes fechados. Hoje estima-se que o tabagismo passivo seja a 3ª maior causa de morte evitável no mundo, subseqüente ao tabagismo ativo e ao consumo excessivo de álcool. Leia mais

13) Como o tabagismo passivo afeta a saúde?
Os não fumantes que respiram a fumaça do tabaco têm um risco maior de desenvolver doenças relacionadas ao tabagismo. Quanto maior o tempo em que o não fumante fica exposto à poluição tabagística ambiental, maior a chance de adoecer. As crianças, por terem uma freqüência respiratória mais elevada, são mais atingidas, sofrendo conseqüências drásticas sobre a sua saúde, incluindo bronquite e pneumonia, desenvolvimento e exacerbação da asma e infecções do ouvido médio. Leia mais

14) Quais são os riscos para as crianças que convivem com fumantes em ambientes fechados ?
As crianças, especialmente as mais novas, são muito prejudicadas quando expostas à poluição tabagística ambiental, o que ocorre freqüentmente por culpa dos pais. Um estudo da OMS, envolvendo 700 milhões de crianças que vivem com fumantes em casa (cerca de metade das crianças do mundo), mostrou que essas crianças apresentaram um aumento de incidência de pneumonia, bronquite, exacerbação de asma, infecções do ouvido médio, além de uma maior probabilidade de desenvolvimento de doença cardiovascular na idade adulta. Nos casos em que a mãe é fumante, estima-se uma chance maior (70%) para infecções respiratórias e de ouvido médio do que nos casos em que a mãe não é fumante. Esta chance torna-se mais elevada (30%) se o pai é fumante, em crianças de até 1 ano de idade. A chance aumenta mais ainda (50%) caso haja mais de dois fumantes em casa, convivendo com essas crianças. (WHO, World Tobacco Day"s,2001). Leia mais

15) A ventilação nos ambientes pode eliminar a poluição tabagística ambiental?
Não. Embora uma boa ventilação possa ajudar a diminuir a irritação nos olhos, nariz e garganta causada pela fumaça, ela não elimina seus componentes tóxicos. Quando áreas de fumantes e de não fumantes compartilham o mesmo sistema de ventilação , a fumaça se dispersa por toda a área, pois circula através das tubulações de sistemas de refrigeração central. Dessa forma, opções defendidas pela indústria, tais como separação de áreas para fumantes e não fumantes em um mesmo ambiente com um mesmo sistema ventilatório, ou mesmo o aumento da troca de ar através de um sistema especial de ventilação, não eliminam a exposição dos não fumantes. As áreas de fumantes (fumódromos) somente podem ajudar a proteger a saúde dos não fumantes quando são completamente isoladas, com sistema de ventilação separado, não permitindo que o ar poluído circule pelo prédio, e quando os funcionários não precisam passar através dessa área.

16) As imagens e frases de advertência nos maços de cigarros causam impacto?
Espera-se que as novas advertências nos maços de cigarros reduzam a prevalência de fumantes e previnam a experimentação do produto, especialmente pelos jovens e crianças. Essa medida está inserida em um conjunto de estratégias de promoção da saúde que envolvem ações nos âmbitos educativo, legislativo e econômico, todas elas com o objetivo de reduzir a exposição da população ao tabagismo. Além dessa informação, também constam nos maços de cigarros os teores de nicotina, alcatrão e monóxido de carbono e o telefone do "Disque Pare de Fumar", um serviço de orientação à população para deixar de fumar.

17) Existem números e pesquisas que comprovem que as imagens nos maços diminuem o número de fumantes?
Sim. As pesquisas feitas sobre esse tipo de imagens nos maços demonstram que elas funcionam. No Brasil, uma pesquisa realizada em abril de 2002 pelo Instituto Data Folha, com 2.216 pessoas maiores de 18 anos em 126 municípios de todo país, revelou que:

• 70% dos entrevistados acreditam que as imagens são eficientes para evitar a iniciação ao tabagismo;
• 67% dos fumantes sentiram vontade de abandonar o fumo desde o início da veiculação das novas advertências;
• 54% mudaram de idéia sobre os malefícios causados no organismo e estão preocupados com a saúde.

Outra pesquisa, realizada pelo serviço Disque Pare de Fumar, do Ministério da Saúde, no período de março a dezembro de 2002 com 89.305 pessoas, revelou que 62,67% consideram as imagens um ótimo serviço prestado à comunidade. Além disso, durante as comemorações do dia 27 de novembro de 2002 (Dia Nacional de Combate ao Câncer) foi realizada uma pesquisa piloto com 650 pessoas durante uma feira de saúde promovida no município do Rio de Janeiro. O estudo concluiu, dentre outros resultados, que 62% dos entrevistados consideram que as imagens de advertência estimulam as pessoas a deixar de fumar.

18) Qual o papel do Instituto Nacional de Câncer no controle do tabagismo?
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) é o órgão do Ministério da Saúde responsável pela coordenação da política de controle do câncer e doenças relacionadas ao tabagismo no Brasil. Com esse objetivo e através da Coordenação de Prevenção e Vigilância (CONPREV) o INCA desenvolve estratégias voltadas para socializar as informações sobre o câncer, suas possibilidades de prevenção e estimular mudanças de comportamento na população que, a médio e longo prazos, contribuam para a redução da incidência e mortalidade por câncer e doenças tabaco-relacionadas no país.

materia extraida do site abaixo:

http://www.inca.gov.br/tabagismo/frameset.asp?item=faq

Efeitos da fumaça sobre a saúde da criança

Se a mãe fuma depois que o bebê nasce, este sofre imediatamente os efeitos do cigarro.

Durante o aleitamento, a criança recebe nicotina através do leite materno, podendo ocorrer intoxicação em função da nicotina (agitação, vômitos, diarréia e taquicardia), principalmente em mães fumantes de 20 ou mais cigarros por dia.

Em recém-nascidos, filhos de mães fumantes de 40 a 60 cigarros por dia, observou-se acidentes mais graves como palidez, cianose, taquicardia e crises de parada respiratória, logo após a mamada.

Estudos mostram que crianças com sete anos de idade nascidas de mães que fumaram 10 ou mais cigarros por dia durante a gestação, apresentam atraso no aprendizado quando comparadas a outras crianças: observou-se atraso de três meses para a habilidade geral, de quatro meses para a leitura e cinco meses para a matemática.

Em crianças de zero a um ano de idade que vivem com fumantes, há uma maior prevalência de problemas respiratórios (bronquite, pneumonia, bronquiolite) em relação àquelas cujos familiares não fumam. Além disso, quanto maior o número de fumantes no domicílio, maior o percentual de infecções respiratórias, chegando a 50% nas crianças que vivem com mais de dois fumantes em casa.

É, portanto, fundamental que os adultos não fumem em locais onde haja crianças, para que não sejam transformadas em fumantes passivos.

Fontes:
BANCO MUNDIAL, 1999. A epidemia do tabagismo: Os governos e os aspectos econômicos do controle do Tabaco. The World Bank, agosto.

Doll R, Peto R. 9ª Conferência Mundial sobre Tabacco e saúde. Paris, 1994.

Doll, R. & Peto,R.; Wheatley K, et al. Mortality in relation to smoking: 40 years’observations on male. British Doctors. BMJ, 309: 301-310, 1994.

International Agency of Reaserch in Cancer (IARC). Environmental Carcinogens mathods of analysis and exposure measurement. Passive Smoking. Vol 9, Scientific Publications n.31, Lyon, France 1987.

Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Instituto Nacional de Câncer - INCA, Falando sobre Tabagismo. 3ª edição, 1998.

