Eterna Gratidão á todas as familias movidas pelo amor / Campanha Pró- Transplante "RESPIRAR-IRESC"

AGRADECIMENTO AOS FAMILIARES DOS DOADORES DE ÓRGÃOS Este é um simples agradecimento diante da grandiosidade do ato da doação, por que na verdade nos sobram muitas palavras para expressar tamanha gratidão. Agradecemos a cada familiar pelo SIM à doação de órgãos que não somente salva a vida de alguém, mas que também muda o quadro de uma família inteira que vive a angústia da espera e a expectativa da mudança, quando essa mesma família doadora vive a angústia da perda. Quando este misto de alegria e tristeza, perdas e ganhos, lamentações e orgulho, sofrimento e liberdade vem à tona, os elos contrários que unem as duas famílias desconhecidas se entrelaçam para um objetivo comum SALVAR VIDAS. Diante desse elo de amor, a balança da vida mostra há essas duas famílias unidas por destinos diferentes e complementares lições valiosas: que a perda às vezes não significa perda; significa ganho. E que espera não significa dor; significa alegria. Obrigada você família, pela consciência e amor, puro e genuíno para com o próximo. E acreditamos que a cada dia, muitas famílias terão consciência do ato de doar e salvar vidas. E estas continuarão sendo como as ostras, que no momento que são feridas produzem a PÉROLA! ETERNA GRATIDÃO A TODAS AS FAMÍLIAS MOVIDAS PELO AMOR / Texto extraido do site:http://transplantepulmonar.com/agradecimento.html

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Cuba desenvolve vacina contra câncer de pulmão

Cuba registra vacina contra câncer de pulmão na América Latina
Nelson Acosta
Em Havana
As autoridades sanitárias de Cuba registraram no Peru uma vacina terapêutica contra o câncer de pulmão que foi aplicada com resultados favoráveis em cerca de 2 mil pacientes na ilha, informou na terça-feira a imprensa estatal cubana.

A vacina CimaVax-EGF oferece a possibilidade de converter o câncer avançado em uma enfermidade crônica controlável e começou a ser comercializada em Cuba no início deste ano, depois de ser experimentada em mais de mil pacientes sem provocar efeitos adversos severos.

"A Cima Vax-EFG está registrada em Cuba e no Peru. Está em processo no Brasil, na Argentina, na Colômbia e em outras nações e tem direito de patente em quase todo o mundo", disse Gisela González, chefe da equipe de desenvolvimento da vacina, citada pelo diário Granma, do Partido Comunista, do governo.

González ressaltou que os ensaios clínicos com a Cima Vax-EGF foram iniciados em 1995 e têm "demonstrado segurança e resposta imune" em pacientes em estados avançados da doença.

O câncer é uma das principais causas de morte em Cuba. Em 2010, foram registrados mais de 22 mil mortes por tumores oncogênicos - entre eles, quase 12 mil mulheres, segundo as cifras oficiais.

A vacina contra o câncer de pulmão é aplicada em pacientes que receberam tratamentos de radioterapia ou quimioterapias para controlar o crescimento do tumor sem toxicidade associada, explicou a especialista, segundo o diário.

A indústria biotecnológica cubana representa uma importante injeção de divisas para a frágil economia doméstica, com a comercialização de 38 medicamentos em cerca de 40 países.

Segundo números recentes, a biotecnologia gera entradas anuais que superam os 300 milhões de dólares.

As autoridades cubanas estão impulsionando a cooperação tecnológica, por exemplo, com a China, seu segundo parceiro comerciais. No fim de novembro, Havana e Pequim firmaram vários acordos para o desenvolvimento de vacinas, fomentando a investigação bilateral para o quinquênio 2012-2016.

O Brasil é outro país com uma forte colaboração bilateral na esfera da saúde e, em especial, na biotecnologia.

O Granma anunciou que se trabalha nos ensaios clínicos para uma vacina contra o câncer de próstata. Cuba fabricou um medicamento contra o câncer de colo de útero e um recombinante para problemas cardiovasculares.
Postado por celvio às 09:16 (Enviado por luisnassif, qua, 07/12/2011 - 09:03
Por Vânia).

De Reuters/ UOL

Texto extraido do site:http://saraiva13.blogspot.com/2011/12/cuba-desenvolve-vacina-contra-cancer-de.html

FIBROSE CÍSTICA/ TRATAMENTO

Aparelho respiratório

O tratamento adequado em fibrose cística permite retardar a evolução dos danos pulmonares. A meta principal é a limpeza das vias aéreas (que ficam obstruídas) para garantir a respiração e a prevenção de infecções.
O uso de nebulização ajuda a desprender o muco para que o paciente possa ter as vias respiratórias livres, através da inalação de diferentes medicamentos, incluindo dornase alfa (pulmozyme), broncodilatadores (aerolim ou berotec) e antibióticos como TOBI (tobramicina ou colistine). A eficácia do tratamento é influenciada pela técnica de inalação, bem como a manutenção e limpeza dos equipamentos. Os nebulizadores transformam a medicação em pequenas gotículas que chegam profundamente aos pulmões. Nunca se deve misturar diferentes medicamentos num mesmo nebulímetro porque um medicamento pode neutralizar o outro, exceto quando for orientação médica. Siga sempre a receita indicada.
Rotineiramente limpe seu nebulizador para mantê-lo livre de bactérias, que podem sobreviver num equipamento sujo. Antes de preparar a inalação lave as mãos com água e sabão. Não toque no interior do copo. Realize o preparo da inalação conforme receita médica. Após o uso, remova as peças (copinho, máscara ou bucal) e lave-as manualmente com detergente de louça e água morna. Seque com pano limpo e, após friccionar álcool a 70%, guarde em recipiente plástico com tampa. Se a mangueira permanecer úmida, deixe o nebulizador ligado por aproximadamente cinco minutos sem o copinho, para que o ar passe pelos tubos e seque aqueles que ainda permanecerem molhados. Caso apareça bolor (mofo), substitua a mangueira.