MINISTERIO DA SAÚDE. Instituto Nacional de Câncer/Fundação Getúlio Vargas. Cigarro Brasileiro. Análises e Propostas para Redução do Consumo. Rio de Janeiro, 2000.

Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Instituto Nacional de Câncer - INCA. Estimativas da Incidência e Mortalidade por Câncer. Rio de Janeiro: INCA, 2002.

ROSEMBERG, J. Pandemia do tabagismo – Enfoques Históricos e Atuais São Paulo – SES, 2002.

U.S. Department of Health and Human Services. The health consequences smoking: a report of the Surgeon General. Washington DC; U.S. Government Printing Office, 2004.

World Health Organization. World no-Tobacco Day. Tobacco and poverty: a vicious circle, 2004.

World Health Organization (WHO). Tobbaco Free Iniciative. http://www.who.int/tobacco/en

Tabagismo passivo

Define-se tabagismo passivo como a inalação da fumaça de derivados do tabaco (cigarro, charuto, cigarrilhas, cachimbo e outros produtores de fumaça) por indivíduos não-fumantes, que convivem com fumantes em ambientes fechados. A fumaça dos derivados do tabaco em ambientes fechados é denominada poluição tabagística ambiental (PTA) e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), torna-se ainda mais grave em ambientes fechados. O tabagismo passivo é a 3ª maior causa de morte evitável no mundo, subseqüente ao tabagismo ativo e ao consumo excessivo de álcool (IARC, 1987; Surgeon General, 1986; Glantz, 1995).

O ar poluído contém, em média, três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono, e até cinqüenta vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca do fumante depois de passar pelo filtro do cigarro.

A absorção da fumaça do cigarro por aqueles que convivem em ambientes fechados com fumantes causa:
1 - Em adultos não-fumantes:
• Maior risco de doença por causa do tabagismo, proporcionalmente ao tempo de exposição à fumaça;
• Um risco 30% maior de câncer de pulmão e 24% maior de infarto do coração do que os não-fumantes que não se expõem.

2 - Em crianças:
• Maior freqüência de resfriados e infecções do ouvido médio;
• Risco maior de doenças respiratórias como pneumonia, bronquites e exarcebação da asma.

3 - Em bebês:
• Um risco 5 vezes maior de morrerem subitamente sem uma causa aparente (Síndrome da Morte Súbita Infantil);
• Maior risco de doenças pulmonares até 1 ano de idade, proporcionalmente ao número de fumantes em casa.

Fumantes passivos também sofrem os efeitos imediatos da poluição tabagística ambiental, tais como, irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, cefaléia, aumento de problemas alérgicos, principalmente das vias respiratórias e aumento dos problemas cardíacos, principalmente elevação da pressão arterial e angina (dor no peito). Outros efeitos a médio e longo prazo são a redução da capacidade funcional respiratória (o quanto o pulmão é capaz de exercer a sua função), aumento do risco de ter aterosclerose e aumento do número de infecções respiratórias em crianças.

Os dois componentes principais da poluição tabagística ambiental (PTA) são a fumaça exalada pelo fumante (corrente primária) e a fumaça que sai da ponta do cigarro (corrente secundária). Sendo, esta última o principal componente da PTA, pois em 96% do tempo total da queima dos derivados do tabaco ela é formada. Porém, algumas substâncias, como nicotina, monóxido de carbono, amônia, benzeno, nitrosaminas e outros carcinógenos podem ser encontradas em quantidades mais elevadas. Isto porque não são filtradas e devido ao fato de que os cigarros queimam em baixa temperatura, tornando a combustão incompleta (IARC, 1987). Em uma análise feita pelo INCA, em 1996, em cinco marcas de cigarros comercializados no Brasil, verificou-se níveis duas 2 vezes maiores de alcatrão, 4,5 vezes maiores de nicotina e 3,7 vezes maiores de monóxido de carbono na fumaça que sai da ponta do cigarro do que na fumaça exalada pelo fumante. Os níveis de amônia na corrente secundária chegaram a ser 791 vezes superior que na corrente primária. A amônia alcaliniza a fumaça do cigarro, contribuindo assim para uma maior absorção de nicotina pelos fumantes, tornando-os mais dependentes da droga e é, também, o principal componente irritante da fumaça do tabaco (Ministério da Saúde, 1996).

Fontes:
BANCO MUNDIAL, 1999. A epidemia do tabagismo: Os governos e os aspectos econômicos do controle do Tabaco. The World Bank, agosto.

Doll R, Peto R. 9ª Conferência Mundial sobre Tabacco e saúde. Paris, 1994.

Doll, R. & Peto,R.; Wheatley K, et al. Mortality in relation to smoking: 40 years’observations on male. British Doctors. BMJ, 309: 301-310, 1994.

International Agency of Reaserch in Cancer (IARC). Environmental Carcinogens mathods of analysis and exposure measurement. Passive Smoking. Vol 9, Scientific Publications n.31, Lyon, France 1987.

Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Instituto Nacional de Câncer - INCA, Falando sobre Tabagismo. 3ª edição, 1998.

MINISTERIO DA SAÚDE. Instituto Nacional de Câncer/Fundação Getúlio Vargas. Cigarro Brasileiro. Análises e Propostas para Redução do Consumo. Rio de Janeiro, 2000.

Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Instituto Nacional de Câncer - INCA. Estimativas da Incidência e Mortalidade por Câncer. Rio de Janeiro: INCA, 2002.

ROSEMBERG, J. Pandemia do tabagismo – Enfoques Históricos e Atuais São Paulo – SES, 2002.

U.S. Department of Health and Human Services. The health consequences smoking: a report of the Surgeon General. Washington DC; U.S. Government Printing Office, 2004.

World Health Organization. World no-Tobacco Day. Tobacco and poverty: a vicious circle, 2004.

World Health Organization (WHO). Tobbaco Free Iniciative. http://www.who.int/tobacco/en

O Fumo e a gravidez




Fumar durante a gravidez traz sérios riscos. Abortos espontâneos, nascimentos prematuros, bebês de baixo peso, mortes fetais e de recém-nascidos, complicações com a placenta e episódios de hemorragia (sangramento) ocorrem mais freqüentemente quando a mulher grávida fuma. A gestante que fuma apresenta mais complicações durante o parto e têm o dobro de chances de ter um bebê de menor peso e menor comprimento, comparando-se com a grávida que não fuma. Tais problemas se devem, principalmente, aos efeitos do monóxido de carbono e da nicotina exercidos sobre o feto, após a absorção pelo organismo materno.

Um único cigarro fumado por uma gestante é capaz de acelerar em poucos minutos, os batimentos cardíacos do feto, devido ao efeito da nicotina sobre o seu aparelho cardiovascular. Assim, é fácil imaginar a extensão dos danos causados ao feto, com o uso regular de cigarros pela gestante.

Os riscos para a gravidez, o parto e a criança não decorrem somente do hábito de fumar da mãe. Quando a gestante é obrigada a viver em ambiente poluído pela fumaça do cigarro ela absorve as substâncias tóxicas da fumaça, que pelo sangue passa para o feto. Quando a mãe fuma durante a amamentação, a nicotina passa pelo leite e é absorvida pela criança.

Fontes:
U.S. Departament Of Health and Human Services. The health consequences of smoking: cardiovascular disease. Maryland, EUA. : CDC, 1984, n. 84-50204, p. 7-8, 109, 1984.

Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Falando sobre Tabagismo. Rio de Janeiro. 3ª edição, 1998.

Organização Mundial de Saúde. La mujer y el tabaco, 1993.

Rosemberg, A.M. Implicações do Tabagismo na saúde da Mulher. mimeo, 2002.

Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas. IV Levantamento sobre o Uso de Drogas entre Estudantes de 1º e 2º graus em 10 Capitais Brasileira. UNIFESP, 1997.

materia extraida do site abaixo:

http://www.inca.gov.br/tabagismo/frameset.asp?item=jovem&link=gravidez.htm

Tabaco e pílula anticoncepcional

O risco de infarto do miocárdio, embolia pulmonar e tromboflebite em mulheres jovens que usam anticoncepcionais orais e fumam chega a ser dez vezes maior que o das que não fumam e usam este método de controle da natalidade. Calcula-se que o tabagismo seja responsável por 40% dos óbitos nas mulheres com menos de 65 anos e por 10% das mortes por doença coronariana nas mulheres com mais de 65 anos de idade.

Uma vez abandonado o cigarro, o risco de doença cardíaca começa a decair. Após 1 ano, o risco reduz à metade, e após 10 anos atinge o mesmo nível daqueles que nunca fumaram.

Entre as mulheres que convivem com fumantes, principalmente seus maridos, há um risco 30% maior de desenvolver câncer de pulmão em relação àquelas cujos maridos não fumam.

Fontes:
U.S. Departament Of Health and Human Services. The health consequences of smoking: cardiovascular disease. Maryland, EUA. : CDC, 1984, n. 84-50204, p. 7-8, 109, 1984.

Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Falando sobre Tabagismo. Rio de Janeiro. 3ª edição, 1998.

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Rosemberg, A.M. Implicações do Tabagismo na saúde da Mulher. mimeo, 2002.

Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas. IV Levantamento sobre o Uso de Drogas entre Estudantes de 1º e 2º graus em 10 Capitais Brasileira. UNIFESP, 1997.

materia extraida do site abaixo:

http://www.inca.gov.br/tabagismo/frameset.asp?item=jovem&link=pilula.htm

Suscetibilidade às drogas



A nicotina vem sendo considerada a porta de entrada para o uso de drogas ilícitas, pois, freqüentemente, os usuários de drogas como álcool e maconha revelam ter iniciado suas experiências consumindo cigarros. Esta afirmação faz parte do relatório anual do Ministério da Saúde dos EUA, publicado em 1992. Segundo o relatório, o hábito de fumar e a conseqüente dependência à nicotina geralmente se estabelecem na adolescência, ou mesmo antes, e são responsáveis por aproximar os jovens de outras drogas que causam danos à saúde.

Está comprovado que nas pessoas com faixa etária entre 12 e 18 anos a dependência à nicotina se instala mais fácil e fortemente, já que é nesta fase que ocorre a formação da personalidade e da consciência crítica e a construção da auto-estima. Os jovens formam suas crenças e incorporam hábitos e comportamentos da vida adulta, tornando-se, por isso mesmo, mais suscetíveis às mensagens veiculadas ao seu redor.

Esta suscetibilidade mais intensa na juventude fica evidente quando se compara, por exemplo, os dados sobre o número de fumantes no Brasil, em 1989. Na faixa etária entre 10 e 14 anos havia 370.000 fumantes enquanto que entre os jovens de 15 a 18 anos o número de fumantes era aproximadamente 600% maior, ou seja, 2.341.000 fumantes.

Materia extraida do site abaixo:
http://www.inca.gov.br/tabagismo/frameset.asp?item=jovem&link=suscet.htm

Jovens e mulheres na mira da indústria do tabaco




A promoção e o marketing de produtos derivados do tabaco junto ao público jovem são essenciais para que a indústria do fumo consiga manter e expandir suas vendas. O tabaco é a segunda droga mais consumida entre os jovens, no mundo e no Brasil, e isso se deve às facilidades e estímulos para obtenção do produto, entre eles o baixo custo. A isto somam-se a promoção e publicidade, que associam o tabaco às imagens de beleza, sucesso, liberdade, poder, inteligência e outros atributos desejados especialmente pelos jovens. A divulgação dessas idéias ao longo dos anos tornou o hábito de fumar um comportamento socialmente aceitável e até positivo. A prova disso é que 90% dos fumantes começam a fumar antes dos 19 anos de idade. Seduzir os jovens faz parte de uma estratégia adotada por todas as companhias de tabaco visando reabastecer as fileiras daqueles que deixam de fumar ou morrem, por outros consumidores que serão aqueles regulares de amanhã.

Nos arquivos secretos oriundos de documentos internos de grandes empresas transnacionais do tabaco, finalmente revelados durante uma ação judicial movida contra elas por estados norte-americanos crianças e jovens são descritos como "reservas de reabastecimento" e um dos principais alvos estratégicos, devendo se tornar dependentes do cigarro ainda cedo. Além disso, os documentos comprovam que, apesar de a indústria do tabaco se posicionar publicamente de uma forma, suas verdadeiras intenções são completamente opostas. Veja alguns exemplos:

"Eles representam o negócio de cigarros amanhã. À medida que o grupo etário de 14 a 24 anos amadurece, ele se tornará a parte chave do volume total de cigarros, no mínimo pelos próximos 25 anos."
J. W. Hind, R.J. Reynolds Tobacco, internal memorandum, 23rd January 1975

"Atingir o jovem pode ser mais eficiente mesmo que o custo para atingí-los seja maior, porque eles estão desejando experimentar, eles têm mais influência sobre os outros da sua idade do que eles terão mais tarde, e porque eles são muito mais leais à sua primeira marca."
Escrito por um executivo da Philip Morris em 1957

Mais arquivos secretos da indústria do tabaco (em PDF)

Após a divulgação desses documentos e principalmente dos recentes avanços alcançados pela saúde pública no controle do tabagismo, a indústria fumígena passou a adotar um discurso conciliador visando reconstruir sua imagem. Essa nova estratégia inclui o reconhecimento, em parte, dos riscos associados com o tabagismo, o desejo de diálogo, a abertura para regulamentações "racionais" e o envolvimento com projetos sociais para transmitir ao público a idéia de empenho pelas causas sociais como o combate à pobreza, ao trabalho infantil e ao analfabetismo, além da defesa do meio ambiente. Em 2003, a Souza Cruz foi premiada pela Câmera Municipal de São Paulo pela "atuação socialmente responsável" da companhia.

Por esses esforços, fica a impressão de que a indústria do tabaco é contra o consumo do tabaco entre os jovens e promove medidas supostamente dirigidas para prevenir o tabagismo para menores de idade, criando campanhas e utilizando a idéia de que "fumar é para adultos". Porém, na verdade, ao apresentar o cigarro como "adulto" e "proibido", essas companhias buscam colocar sutilmente um importante ingrediente para reforçar o comportamento rebelde do adolescente, pois entre as principais motivações para o adolescente fumar são o desejo de se afirmar como adulto, sua rebeldia e a rejeição dos valores dos seus pais.

Essas estratégias funcionam de forma favorável aos interesses econômicos da indústria do tabaco. São estratégias contraditórias, pois não mudam o interesse dos jovens em consumir cigarros nem reduzem o consumo do tabaco entre eles e ao mesmo tempo beneficiam o setor tabageiro.

O Estudo Global do Tabagismo entre os Jovens, realizado pela OMS em 46 países, revelou um quadro alarmante de dependência prematura. Em algumas áreas da Polônia, de Zimbábue e da China, crianças de 10 anos de idade já estão dependentes do tabaco. Os adolescentes globalizados em Nova Iorque, Lagos e Pequim são vistos como alvos fáceis pelas multinacionais do tabaco. Tendo em vista que as marcas globais são veiculadas na propaganda como um estilo de vida a ser almejado, elas tendem a ser consumidas em larga escala, levando metade de seus usuários habituais à morte.