O exercício físico também é fundamental para todas as crianças, principalmente as com mucoviscidose. Elas devem ser encorajadas a praticar esportes como natação, ciclismo, corridas e jogos. A atividade ajuda a eliminar o escarro, pois o paciente tosse com mais facilidade, fortalece os músculos respiratórios e melhora a capacidade cardíaca.
No tratamento, são utilizados medicamentos que matam as bactérias, conhecidos como antibióticos. Eles podem ser de aplicação oral (cápsulas ou soluções que devem ser engolidas), endovenosa (nas veias, diretamente no sangue via injeções) ou inalada (age diretamente no aparelho respiratório pela respiração).
Outra importante parte do tratamento é a realização da fisioterapia pulmonar para limpar as vias respiratórias, retirando o muco produzido em excesso. Além de soltar o catarro e ajudá-lo a sair, melhora a entrada de ar nos pulmões. Deve ser feita todos os dias.
Quando o muco aumenta na região do nariz, causa a rinite, e se aumenta muito na região dos seios da face, instala-se a sinusite. Por isto, é importante fazer a limpeza destas regiões utilizando soro fisiológico. Realizar uma massagem com a ponta dos dedos nessa área também contribui. Deve-se ensinar a criança, o quanto antes, a assoar o nariz para eliminar a secreção que restou.
Fisioterapia

Já quando o muco aumenta nos pulmões, deve-se realizar vários exercícios e técnicas para deslocar e facilitar a saída da secreção dos órgãos. As técnicas mais utilizadas para a higiene pulmonar são:

Drenagem postural - São posições em que a criança é colocada e que ajudam o muco a se deslocar mais para perto da garganta, onde fica fácil tossir e cuspir para fora. As posições de drenagem podem ser feitas no colo da mãe ou em cima da cama, com o auxílio de almofadas e travesseiros. As posições são:
Elevando a criança com o apoio de um travesseiro, drenamos a parte superior do pulmão, na frente do tórax.
Com a criança ainda elevada, mas de bruços, drenamos a parte superior do pulmão, na parte de trás do tórax.
Com a criança deitada sobre um travesseiro, discretamente de lado, drenamos a parte média do pulmão, cuidando do posicionamento da cabeça.
Deixar a criança de barriga para cima e inclinada discretamente para baixo (usar o apoio do joelho) para drenar a parte inferior do pulmão, na frente do tórax.
Deitar a criança de barriga para baixo, sobre um travesseiro e inclinar o tronco e a cabeça com cuidado para baixo, para drenar a parte inferior dos pulmões. Cuide para que a cabeça da criança esteja livre para respirar, e que o peso do corpo não pressione o ombro.
Tapotagem - Com as mãos em forma de concha, deve-se realizar batidas no tórax da criança, que deve estar coberta por uma roupa fina ou lençol. Não é necessário força ao bater. O importante é provocar uma vibração no corpo, que vai deslocar o muco dos canais.
Vibração - São movimentos oscilatórios que podem ser feitos com a mão ou com um massageador elétrico e que também deslocam o muco.
AFE (aceleração do fluxo expiratório) - A mãe ou o pai abraçam o tórax da criança com as mãos e quando ela solta o ar (expira), fazem uma compressão para dentro e para baixo, prolongando a saída de ar e ajudando a soltar o muco.
HUFF (ou bafinho)- Quando a criança é maior, pode-se associar outras técnicas como pedir para a criança encher o pulmão de ar ao máximo e depois soltar todo o ar com força, como se fosse embaçar um espelho.

Ao final das técnicas deve-se sempre estimular a tosse para eliminar as secreções que foram mobilizadas. Exercícios respiratórios podem ser feitos ao final de toda terapia, depois da higiene pulmonar. Eles podem ser associados com brincadeiras, assim a criança melhora a ventilação do pulmão se divertindo. Por exemplo, fazer bolinhas de sabão, assobiar, assoprar cata-ventos, língua de sogra, puxar e soltar o ar levantando e abaixando os braços. As complicações respiratórias podem levar a alterações de movimento e postura nas crianças, mesmo nos bebês. Por isso, é fundamental o acompanhamento de um fisioterapeuta.
Prevenção

É sempre importante prevenir os problemas do que tentar corrigi-los depois de instalados. O paciente com fibrose cística deve receber todas as vacinas obrigatórias e também as opcionais como a vacina da gripe anualmente, de hepatite A e antipneumocóccica.
Os pais devem ter especial atenção à sinusite e aos pólipos nasais (parecidos com carne esponjosa no interior do nariz), pois causam obstrução e disfunções. Também levam ao excesso de produção de muco de todo o aparelho respiratório, incluindo ainda a porção inferior. Recomenda-se, então, lavar a cavidade nasal com soro fisiológico com muita freqüência.
Complicações

As complicações surgem na evolução da doença:

Bronquiectasias - é uma dilatação dos brônquios decorrente de inflamação crônica. Na evolução, há destruição da parede brônquica, levando a mais produção de muco.
Pneumotórax - é uma ruptura do pulmão, causando o escape de ar de dentro do órgão para a caixa torácica, dificultando muito a respiração. Ocorre em 4% dos pacientes. Nos casos leves, o tratamento é feito somente com oxigênio.
Hemoptise - é um sangramento dentro do aparelho respiratório que faz o paciente tossir sangue. Isto acontece por causa da inflamação dos brônquios. Geralmente a quantidade de sangue é mínima e não é preciso de tratamento específico
Baqueteamento digital - é o alargamento das extremidades dos dedos da mão e pés, de causa desconhecida.

Aparelho gastrointestinal

O tratamento dos problemas gastrointestinais é baseado na suplementação enzimática, de acordo com a situação de cada paciente. A quantidade ideal deve ser ajustada pelo médico em conjunto com a família, de acordo com o ganho de peso, número de evacuações e característica das fezes. A dieta complementar também pode variar de acordo com a idade, tipo e quantidade de alimentos ingeridos. Em decorrência da dificuldade na digestão de gorduras pela insuficiência pancreática, as vitaminas solúveis em gordura (lipossolúveis: A, D, E e K) não são absorvidas, exigindo suplementação especial.

Muitos são os fatores que desequilibram o balanço energético e afetam o estado nutricional, como, por exemplo, os distúrbios de digestão e absorção, a dieta inadequada, anorexia e o aumento das necessidades energéticas. Este desequilíbrio provoca insuficiência pancreática, doença hepática e refluxo gastroesofágico. O aumento do gasto energético leva à doença pulmonar e infecções. Já a redução da ingestão, gera erro alimentar (restrição de gordura), anorexia, distúrbio eletrolítico e alcalose (sangue alcalino), esofagite, tosse, dispnéia e diabetes.
Dieta e alimentação

O paciente com fibrose cística precisa de 120% a 150% das necessidades diárias de energia para a idade e sexo. A alimentação da criança com a doença é muito importante no tratamento da doença. A necessidade de proteína no paciente com FC também é maior. Ele precisa do dobro ou mais por dia que uma criança sem a enfermidade. Vitaminas, sais minerais e oligoelementos também devem ser suplementados. Vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K), vitamina C, fósforo, cálcio, ferro e zinco são rotineiramente usados.

A diminuição do apetite e a perda de peso são os primeiros sinais de uma infecção pulmonar aguda. A alcalose (sangue alcalino) e o distúrbio eletrolítico também podem contribuir para o aparecimento de falta de apetite, vômitos e baixo ganho de peso. Também colaboram para aumentar o gasto de energia as respirações rápidas, o esforço respiratório, a tosse devido a progressão da doença, o uso prolongado de broncodilatadores e a febre decorrente de infecções pulmonares.

É importante o monitoramento do crescimento e do estado nutricional a cada consulta, ou, pelo menos, a cada três meses. Assim, é possível evitar a desnutrição. Alguns pacientes com fibrose cística também mantêm crescimento adequado com o leite materno, desde que recebam a enzima pancreática antes das mamadas. Neste caso, deve se dar atenção especial a complicações como proteína baixa, sódio baixo e alcalose. O sódio pode ser oferecido na forma de cloreto de sódio via oral ou soro caseiro. Calorias extras e proteínas são facilmente adicionadas aos alimentos tradicionais sem aumentar o volume. A suplementação oral pode ser feita com dietas enterais sem lactose, módulos de proteínas e módulo de lipídios na forma de triglicerídio de cadeia média (TCM). Os módulos são encontrados na forma de pó e líquido, respectivamente, para serem adicionados à dieta.

A suplementação de vitaminas e minerais faz parte da terapia nutricional. Deve-se tomar um cuidado, entretanto, com a vitamina, K principalmente nos casos de sangramentos, doença hepática, leite materno exclusivo ou uso crônico de antibióticos. A administração da vitamina B12 é necessária nos pacientes com ressecção do íleo (porção do intestino delgado). Também podem ocorrer alterações nos níveis de ferro e zinco. A hiponatremia (sódio baixo) pode contribuir para a anorexia e o baixo ganho de peso. A suplementação de sódio (sal) deve ser feita no verão para todos os pacientes, para que eles ganhem peso.

A dieta enteral (via sonda) é indicada em casos de ingestão oral insuficiente, quando o paciente não apresenta um ganho de peso satisfatório, mesmo com o uso de dieta oral especial. Pode ser feita através de sonda enteral (a sonda passa pelo nariz até o estômago) ou gastrostomia (introdução da sonda no abdômen através de cirurgia) nos casos em que a nutrição extra for necessária por períodos mais longos. As crianças maiores podem receber a dieta enteral durante a noite, de forma contínua e com bomba infusora, permitindo que desenvolva suas atividades normalmente durante o dia.