No Brasil este mesmo estudo foi realizado entre escolares de 12 capitais brasileiras, nos anos de 2002 e 2003, e encontrou uma prevalência de experimentação variando de 36 a 58% no sexo masculino e de 31 a 55% no sexo feminino, entre as cidades. De acordo com o mesmo estudo brasileiro, a prevalência de escolares fumantes atuais variou de 11 a 27% no sexo masculino e 9 a 24% no feminino.

Tabagismo feminino e sua complexidade

Questão de saúde pública
Para o enfretamento do tabagismo feminino, um dos desafios para a Saúde Pública no século XXI, é necessário entender o fenômeno globalmente e agir localmente, com estratégias inovadoras e mais adequadas às novas necessidades, aqui incluídas a construção social e compartilhada de conhecimentos e habilidades para encarar esse desafio. A magnitude do fenômeno do tabagismo ultrapassa as questões específicas do biológico e traz consequências na vida social, cultural e econômica.

Observa-se que os estudos científicos relacionados ao fumar feminino abordam a palavra gênero com sinônimo de sexo, numa abordagem biológica. É somente a partir da década de 1970 que surge a elaboração do gênero como conceito, decorrente da necessidade de aprofundamento da compreensão de determinadas questões relacionadas à sexualidade, à família e à herança, entre outros. Este conceito trouxe não só visibilidade à opressão da mulher e ao conjunto de relações sociais opressoras de sexo/gênero que as mulheres vivenciavam, mas possibilitou também maior entendimento sobre a questão.

Epidemiologia do tabagismo
O tabagismo feminino traz uma nova preocupação para a saúde pública. Os dados epidemiológicos do tabagismo feminino sob a ótica da leitura sociológica identificam três tendências – a pauperização, a juvenilização e a feminização.

A tendência de crescimento do tabagismo feminino ao longo das últimas décadas aponta para um quadro extremamente complexo, em que problemas emergentes se articulam aos anteriores e onde questões de saúde reprodutiva se associam às não-reprodutivas. O uso do tabaco potencializa os riscos, por exemplo, das associações entre doenças cardiocerebrovasculares e a contracepção hormonal e, nas patologias tradicionais, as relacionadas à gravidez e ao parto. As tendências epidemiológicas do tabagismo apontam para um problema que, dentro de poucos anos, será majoritariamente feminino.

Impacto do tabagismo na saúde da mulher
As principais causas de morte na população feminina hoje são, em primeiro lugar, as cardiovasculares (infarto agudo do miocárdio e acidente vascular encefálico); em segundo, as neoplasias – mama, pulmão e colo de útero; e, em terceiro, as doenças respiratórias. É possível perceber que as três causas podem estar relacionadas ao tabagismo, sendo que o câncer responsável pela maioria das mortes femininas (mama) já foi ultrapassado em incidência pelo de pulmão entre mulheres em diversos países desenvolvidos.

Dados sobre o impacto do tabagismo para a saúde da mulher fumante
1. O risco de infarto do miocárdio, embolia pulmonar e tromboflebite em mulheres jovens que usam anticoncepcionais orais e fumam chega a ser 10 vezes maior que o das que não fumam e usam este método de controle da natalidade.

2. Mulheres fumantes de dois ou mais maços de cigarros por dia têm 20 vezes mais chances de morrer de câncer de pulmão do que mulheres que não fumam.

3. As mulheres têm risco maior de ter câncer de pulmão com exposições menores do que os homens. Adenocarcinomas ocorrem mais em mulheres fumantes do que em homens, e estão associados ao modo diferenciado de fumar (inalação profunda) e ou produtos voltados para a mulher.

4. Calcula-se que o tabagismo seja responsável por 40% dos óbitos nas mulheres com menos de 65 anos e por 10% das mortes por doença coronariana nas mulheres com mais de 65 anos.

5. Mulheres fumantes que não usam métodos contraceptivos hormonais reduzem a taxa de fertilidade de 75% para 57%, devido ao efeito causado pelas taxas de concentração de nicotina no ovário.

6. As fumantes que fazem uso de contraceptivos orais apresentam risco para doenças do sistema circulatório, aumentando em 39% as chances de desenvolver doenças coronarianas e 22 % a de acidentes vasculares cerebrais.

7. Fumar durante a gravidez traz sérios riscos. Abortos espontâneos, nascimentos prematuros, bebês de baixo peso, mortes fetais e de recém-nascidos, complicações com a placenta e episódios de hemorragia (sangramento) ocorrem mais frequentemente quando a grávida é fumante. Tais problemas se devem, principalmente, aos efeitos do monóxido de carbono e da nicotina exercidos sobre o feto, após a absorção pelo organismo materno.

8. Um único cigarro fumado pela gestante é capaz de acelerar em poucos minutos os batimentos cardíacos do feto, devido ao efeito da nicotina sobre seu aparelho cardiovascular.

http://www.inca.gov.br/tabagismo/frameset.asp?item=jovem&link=suscet.htm

Derivados do tabaco

O tabaco pode ser usado de diversas maneiras de acordo com sua forma de apresentação: inalado (cigarro, charuto, cigarro de palha); aspirado(rapé); mascado(fumo-de-rolo), porém sob todas as formas ele é maléfico à saúde.

O tabaco usado para produzir cigarros é ácido e por isso, o fumante precisa tragar para que a nicotina seja absorvida nos pulmões; já o tipo de tabaco usado para cachimbo e charuto é alcalino, permitindo que a nicotina seja absorvida pela mucosa da boca. Isso explica por que os fumantes destes dois últimos não têm tanta necessidade de tragar o fumo para se satisfazer. Logo, a idéia de que os charutos são menos prejudiciais à saúde é incorreta, pois todos os produtos derivados do tabaco tem uma composição semelhante, inclusive os cigarros com mentol, filtros especiais, etc.

Dentre as principais substâncias presentes nos charutos estão a nicotina, que é uma droga psicoativa, levando o fumante à dependência química; o monóxido de carbono, que provoca doenças cardiovasculares/pulmonares; e o alcatrão, que é altamente cancerígeno. Há que se destacar que entre os fumantes de charutos as taxas de monóxido de carbono são mais altas e a saturação de oxigênio no sangue é menor que entre os fumantes de cigarros.

Você sabia?
• A fumaça dos charutos contém os mesmos compostos tóxicos do que os identificados na fumaça dos cigarros.
• Quando animais de laboratório são expostos ao alcatrão presente na fumaça de charutos, apresentam os mesmos riscos de desenvolver câncer do que os expostos à fumaça de cigarros.
• As diferenças de riscos de adoecimento entre os fumantes de charutos e de cigarros parecem ser relativas aos padrões de consumo, ou seja, como fumantes de charutos não fumam com a mesma freqüência que os fumantes de cigarros, portanto, também inalam os compostos tóxicos com menos freqüência.
• A quantidade de nicotina livre desprotonada é muito maior nos charutos do que nos cigarros, pois o pH da fumaça dos charutos é mais elevado. Esta nicotina livre é bem absorvida pela mucosa da boca e pode explicar porque os fumantes de charutos apresentam maior incidência de câncer de boca e língua.

Além disso, é fato comprovado que os não fumantes que convivem com fumantes também são agredidos pela fumaça, tornando-se fumantes passivos.

Fontes:
BANCO MUNDIAL, 1999. A epidemia do tabagismo: Os governos e os aspectos econômicos do controle do Tabaco. The World Bank, agosto.

Doll R, Peto R. 9ª Conferência Mundial sobre Tabacco e saúde. Paris, 1994.

Doll, R. & Peto,R.; Wheatley K, et al. Mortality in relation to smoking: 40 years’observations on male. British Doctors. BMJ, 309: 301-310, 1994.