Até os seis meses de vida, o melhor alimento é o leite materno. Porém, é preciso suplementação com medicamentos. São comuns fortificante do leite materno, caseinato de cálcio (caseical-proteínas), Oligossac ou Dextrosol (calorias na forma de açúcares), TCM ou gordura de coco (calorias na forma de gorduras). Entre seis e 12 meses, além do leite materno e os suplementos já citados, deve-se começar a introdução de outros alimentos, como frutas, verduras, legumes, tubérculos (batata e mandioca), cereais, carnes, ovos e se necessário, fórmulas infantis especiais. Até oito meses, os alimentos deverão ser oferecidos batidos e, a partir desta idade, amassados. Isso para que a criança se acostume com a consistência da refeição da família. A partir dos 12 meses, as crianças com FC já se alimentam com o cardápio da família, mas acrescentamos todos os suplementos que são oferecidos pela associação. É recomendado o acompanhamento de um nutricionista.
Glândulas sudoríparas

Como tratamento, bem como prevenção, deve-se fornecer quantidades extras de sal na dieta do paciente e estimular a ingestão de grande quantidade de líquidos. Se a criança aceitar, dar preferência ao soro caseiro para a hidratação. Para preparar o soro, misture em um litro de água mineral, filtrada ou fervida (mas já fria) com uma colher (de chá) de sal e uma colher (de sopa) de açúcar.

Texto extraido do site:http://www.amucors.org.br/site/fibrose_cistica_tratamento.asp?canal=3&cdtipo=0

FIBROSE CÍSTICA / SINTOMAS

Aparelho respiratório

Os problemas respiratórios são os mais importantes da fibrose cística. Todos os pacientes desenvolverão doenças relacionadas ao pulmão.
O sistema respiratório é dividido em superior (nariz e seios da face), que tem a função de filtrar, umedecer e aquecer o ar; e o inferior (laringe, traquéia, brônquios, bronquíolos, pulmões e alvéolos), que faz a troca de gases, eliminando o gás carbônico (CO2) do sangue e fornecendo oxigênio (O2) ao corpo. Neste sistema, existem ainda as glândulas exócrinas, que produzem um muco que reveste todo o aparelho respiratório. Todo elemento estranho inalado, como poeira e bactérias, adere a esse muco, sendo eliminado através dos cílios que existem na superfície das células, em direção a garganta, onde pode ser tossido ou engolidos.
Nos portadores de fibrose cística, o muco é mais espesso e elástico. Por isso, os cílios não conseguem expulsar as impurezas do organismo. O acúmulo de muco obstrui os canais, dificultando a passagem do ar. Essa secreção não removida é contaminada pelas bactérias que causam pneumonia de repetição e danos pulmonares irreversíveis. A infecção crônica leva à inflamação do aparelho respiratório e à maior produção de muco, tornando-se assim um ciclo vicioso.

Exames necessários
O médico muitas vezes precisa de exames para ajudá-lo a avaliar a evolução da doença:

Radiografia de tórax - Permite visualizar alterações nos pulmões.
Teste de função pulmonar (espirometria) - Avalia o funcionamento dos pulmões, medindo quanto rápido o ar entra e sai do órgão. Realizando este teste periodicamente é possível acompanhar se há melhora ou piora na respiração, permitindo assim adequar o tratamento. Somente pode ser realizado em crianças que obedecem a comandos (como inspire, expire, etc), sendo difícil em menores de seis anos.
Cultura de escarro (muco) - Permite identificar as bactérias.
Exames de sangue - Avaliam o estado nutricional e o funcionamento do fígado, rins e pulmões.

O aumento da intensidade da doença (exarceberação) ocorre quando a criança já está recebendo a medicação rotineiramente e, num determinado momento, começa a apresentar sintomas não habituais, como aumento dos problemas respiratórios:

piora da tosse, principalmente à noite;
modificação do volume, cor e consistência do escarro;
presença de febre diariamente;
respiração difícil (dipnéia);
redução da atividade física do paciente com aumento do cansaço e tendência à sonolência;
perda de peso ou apetite, sendo muitas vezes, o único sintoma.

Através do exame físico identifica-se o aumento ou aparecimento de sons anormais no pulmão e de sinais de dispnéia.
Aparelho gastrointestinal

Os problemas relacionados ao aparelho gastrointestinal podem ocorrer em alguns pacientes com fibrose cística. Através de consultas médicas freqüentes e exames periódicos pode-se, precocemente, detectar o problema e iniciar o tratamento específico.
O principal órgão é o pâncreas, que produz dois tipos de secreção: as enzimas digestivas e os hormônios. As enzimas são secretadas no duodeno (primeira porção do intestino delgado) e os hormônios, na corrente sangüínea. As enzimas digestivas são produzidas em células especializadas e passam por pequenos canais até o intestino, onde contribuem na digestão de carboidratos, proteínas e, principalmente, gorduras. O pâncreas também produz bicarbonato de sódio que protege o duodeno, neutralizando o ácido proveniente do estômago.

Na fibrose cística, as secreções são mais espessas. Como dito anteriormente, ocorre a obstrução dos canais de drenagem, que leva à diminuição das enzimas pancreáticas no intestino e à má absorção dos alimentos. Ou seja, os nutrientes não são absorvidos e a criança perderá grande parte do que comeu através da diarréia. Caso não haja reposição das enzimas hepáticas, a diarréia (com perda de gordura) e a desnutrição se instalam.

A insuficiência do pâncreas ocorre em cerca de 90% dos casos e a intensidade da doença é variável, podendo ser progressiva. Assim, alguns pacientes podem não necessitar da suplementação de enzimas logo que diagnosticada a enfermidade, mas podem vir a desenvolver a insuficiência no decorrer da vida. O exame deve ser feito assim que a doença for descoberta, através das características das fezes, número de evacuações e dosagem de gordura através de análises específicas. A suplementação dessas enzimas só deverá ser realizada se comprovada a sua necessidade.