International Agency of Reaserch in Cancer (IARC). Environmental Carcinogens mathods of analysis and exposure measurement. Passive Smoking. Vol 9, Scientific Publications n.31, Lyon, France 1987.

Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Instituto Nacional de Câncer - INCA, Falando sobre Tabagismo. 3ª edição, 1998.

MINISTERIO DA SAÚDE. Instituto Nacional de Câncer/Fundação Getúlio Vargas. Cigarro Brasileiro. Análises e Propostas para Redução do Consumo. Rio de Janeiro, 2000.

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ROSEMBERG, J. Pandemia do tabagismo – Enfoques Históricos e Atuais São Paulo – SES, 2002.

U.S. Department of Health and Human Services. The health consequences smoking: a report of the Surgeon General. Washington DC; U.S. Government Printing Office, 2004.

World Health Organization. World no-Tobacco Day. Tobacco and poverty: a vicious circle, 2004.

World Health Organization (WHO). Tobbaco Free Iniciative. http://www.who.int/tobacco/en

Cigarros de baixos teores

O modo de fumar é determinado pela necessidade do fumante de consumir nicotina (que lhe traz a sensação de satisfação). Ao fumar cigarros com baixos teores, o fumante passa a utilizar alguns artifícios para alcançar tal sensação. Assim, para obter uma quantidade de nicotina que satisfaça a sua dependência, dá tragadas mais profundas, aumenta o número de tragadas por cigarro e o número de cigarros fumados ou bloqueia os orifícios de ventilação dos filtros. Como resultado, aumenta a concentração de fumaça inalada durante a tragada.

Esses artifícios de compensação são conhecidos e têm sido extensivamente documentados na literatura científica, sendo bem conhecidos da indústria do tabaco há mais de 20 anos. Testes demonstram que, em "condições de fumo realísticas", existe uma diferença muito pequena entre os cigarros denominados "light" e os comuns. Na verdade, eles podem até produzir quantidades maiores de alcatrão, nicotina e monóxido que os cigarros tradicionais testados.

Por mais que a indústria do fumo afirme que realiza pesquisas visando ao desenvolvimento de produtos alternativos, na verdade, esses estudos procuram desenvolver produtos e formas de que reduzam o teor de determinadas substâncias, como o alcatrão, por exemplo, mas sempre mantendo a nicotina, que é a substância que causa a dependência.

Em março de 2001, o Ministério da Saúde regulamentou uma medida (Resolução da Anvisa nº 46) proibindo o uso dos termos classes, ultra baixos teores, baixos teores, suave, light, soft, leve, teores moderados, altos teores, e outros que possam induzir o consumidor a uma interpretação equivocada no uso de derivados do tabaco.

Fontes:
BANCO MUNDIAL, 1999. A epidemia do tabagismo: Os governos e os aspectos econômicos do controle do Tabaco. The World Bank, agosto.

Doll R, Peto R. 9ª Conferência Mundial sobre Tabacco e saúde. Paris, 1994.

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Conheça o cigarro por dentro




A fumaça do cigarro é uma mistura de aproximadamente 4.700 substâncias tóxicas diferentes; que constitui-se de duas fases fundamentais: a fase particulada e a fase gasosa. A fase gasosa é composta, entre outros por monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína. A fase particulada contém nicotina e alcatrão.

O alcatrão é um composto de mais de 40 substâncias comprovadamente cancerígenas, formado à partir da combustão dos derivados do tabaco. Entre elas, o arsênio, níquel, benzopireno, cádmio, resíduos de agrotóxicos, substâncias radioativas, como o Polônio 210, acetona, naftalina e até fósforo P4/P6, substâncias usadas para veneno de rato.

O monóxido de carbono (CO) tem afinidade com a hemoglobina (Hb) presente nos glóbulos vermelhos do sangue, que transportam oxigênio para todos os órgãos do corpo. A ligação do CO com a hemoglobina forma o composto chamado carboxihemoglobina, que dificulta a oxigenação do sangue, privando alguns órgãos do oxigênio e causando doenças como a aterosclerose.

A nicotina é considerada pela Organização Mundial da Saúde/OMS uma droga psicoativa que causa dependência. A nicotina age no sistema nervoso central como a cocaína, com uma diferença: chega em torno de 9 segundos ao cérebro. Por isso, o tabagismo é classificado como doença estando inserido no Código Internacional de Doenças (CID-10) no grupo de transtornos mentais e de comportamento devido ao uso de substância psicoativa. Além disso, a nicotina aumenta a liberação de catecolaminas, causando vasoconstricção, acelerando a freqüência cardíaca, causando hipertensão arterial e provocando uma maior adesividade plaquetária. A nicotina juntamente com o monóxido de carbono, provoca diversas doenças cardiovasculares. Além disso, estimula no aparelho gastrointestinal a produção de ácido clorídrico, o que pode causar úlcera gástrica. Também desencadeia a liberação de substâncias quimiotáxicas no pulmão, que estimulará um processo que irá destruir a elastina, provocando o enfisema pulmonar.

Fontes:
BANCO MUNDIAL, 1999. A epidemia do tabagismo: Os governos e os aspectos econômicos do controle do Tabaco. The World Bank, agosto.

Doll R, Peto R. 9ª Conferência Mundial sobre Tabacco e saúde. Paris, 1994.

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Por que as pessoas fumam?

Vários são os fatores que levam as pessoas a experimentar o cigarro ou outros derivados do tabaco. A maioria delas é influenciada principalmente pela publicidade maciça do cigarro nos meios de comunicação de massa que, apesar da lei de restrição à propaganda de produtos derivados do tabaco sancionada em dezembro de 2000, ainda tem forte influência no comportamento tanto dos jovens como dos adultos. Além disso, pais, professores, ídolos e amigos também exercem uma grande influência.

Pesquisas entre adolescentes no Brasil mostram que os principais fatores que favorecem o tabagismo entre os jovens são a curiosidade pelo produto, a imitação do comportamento do adulto, a necessidade de auto-afirmação e o encorajamento proporcionado pela propaganda. Noventa por cento dos fumantes iniciaram seu consumo antes dos 19 anos de idade, faixa em que o indivíduo ainda se encontra na fase de construção de sua personalidade.

A publicidade veiculada pelas indústrias soube aliar as demandas sociais e as fantasias dos diferentes grupos (adolescentes, mulheres, faixas economicamente mais pobres etc.) ao uso do cigarro. A manipulação psicológica embutida na publicidade de cigarros procura criar a impressão, principalmente entre os jovens, de que o tabagismo é muito mais comum e socialmente aceito do que é na realidade. Para isso, utiliza a imagem de ídolos e modelos de comportamento de determinado público-alvo, portando cigarros ou fumando-os, ou seja, uma forma indireta de publicidade. A publicidade direta era feita por anúncios atraentes e bem produzidos, mas foi proibida no Brasil. Com a Lei 10.167, que restringe a propaganda de cigarro e de produtos derivados do tabaco, esse panorama tende a mudar a médio e longo prazo.

Os resultados das medidas de restrição à publicidade no controle do tabagismo em vários países mostram que este é um instrumento legítimo e necessário para a redução do consumo. Leia mais.

Filme "O Traficante"

Fontes:
BANCO MUNDIAL, 1999. A epidemia do tabagismo: Os governos e os aspectos econômicos do controle do Tabaco. The World Bank, agosto.

Doll R, Peto R. 9ª Conferência Mundial sobre Tabacco e saúde. Paris, 1994.

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MINISTERIO DA SAÚDE. Instituto Nacional de Câncer/Fundação Getúlio Vargas. Cigarro Brasileiro. Análises e Propostas para Redução do Consumo. Rio de Janeiro, 2000.

Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Instituto Nacional de Câncer - INCA. Estimativas da Incidência e Mortalidade por Câncer. Rio de Janeiro: INCA, 2002.

ROSEMBERG, J. Pandemia do tabagismo – Enfoques Históricos e Atuais São Paulo – SES, 2002.

U.S. Department of Health and Human Services. The health consequences smoking: a report of the Surgeon General. Washington DC; U.S. Government Printing Office, 2004.

World Health Organization. World no-Tobacco Day. Tobacco and poverty: a vicious circle, 2004.

World Health Organization (WHO). To

Doenças associadas ao uso dos derivados do tabaco



Muitos estudos desenvolvidos até o momento evidenciam sempre o mesmo: o consumo de derivados do tabaco causa quase 50 doenças diferentes, principalmente as doenças cardiovasculares (infarto, angina) o câncer e as doenças respiratórias obstrutivas crônicas (enfisema e bronquite).

Além disso, esses estudos mostram que o tabagismo é responsável por:
ð 200 mil mortes por ano no Brasil (23 pessoas por hora);
ð 25% das mortes causadas por doença coronariana - angina e infarto do miocárdio;
ð 45% das mortes causadas por doença coronariana na faixa etária abaixo dos 60 anos;
ð 45% das mortes por infarto agudo do miocárdio na faixa etária abaixo de 65 anos;
ð 85% das mortes causadas por bronquite e enfisema;
ð 90% dos casos de câncer no pulmão (entre os 10% restantes, 1/3 é de fumantes passivos);
ð 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer (de boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo de útero);
ð 25% das doenças vasculares (entre elas, derrame cerebral).

O tabagismo ainda pode causar:
ð impotência sexual no homem;
ð complicações na gravidez;
ð aneurismas arteriais;
ð úlcera do aparelho digestivo;
ð infecções respiratórias;
ð trombose vascular.

Em 2005, o câncer foi responsável por 7,6 milhões de mortes no mundo, ou seja 13% de todos os 53milhões de óbitos registrados naquele ano. O tipo com maior mortalidade foi o câncer de pulmão (1,3 milhão de mortes). No Brasil, o câncer de pulmão é o tipo de tumor mais letal e também uma das principais causas de morte no país. As estimativas sobre a incidência e mortalidade por câncer, publicadas a cada dois anos pelo INCA indicam que, em 2009, 45 mil pessoas deverão adoecer de câncer de pulmão no Brasil (18 mil homens e 27 mil mulheres).

Porém, ao parar de fumar, o risco de ter essas doenças vai diminuindo gradativamente e o organismo do ex-fumante vai se restabelecendo.



Fontes:
BANCO MUNDIAL, 1999. A epidemia do tabagismo: Os governos e os aspectos econômicos do controle do Tabaco. The World Bank, agosto.

Doll R, Peto R. 9ª Conferência Mundial sobre Tabacco e saúde. Paris, 1994.

Doll, R. & Peto,R.; Wheatley K, et al. Mortality in relation to smoking: 40 years’observations on male. British Doctors. BMJ, 309: 301-310, 1994.

International Agency of Reaserch in Cancer (IARC). Environmental Carcinogens mathods of analysis and exposure measurement. Passive Smoking. Vol 9, Scientific Publications n.31, Lyon, France 1987.

Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Instituto Nacional de Câncer - INCA, Falando sobre Tabagismo. 3ª edição, 1998.

MINISTERIO DA SAÚDE. Instituto Nacional de Câncer/Fundação Getúlio Vargas. Cigarro Brasileiro. Análises e Propostas para Redução do Consumo. Rio de Janeiro, 2000.

Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Instituto Nacional de Câncer - INCA. Estimativas da Incidência e Mortalidade por Câncer. Rio de Janeiro: INCA, 2002.

ROSEMBERG, J. Pandemia do tabagismo – Enfoques Históricos e Atuais São Paulo – SES, 2002.

U.S. Department of Health and Human Services. The health consequences smoking: a report of the Surgeon General. Washington DC; U.S. Government Printing Office, 2004.

World Health Organization. World no-Tobacco Day. Tobacco and poverty: a vicious circle, 2004.

World Health Organization (WHO). Tobbaco Free Iniciative. http://www.who.int/tobacco/en

31 de Maio - “Dia Mundial Contra o Tabaco”

Os quiropraxistas brasileiros entram na luta da Campanha da OMS, do “Dia Mundial Contra o Tabaco”. A maioria dos pacientes de Quiropraxia se apresenta com dor de coluna e já existe documentado a relação entre fumo e dor lombar 5.

A ABQ e os seus associados mais uma vez estão participando da Campanha Contra o Tabaco.

Todos sabem da Importância para a Saúde Pública que o uso do tabaco causa:

Produz um índice alto de mortalidade e morbidade;
O tempo prolongado entre a exposição ao uso do tabaco e a dependência à nicotina e muito mais tarde suas doenças e morte, faz com que as pessoas não valorizem o problema;
Depois, a maioria das pessoas não está alerta para o fato do fumante passivo. 1-4

Isto é uma questão natural de saúde publica para nós quiropraxistas, porque está de acordo com os princípios da nossa profissão, os quais incluem uma visão da vida sem uso de drogas e com a promoção da saúde.

Fora das questões gerais de saúde, a maioria dos pacientes de Quiropraxia se apresenta com síndromes de dor de coluna e já existe documentado a relação entre fumo e dor lombar 5. Outro ponto importante é que muitos pacientes não estão conscientes do risco do fumante passivo para a sua família. Por exemplo, crianças expostas ao fumo são 50% mais susceptíveis a sofrer danos nos seus pulmões e ter problemas respiratórios, como asma. 6

Portanto, como membro da equipe de saúde, nós quiropraxistas temos o dever de alertar os pacientes para os assuntos de saúde pública que podem ter um impacto para eles e suas famílias.

Responda a estas perguntas e converse com o profissional de saúde da sua confiança:

Você, ou alguém da sua casa, fuma ou usa produtos de tabaco, ou alguém já fez isto no passado?
Você, ou alguém da sua casa quer parar de fumar?
Você, ou alguém da sua casa, está exposto como fumante passivo na casa ou no trabalho?



Estes sites podem lhe ajudar:

www.inca.gov.br/tabagismo

www.tabagismo.hu.usp.br

www.faac.unesp.br/pesquisa

www.comoparardefumar.com.br

www.extremaonline.com/como/parar_de_fumar.html

www.papodehomem.com.br/como-parar-de-fumar-5-alternativas



ALGUNS FATOS IMPORTANTES

Ø Se não pararem de fumar, metade de todos os fumantes morrerão tendo como causa o cigarro, a maioria antes dos 70 e após anos de sofrimento e redução da sua qualidade de vida.

Ø A maior causa de morte relacionada com o cigarro são as doenças cardíacas, derrames e câncer. Os fumadores de cigarro têm duas vezes mais chance de desenvolver a doença de Alzheimer.

Ø Parar de fumar reduz o risco de derrame e ataque cardíaco. Após 12 meses sem fumar, o risco de doenças cardíacas diminui para a metade da de um fumante. 15 anos após parar, o risco é quase o mesmo que para os não fumantes.

Ø Parar de fumar reduz o risco de câncer do pulmão se a doença já não estiver presente. Depois de 10 anos este risco desce pela metade..3

Ø Há benefícios imediatos. Depois de dois meses de parar de fumar a circulação do sangue para as mãos e pés melhora. 3

Ø O risco de morte por ataque cardíaco aumenta dramaticamente com a idade para as mulheres que fumam e usam anticoncepcionais.