A insuficiência de enzimas provoca diversas complicações como:

Ileo meconial - É a manifestação mais precoce da doença. Ocorre obstrução do intestino delgado e ausência de eliminação de mecônio (material da primeira evacuação do nascimento). Neste caso, é preciso um procedimento cirúrgico para correção.
Síndrome da Obstrução Intestinal Distal - É um fechamento parcial do intestino provocado pela retenção das fezes no final do órgão (íleo terminal). Nem sempre necessita de cirurgia para correção, podendo ser resolvido com medicação especial via retal e laxantes.
Colonopatia Fibrosante- Sua ocorrência está associada a altas doses de enzima. Ocorre um estreitamento do cólon (intestino grosso) com ulcerações da mucosa, fibrose e diminuição do calibre, podendo levar a ressecção da porção afetada. A utilização de ranitidina ou omeprazol diminui a acidez gástrica e aumenta a efetividade da enzima ingerida. Assim, é possível diminuir a dose da enzima quando ela está alta.
Refluxo Gastroesofágico - Consiste no retorno do conteúdo gástrico através do esôfago, como vômitos. Pode ser secundário às infecções pulmonares de repetição e ao esforço respiratório. Além de colaborar para o baixo ganho de peso, pode levar à diminuição da ingestão de alimentos por causa da inflamação do esôfago (esofagite).
Doença Hepática - A mais precoce alteração provocada pela doença é a colestase, que se manifesta já no início da vida com amarelão (icterícia) e aumento do fígado. Também pode ocorrer a presença de cálculos em vesícula, sendo necessário, às vezes, procedimento cirúrgico. A situação mais grave é a cirrose com falência do fígado. Isso pode ser evitado com diagnóstico precoce e medicação específica.

Glândulas sudoríparas

Nas glândulas sudoríparas, ocorre uma eliminação de suor cinco vezes maior que a normal e com uma quantidade extremamente alta de sódio, cloro e potássio. Os pais e os avós são geralmente os primeiros a perceber este sinal, porque, quando beijam a criança, sentem um sabor salgado na boca. Os sintomas de desidratação são: fraqueza, fadiga, febre baixa, cãibras musculares, dor abdominal, vômitos e prostração. Uma criança desidratada apresenta olhos fundos, boca seca e baixa quantidade de urina.
Aparelho reprodutor

Homens
Os espermatozóides são produzidos no testículo e deslocam-se por um tubo chamado ducto deferente até a próstata. O esperma e o sêmen são misturados e deslocam-se até a uretra para o pênis, onde são ejaculados. Na fibrose cística, o ducto deferente está bloqueado pelo muco ou está pouco desenvolvido. Isso impede a passagem das células reprodutivas. Por isto, 98% dos pacientes são inférteis. Alguns homens são férteis, pois o bloqueio não é total, podendo ter diferentes concentrações de espermatozóides no sêmen. É possível realizar um exame chamado espermograma, no qual se conta a quantidade de espermatozóides no líquido seminal, verificando se é suficiente para uma fecundação.

Mulheres
Os óvulos produzidos no ovário deslocam-se pela trompa de falópio até o útero. Espermatozóides, depois de depositados na vagina, deslocam-se até a cérvice do útero, entrando nele e fertilizando o óvulo. Nas mulheres com FC, o muco cervical e vaginal é muito espesso e elástico, dificultando a passagem do espermatozóide. As alterações nas mulheres são menos intensas que no homem. Por isso, uma mulher com a mucoviscidose pode ter um filho mais facilmente que um homem com mesma a doença.

Texto extraido do site: http://www.amucors.org.br/site/fibrose_cistica_sintomas.asp?canal=3&cdtipo=0

FIBROSE CÍSTICA / DOENÇA

Fibrose Cística

A mucoviscidose, conhecida como fibrose cística (FC), é uma doença hereditária e sem cura. Atualmente, um em cada dois mil nascidos vivos no Rio Grande do Sul é portador da enfermidade. Além disso, uma em cada 20 pessoas tem o gene da FC no DNA de suas células, embora não apresente qualquer sintoma. Isto ocorre porque a doença somente se manifesta quando o paciente possui dois desses genes: um herdado do pai e outro da mãe. A mucoviscidose provoca o mau funcionamento das glândulas do suor, da lágrima, da saliva e do muco, afetando a digestão e a respiração. A fibrose cística faz com que tais secreções fiquem muito espessas, entupindo os canais e causando problemas digestivos e respiratórios.
Quando suspeitar?

Os sintomas variam de pessoa para pessoa. Os primeiros sinais podem ser similares aos de outras doenças comuns na infância, dificultando o diagnóstico correto. Os mais comuns são:

tosse crônica, geralmente com muito escarro;
chiado de peito freqüente;
pneumonias constantes;
suor excessivo e muito salgado;
desidratação sem causa aparente;
obstrução intestinal ;
dificuldade em ganhar peso e altura;
fezes volumosas e diarréia freqüente;
dor abdominal;
doença no fígado;
extremidades dos dedos dilatadas;
pólipos nasais (espécie de carne esponjosa).

Como a doença age?

No pulmão
O muco espesso e pegajoso bloqueia os canais dos brônquios, no interior dos pulmões, dificultando a respiração e causando tosse e infecções por bactérias. As conseqüências mais graves são lesões pulmonares e nos brônquios (bronquiectasias), além de insuficiência de oxigênio no sangue (hipoxemia) e cor pulmonalle (repercussão cardíaca).