Ø A percentagem entre homens e mulheres que fumam estão caindo na América do norte. A percentagem dos homens reduziu para quase a metade nos últimos 50 anos; 73% dos homens e 77% das mulheres não fumam.7

Ø Em estudos epidemiológicos com homens e mulheres há evidencia na relação de dor lombar e fumo. 8

Ø Há evidências de relações entre o fumo e as mudanças anatômicas estruturais na região lombar. 9


Referencias

1. Lopez AD, Coleslaw NE, Piha T. (1994) A descriptive model of the cigarette epidemic in developed countries. Tobacco Control, 3, 242-297.

2. Corrao MA, Guindon GE, Sharma N, Shokoohi DF (eds). Tobacco Control Country Profiles, American Cancer Society, Atlanta, GA, 2000.

3. US Department of Health and Human Services 1990. The Health Benefits of Smoking Cessation. A report of the Surgeon General. Public Health Service, Centers of Disease Control, Center for Chronic Disease Prevention and Health Promotion, Office on Smoking and Health, Rockville, Maryland.

4. Ridolfo B. Stevenson C. The quantification of drug-caused mortality and morbidity in Australia, 1998. (Drug Statistics Series No.7) Canberra: Australian Institute of Health and Welfare, 2001.

5. US Department of Health and Human Services. Reducing the Health Consequences of Smoking-25 Years of Progress. A Report of the US Surgeon General. Office on Smoking and Health and Human Services, Public Health Service, Centers for Disease Control, Center for Chronic Disease Prevention and Health Promotion, Office on Smoking and Health, 1989.

6. US Department Health and Human Services. Women and Smoking. A report of the Surgeon General. Rockville, Maryland: US department of Health and Human Services, Public Health Service, Office on Smoking and Health, 2001.

7. West R. Glucose for smoking cessation; does it have a role? CNS Drugs. 15 (4): 261- 5, 2001.

8. Holm S, Nachemson A. Nutrition of the intervertebral disc: acute effect of cigarette smoking. An experimental study. Upps J Med Sci 1988:93:91-99.

9. Leboeuf-Yde C. Low back pain in two Danish populations. Thesis, Odense University, Denmark, 1995.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Sistema facilita transplante de pulmão Técnica criada na Espanha permite que o pulmão continue funcionando depois de ser retirado do corpo



A técnica diminui os riscos da operação

Madri - Uma equipe de médicos espanhóis projetou um sistema mecânico que permite que os pulmões extraídos para um transplante "continuem respirando" durante o período entre sua extração e sua implantação no corpo do receptor.
O sistema, apresentado nesta quarta-feira no hospital Puerta de Hierro de Madri, consegue minimizar a deterioração sofrida pelos pulmões durante o transporte desde o centro hospitalar de origem, onde se encontra o doador, até o hospital receptor, no qual serão implantados.

A redução do risco se consegue graças a um sistema, chamado PEPP (Perfusão Exvivo Pulmonar Portátil), que consiste em uma máquina na qual se introduzem os pulmões logo após serem extraídos do corpo do doador.

Os pulmões funcionam em temperatura corporal mediante um respirador e uma bomba que impulsiona um composto de preservação misturado com sangue, o que propicia que os órgãos possam ser transferidos "respirando", em uma situação praticamente idêntica à qual teriam se estivessem já implantados.

No hospital, os médicos Andrés Varela e Javier Moradiellos, diretores do projeto, fizeram nesta quarta-feira uma demonstração da eficácia do sistema e mostraram pulmões (de porco) em uma máquina e "respirando".

Os presentes puderam ver assim como os pulmões se expandiam e contraíam na máquina.

Os doutores responsáveis pelo projeto citaram, entre as principais vantagens do novo sistema, o melhor aproveitamento dos doadores, já que com uma máquina é possível transportar por distâncias maiores entre a recepção e a implantação.

A experiência do hospital Puerta de Hierro, que já efetuou dois transplantes com esta técnica de transporte, será compartilhada com hospitais dos Estados Unidos e Europa a fim de tratar de captar pelo menos 100 pacientes e demonstrar e verificar assim a eficácia do sistema.

Esta materia foi extraida do site abaixo:
http://exame.abril.com.br/tecnologia/ciencia/noticias/sistema-facilita-transplante-de-pulmao

Conep autoriza transplante de pulmão recauchutado Técnica permite usar o órgão, que seria descartado



A equipe do Serviço de Cirurgia Torácica e Transplante Pulmonar do Instituto do Coração, em São Paulo, foi autorizada pelo Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa) a implantar pulmões recondicionados em pacientes.

Esses órgãos ficam aptos depois de passar por uma técnica, desenvolvida na Suécia, que lhes devolve a capacidade de oxigenar o sangue - sem o procedimento, seriam descartados. As primeiras cirurgias com a nova técnica estão previstas para agosto.

Na primeira fase da pesquisa, no ano passado, 24 pulmões foram recuperados no Incor, sem que fossem implantados nos pacientes. O nível de oxigenação no sangue que circula pelos pulmões "salvos" melhorou em média 150%. No mesmo período, o Incor fez 30 transplantes do órgão. A expectativa é de que a técnica permita que se dobre o número de pacientes transplantados.

O chefe do Serviço de Cirurgia Torácica e Transplante Pulmonar do Incor, Fabio Jatene, diz que "o pulmão é o órgão que mais rapidamente se degenera".

– De dez doadores não vivos de rim, a chance de aproveitar o pulmão desses doadores é de 10%. Acreditamos que poderemos alcançar entre 15 e 20% com o recondicionamento dos órgãos.

Fonte: Agência Estado

Menos pulmões de doadores na lixeira

Hospital de São Paulo vai utilizar técnicas para aproveitar cada vez mais órgãos em transplantes e dobrar número de cirurgias

POR CLARISSA MELLO

Rio - Uma nova técnica para recuperar pulmões de doadores promete dobrar o número de transplantes do órgão em São Paulo. A equipe do Serviço de Cirurgia Torácica e Transplante Pulmonar do Instituto do Coração (Incor) foi autorizada pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa a implantar pulmões ‘recondicionados’ em pacientes que precisam da cirurgia. Os primeiros procedimentos do tipo estão previstos para agosto.

O pulmão pode perder a capacidade de oxigenação do sangue durante tratamento para tentar salvar a vida de um paciente. O soro recebido pelo doente para estabilizar a pressão arterial acaba entrando no pulmão, provocando edemas e fazendo com que o órgão não possa ser usado para transplante em caso de morte cerebral da pessoa.

A técnica, desenvolvida na Suécia, devolve aos pulmões a capacidade de oxigenar o sangue por meio de uma solução injetada na artéria pulmonar, e permite que o órgão seja aproveitado.

Vinte pacientes receberão pulmões recondicionados e serão acompanhados por um ano para a publicação dos resultados. “É uma técnica segura, já utilizada em outros países. E os resultados são iguais aos pulmões normalmente utilizados”, afirma o chefe de Cirurgia Torácica e Transplante Pulmonar do Incor, Fabio Jatene.

Rio não faz a operação

Hoje, 85 pacientes aguardam na fila para transplante pulmonar, somente no Estado de São Paulo. Enquanto isso, no Estado do Rio, nenhuma unidade de saúde faz tranplantes de pulmão. Pacientes que precisam do órgão se inscrevem na fila e, se chamados, podem ter a viagem custeada pelo Programa de Tratamento Fora de Domicílio.

Este texto foi extraido do link abaixo:

http://odia.terra.com.br/portal/cienciaesaude/html/2011/5/menos_pulmoes_de_doadores_na_lixeira_166482.html

Ceará bate recorde de transplantes de órgãos e tecidos

Nos quatro primeiros meses deste ano o número de transplantes de órgãos e tecidos realizados no Ceará foi 12,5% maior que o registrado no mesmo período de 2010. Entre janeiro e abril, a quantidade de transplantes passou de 337 no ano passado para 379 este ano. Apesar do aumento do número de doadores efetivos, o total de transplantes poderia ser ainda maior com mais efetivação das doações.