No pâncreas
O muco espesso impede que as enzimas digestivas, necessárias para a absorção dos alimentos, cheguem ao intestino. Isso causa diarréia e leva à desnutrição. Também ocorre a obstrução dos canais do pâncreas, o que provoca fibrose do órgão.
Como é diagnosticada?

Devido ao desconhecimento, muitos pacientes têm a fibrose cística diagnosticada tardiamente. O ideal é que a doença seja identificada até os três primeiros anos de idade. Porém, nem sempre os sintomas de mucoviscidose se apresentam já no nascimento. O diagnóstico é feito através de um exame chamado de Eletrólitos do Suor, em que é medida a quantidade de cloreto de sódio no suor da criança. Os pacientes com a doença apresentam o suor cinco vezes mais salgado do que de uma criança normal. A fibrose cística também pode ser identificada através do teste do pezinho e do exame de DNA.

Texto extraido do site:http://www.amucors.org.br/site/fibrose_cistica_doenca.asp?canal=3&cdtipo=0

Hipertensão pulmonar



Dr. Carlos Jardim, pneumologista, professor colaborador, médico assistente doutor, responsável pelo Ambulatório de Hipertensão Pulmonar do Incor do HCFMUSP. Coautor da coleção “Guia Prático de Saúde e Bem-Estar” (editora Gold), faz parte do corpo clínico do Hospital Sírio-Libanês de São Paulo (SP).


O que é:

Hipertensão pulmonar é a denominação dada a um conjunto de alterações que dificultam a passagem do sangue pelas artérias e veias pulmonares. Esse processo pode sobrecarregar o coração e causar cansaço e desmaios. Em casos muito graves, pode haver necessidade de internação e de transplante pulmonar.



Mecanismos da doença:

A oxigenação do sangue e a eliminação de gás carbônico (CO2) ocorrem nos pulmões. Esse processo chama-se troca gasosa. Ao contrário do que intuitivamente se pensa, nos pulmões não há somente ar; quase metade de todo o nosso sangue está lá. Quando as células musculares do corpo precisam de mais oxigênio, o coração bate mais rápido para que a troca gasosa ocorra de acordo com a necessidade do organismo.

A pressão sanguínea normal nos vasos pulmonares é relativamente baixa se comparada com aquela que o médico mede no braço do paciente, a pressão arterial sistêmica, porque esses vasos precisam ter a capacidade de acomodar grandes quantidades de sangue, quando há uma necessidade maior de oxigenação. Se eles fossem duros e incapazes de receber quantidades variáveis de sangue, não conseguiríamos aumentar a troca gasosa e o resultado seria o mesmo que abrir uma torneira muito grande, de onde saisse muita água, numa pia com ralo muito pequeno: a água não teria como escoar e iria acumular-se na pia. Portanto, os vasos sanguíneos pulmonares funcionam como um ralo que regula seu diâmetro conforme a variação da quantidade de sangue, ou seja, de água que chega, para que a pia nunca corra o risco de transbordar.

Na hipertensão pulmonar, ao contrário, o sangue não consegue fluir bem pelos pulmões e se acumula, sobrecarregando o coração que tem de fazer cada vez mais força para impulsioná-lo adiante.

Existem vários mecanismos celulares e moleculares que causam a hipertensão pulmonar. Eles não estão sempre presentes em todas as pessoas. Nos portadores de doenças autoimunes, como a esclerodermia, HIV, esquistossomose, anemia falciforme, entre outras, o risco de desenvolvê-la é maior. Em algumas pessoas, porém, não se consegue identificar a causa da doença, o que caracteriza o diagnóstico de hipertensão arterial pulmonar idiopática.

Sintomas e diagnóstico:

Geralmente, a pessoa apresenta cansaço progressivo, que piora com o tempo e com esforços cada vez menores, e falta de ar. Podem também ocorrer desmaios. É comum o paciente relatar que um ano atrás se cansava para andar cinco quarteirões e agora se cansa para subir dez degraus ou para tomar banho.

Não é fácil estabelecer o diagnóstico da hipertensão pulmonar. Muitas vezes, ele é feito, quando o médico está investigando a causa de sintomas como cansaço inexplicável ou falta de ar.

A hipertensão pulmonar pode produzir alterações na radiografia de tórax, no eletrocardiograma e nos exames de sangue. Entretanto, grande parte dos diagnósticos surge da alteração presente no ecocardiograma. Quando a pressão estimada é maior do que 35 mmHg, em geral, se faz uma investigação mais aprofundada, que pode exigir o exame de cateterismo da artéria pulmonar .

Tratamento:

Muitas situações clínicas podem fazer com que a pressão do sangue dentro dos pulmões esteja aumentada. Felizmente, nem toda elevação da pressão significa uma doença grave e, muitas vezes, não é necessário tomar remédios específicos para revertê-la. Entretanto, há situações que exigem a indicação de anticoagulantes, diuréticos, vasodilatadores e de medicamentos que ajudem o coração a trabalhar melhor. Em casos extremos, que não respondem ao tratamento clínico, pode ser necessário realizar um transplante de pulmão.





Prevenção:

Infelizmente, não existe indicação específica para preveni r o aparecimento da hipertensão pulmonar. Como regra geral, recomenda-se não fumar, evitar a obesidade e manter-se ativo. No passado, alguns anorexígenos (remédios para emagrecer) como a fenfluramina e a dexfenfluramina estavam associados à maior incidência de hipertensão pulmonar, mas esses remédios já foram banidos do mercado. Portadores de doenças crônicas, especialmente as autoimunes, pulmonares, cardíacas, renais e hepáticas devem conversar com seus médicos a respeito da possibilidade de desenvolverem hipertensão pulmonar.



Atenção: lembre que o fato de um ecocardiograma sugerir a presença de hipertensão pulmonar não é suficiente para definir esse diagnóstico. Converse com seu médico antes de imaginar que tem uma doença grave ou complicada.

Texto extraido do site: http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/hipertensao-pulmonar/

EMBOLIA PULMONAR ( Video )



Sinônimos:

Tromboembolismo Pulmonar.


O que é?

A embolia pulmonar ocorre quando um coágulo ( trombo ), que está fixo numa veia do corpo, se desprende e vai pela circulação até o pulmão, onde fica obstruindo a passagem de sangue por uma artéria. A área do pulmão suprida por esta artéria poderá sofrer alterações com repercussões no organismo da pessoa, podendo causar sintomas. Às vezes, mais de um trombo pode se deslocar, acometendo mais de uma artéria.

Como se desenvolve?

Existem algumas situações que facilitam o aparecimento de tromboses venosas, que causam as embolias pulmonares. A trombose é o surgimento de um trombo (coágulo de sangue) nas veias. Normalmente ocorre nas pernas, coxas ou quadris. Quando este trombo se desprende, vai para a circulação e acaba trancando numa artéria do pulmão, podendo ou não causar problemas. Se for pequeno, poderá até não causar sintomas, mas se for de razoável tamanho, poderá causar dano pulmonar ou, até mesmo, a morte imediata. Dentre algumas situações que colaboram para o aparecimento desta doença, estão:

Fraturas ósseas com imobilização prolongada do paciente
Pacientes com câncer
Pessoas que passam muito tempo acamadas, sem atividade física
Cirurgias
Uso de anticoncepcionais com estrógeno
Varizes
Tabagismo
Obesidade

A embolia pulmonar causada por trombos nas veias não é a única forma de embolia, mas é a mais freqüente. Pessoas que sofrem fraturas expostas (com exposição do osso) podem ter a liberação da gordura que está dentro do osso para a corrente sangüínea. A gordura poderá chegar aos pulmões, configurando o quadro que chamamos de embolia pulmonar gordurosa. Há outro tipo de embolia que pode acontecer em pessoas que usam drogas de abuso nas veias. Nestes casos, algum corpo estranho (objeto diminuto) pode chegar nos pulmões pela circulação, após a injeção da droga, e causar uma embolia. Existe também um tipo de embolia muito infreqüente que ocorre nas mulheres grávidas no momento do parto, chamada embolia pulmonar pelo líquido amniótico.

O que se sente?

Encurtamento da respiração ou falta de ar
Dor torácica
Tosse seca ou com sangue
Ansiedade
Febre baixa
Batimentos rápidos do coração

Como o médico faz o diagnóstico?

Através da conversa com o paciente, do seu exame físico e da sua situação particular, o médico poderá suspeitar do diagnóstico de embolia pulmonar. Alguns exames poderão auxiliar no diagnóstico, como a gasometria arterial, que costuma acusar uma diminuição do oxigênio no sangue do paciente com sintomas. Já a cintilografia pulmonar, que é um exame de imagem dos pulmões, poderá confirmar o diagnóstico em muitos casos. A arteriografia pulmonar (exame que injeta uma substância que contrasta as artérias), usualmente, dá o diagnóstico de certeza para o médico. Exames como a angiotomografia ou a ressonância magnética também poderão ser utilizados, dentre outros.

Como se trata?

Conforme a necessidade, o oxigênio poderá ser utilizado junto com medicações para dor. Para a embolia pulmonar causada por trombos das veias, são utilizados os anticoagulantes. A cirurgia é aconselhável em poucos casos.

Como se previne?

Medicações anticoagulantes em doses preventivas podem ser utilizadas por aqueles pacientes que ficarão acamados por um longo período. Já as pessoas sem impedimentos, do ponto de vista médico, deverão exercitar as pernas através de caminhadas no cotidiano. Pessoas que quase não caminham tem mais chances de ter um tromboembolismo pulmonar. Os casos de embolia gasosa dos mergulhadores podem ser evitados se eles usarem os procedimentos adequados e não retornarem à superfície rapidamente.

O uso de drogas de abuso* nas veias deve ser evitado.

*Qualquer substância que, por agir sobre os mecanismos de gratificação do cérebro, é usada com propósitos não-médicos, devido a seus efeitos estimulantes, euforizantes ou tranqüilizantes. FONTE: REY, Luis. Dicionário de termos técnicos de medicina e saúde. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 1999.

Texto extraido do site: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?174 Video extraido do site:http://www.youtube.com/watch?v=lexsHJZ8Ifo

ENFISEMA PULMONAR ( Video )



Sinônimos:

Doença pulmonar obstrutiva crônica ou DPOC.

O que é ?

É uma doença crônica, na qual os tecidos dos pulmões são gradualmente destruídos, tornando-se hiperinsuflados (muito distendidos).

Esta destruição ocorre nos alvéolos, onde acontece a troca gasosa do oxigênio pelo dióxido de carbono. Como resultado, a pessoa passa a sentir falta de ar para realizar tarefas ou exercitar-se.




Como se desenvolve ?