Em 2010, o Ceará ficou em sétimo lugar no país em número de potenciais doadores, pacientes com morte encefálica confirmada. Dos 325 doadores potenciais registrados no ano passado, 127 tornaram-se efetivos, representando 14,8 doadores efetivos por milhão da população (pmp/ano), o quarto melhor resultado do Brasil. Em 2009, o Ceará teve 11,2 doadores efetivos pmp/ano. São Paulo tem a maior proporção de doadores efetivos, com taxa de 21,2 pmp/ano em 2010. Em termos comparativos, no Brasil o número de doadores efetivos foi de 9,9 pmp/ano em 2010, enquanto a Espanha registra índice de 34 pmp/ano e, os EUA, de 25 pmp/ano.

No primeiro quadrimestre de 2011, o Ceará identificou 125 potenciais doadores, 20 a mais que em 2010, e 49 doações foram efetivadas, duas a mais que no ano anterior. Em relação ao mesmo período de 2010, o registro de potenciais doadores aumentou 19% e de doadores efetivos de apenas 4,25%. Estima-se entre 0,5% e 0,75% o percentual de morte encefálica do total de mortes de determinada população. Nos hospitais, o índice sobe para 2% a 4% e, nos hospitais com Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para 10% a 14%. Esse seria o percentual de potenciais doadores. Em média, de cada oito potenciais doadores, apenas um é notificado. Ainda assim, o Brasil é o segundo país do mundo em número de transplantes realizados por ano, mais de 90% pelo Sistema Único de Saúde.

O processo de doação começa com a identificação e manutenção dos potenciais doadores. Em seguida, os médicos comunicam à família a suspeita da morte encefálica, realizam os exames comprobatórios do diagnóstico, notificam o potencial doador à Central de Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO), que repassa a notificação à Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT). O profissional da CIHDOTT realiza avaliação das condições clínicas do potencial doador, da viabilidade dos órgãos a serem extraídos e faz entrevista para solicitar o consentimento familiar da doação dos órgãos e tecidos. Nos casos de recusa, o processo é encerrado.

No Ceará, em 2010, chegou a 19,6% o percentual de potenciais doadores descartados por causa da recusa da família em autorizar a doação. Uma vez identificado o potencial doador, segundo a Lei 9.434/97, “é obrigatório para todos os estabelecimentos de saúde notificar às Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO) da Unidade Federada onde for feito o diagnóstico de morte encefálica, em pacientes por eles atendidos”. Esses estabelecimentos são denominados de notificantes, que é onde existe a possibilidade de ser encontrado um potencial doador. No Brasil, o número de doadores é insuficiente para atender a demanda crescente dos receptores que necessitam de um transplante. Isto ocorre devido ao número inexpressivo de notificações de pacientes em morte encefálica as CNCDOs, pela recusa familiar à doação ou pela falta de condições clínicas dos possíveis doadores.

21.05.2011

Acesse o link para saber mais

Blog Dep João Ananias

Esta materia foi extraida do site abaixo.

http://www.adote.org.br/news/ceara_bate_recorde_de_transplantes_de_orgaos_e_tecidos_338

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Oxigenoterapia Domiciliar

O paciente Marcos Lúcio O tratamento domiciliar trouxe alegria de viver Passear de bicicleta com os filhos, ler bastante e fazer caminhadas são atividades que alegram a nova vida de Marcos Lúcio Araújo Silva, 40 anos, paciente de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) da disciplina de pneumonologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. Terça-feira, durante o Fórum de Saúde na Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, ele falou sobre a realidade e a perspectiva de um paciente de DPOC depois da iniciativa da Unicamp em oferecer oxigenoterapia domiciliar a pacientes crônicos.

"A oxigenoterapia agregou qualidades à minha vida em todos os sentidos. Devolveu-me a alegria de viver, o direito de dormir. Eu tinha medo de morrer durante o sono. Hoje eu tenho certeza de que tenho uma vida pela frente. Tenho mais disposição e independência. Antes, eu dependia de minha esposa para quase tudo", revela.

Silva desenvolveu bronquiectasia há 30 anos, num pós-sarampo e por quatro anos tratou pneumonia de repetição como quadro de infecção repetitiva, em um hospital da cidade de São Paulo. Durante o tratamento, foi diagnosticada uma bronquiectasia do lado direito, que se espalhou, se tornando bilateral.

Segundo Silva, a rotina de internação para pacientes que não recebem tratamento domiciliar limita as atividades dos doentes. "Eu não tive como estudar. Por muito tempo, tinha de receber oxigênio 24 horas por dia e vivia mais no hospital do que em casa." Ele lembra que, só em São Paulo, registrou uma média de 52 internações e, em Campinas, uma média de 18. O tratamento com oxigênio teve início somente depois de uma tuberculose, doença à qual o paciente de DPOC é muito suscetível. Em 2000, ao iniciar o tratamento domiciliar passou a ser internado de quatro em quatro meses apenas.

A médica Ana Maria Camino : humanização de tratamento Apesar de ter favorecido muitas pessoas", a terapêutica ainda precisa do apoio intenso do governo para vencer dificuldades. O fórum permanente realizado na FCM reuniu representantes de secretarias municipais e estaduais e do Ministério no intuito de promover o entendimento para que a terapêutica seja regulamentada e flua adequadamente, segundo a professora da disciplina de pneumonologia da FCM, Ana Maria Camino.

A pneumonologista explica que algumas doenças crônicas obrigam a utilização constante de oxigênio e acabam fazendo com que os pacientes passem mais tempo no hospital do que em casa. Ela acredita que o tratamento domiciliar é mais humano e mais tranqüilo para essas pessoas. "Desde 1989 o HC banca o tratamento domiciliar por entender que é importante manter o paciente em casa", diz.

Apesar de todo o esforço, os especialistas da área deparam com uma série de dificuldades, entre elas a transmissão do conhecimento da terapêutica a médicos, enfermeiros, família de pacientes. Os hospitais também encontram dificuldade em proporcionar a terapêutica por questões econômicas. De acordo com a professora, a conta de energia chega a aumentar em torno de 50%, e o aluguel dos equipamentos custa entre R$ 200 a R$ 300.

Para Ana Maria, a discussão deve envolver representantes de prefeituras, ministério da saúde, Minas e Energia, secretários de estado e profissionais de instituições científicas. Segundo ela, alguns convênios médicos já acataram à idéia e vislumbram o tratamento.

No fórum, especialistas e pacientes ligados à Associação tiraram propostas para intensificar esse tipo de tratamento e também para viabilizar o tratamento medicamentoso a pacientes menos favorecidos. "A maioria dos pacientes é idosa, depende do salário mínimo para se tratar. Outros nem têm aposentadoria e dependem da família e nem sempre os postos de saúde dispõem de medicamento. E quando não têm, também não se preocupam em ligar em outras unidades para ajudar o doente a encontrá-lo", diz Marcos Lúcio Aurélio da Silva.

"É preciso que a família procure se informar, saber quais são as necessidades de um doente crônico, pois muitos se sentem constrangidos de pedir ajuda aos parentes e acabam ficando sem o tratamento medicamentoso. Imagine uma pessoa com um salário de R$ 260 pagar R$ 250 de energia elétrica". Encerra, falando sobre a importância do apoio recebido de sua família.
(Maria Alice da Cruz)
Fotos: Neldo Cantanti

Vida nova para Marcos Lúcio Silva depois da oxigenoterapia

[31/5/2005]

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