A doença inicia com a destruição de diminutos sacos de ar (alvéolos) que compõe os pulmões. Nas áreas destruídas, não ocorrem as trocas gasosas de maneira satisfatória, fazendo com que diminua a quantidade de oxigênio circulante no sangue e, então, surge a falta de ar. Os pulmões também perdem a elasticidade, tornando mais difícil a saída do ar após cada inspiração. A quase totalidade dos casos é causada pelo tabagismo. Poucos casos são devidos à deficiência de alfa-1-antripsina, que é uma enzima produzida nos pulmões.

Cerca de 10-15% dos fumantes mais suscetíveis ao efeito nocivo do fumo é que desenvolvem a doença. À medida que vão fumando, vão piorando a sua capacidade pulmonar. Os fumantes, na maioria das vezes, passam a sentir as alterações causadas pela doença só após vários anos.

O que se sente ?

A principal característica da doença é a falta de ar.

Na maioria das vezes, são tabagistas de longa data, que, em torno dos 65 anos de idade, passam a sentir falta de ar para fazer esforços. A falta de ar no início só é notada para os grandes e médios esforços (subir escadas ou caminhar são exemplos). Mantendo o hábito do fumo, poderão chegar a uma fase mais avançada da doença, em que falta de ar surge com tarefas simples como tomar banho, se vestir ou se pentear, por exemplo. Neste momento, muitos tornam-se incapacitados para o trabalho e passam a maior parte do tempo na cama ou sentados para não sentir falta de ar. A pessoa poderá também experimentar a necessidade de dormir com travesseiros mais altos por causa da falta de ar.

A tosse e o chiado no peito também podem ocorrer, mas são mais freqüentes nos fumantes, nos quais predomina a bronquite crônica, e não o enfisema pulmonar.

Já nos casos de enfisema pulmonar por deficiência de alfa-1-antitripsina (enzima produzida pelo pulmão), a doença se desenvolve mais cedo, mesmo sem exposição ao fumo.

Como o médico faz o diagnóstico ?

O médico faz o diagnóstico, na maioria dos casos, baseado na longa exposição ao tabaco referida pelo paciente, associada às queixas e às alterações detectadas no exame físico.

Pode haver o auxílio de exames complementares, como exames de imagem (radiografia e tomografia computadorizada do tórax), exames de sangue e espirometria. Este é um teste de função pulmonar que mede a capacidade de ar de pulmões, dando uma boa idéia do seu funcionamento.

Os exames complementares ajudam a estabelecer o nível de gravidade da doença e, portanto, auxiliam na decisão do melhor tratamento para cada caso.

Para os casos de enfisema por deficiência de alfa-1-antitripsina, faz-se necessária a dosagem desta enzima no sangue, que estará abaixo do normal.

Como se trata ?

A meta do tratamento é aliviar os sintomas do doente e prevenir a progressão da doença. Alguns casos podem ter melhora parcial com o uso de medicações. Podem ser usados corticóides ou broncodilatadores, por via oral ou inalatória. A via inalatória é a preferida por ter efeito mais rápido e contabilizar menos efeitos indesejáveis. Nas emergências, as medicações através de injeções também podem ser utilizadas.

É importante salientar que, diferentemente da asma e da bronquite crônica, as pessoas com enfisema não costumam melhorar ou têm pouco benefício com uso de broncodilatadores.

No entanto, muitos podem ser beneficiados com a terapia de reabilitação, que ensina os enfisematosos a usar a sua energia de uma forma eficiente, de maneira que ocorra um gasto menor de oxigênio. Assim, as pessoas tornam-se mais preparadas para as atividades diárias.

A terapia com oxigênio (oxigenoterapia) também beneficia muitas pessoas, melhorando a expectativa de vida em vários casos, especialmente naqueles com doença avançada.

Em casos selecionados, poderão ser realizadas as cirurgias redutoras de volume pulmonar. São removidas áreas mais comprometidas de um ou ambos pulmões, com o intuito de melhorar a mecânica respiratória, resultando numa melhora dos sintomas e no dia a dia das pessoas.

Como se previne ?

Não há maneira, até agora, capaz de definir os indivíduos que serão suscetíveis ao desenvolvimento da doença com o hábito do fumo. Só podemos, através da espirometria, identificar a perda de função pulmonar nas pessoas que fumam e aconselha-las a parar.

Além de evitar o tabagismo, outra forma de se prevenir é reduzir a exposição a poluição do ar.

Quanto mais cigarros por dia ou mais anos fumando, maior a chance de desenvolvimento da doença. A forma de se prevenir é não fumar.

A interrupção do tabagismo também é benéfica em qualquer fase da doença, pois não acelera a progressão da mesma.

Perguntas que você pode fazer ao seu médico:

O que é a cirurgia redutora de volume pulmonar?

Quando deve ser indicada a cirurgia redutora de volume para os enfisematosos?

Quais os resultados esperados com a cirurgia redutora de volume pulmonar?

Quando está indicado o transplante pulmonar para os casos de enfisema?

Quais os critérios que o médico utiliza para decidir pelo transplante pulmonar unilateral ou bilateral?

Quais os riscos do transplante pulmonar?

Texto extraido do site:http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?179 Video extarido do site:

Bronquiectasias ( Video )

Bronquiectasia provoca um aumento anormal das vias aéreas devido à inflamação e a infecção. Quando as vias aéreas ficam aumentadas, há uma alteração da forma do muco, levando à infecção. Obstrução das vias aéreas ocorre também devido a dano aos cílios, os pêlos minúsculos protetora responsável pela limpeza das vias aéreas. Isso resulta em um ciclo de repetidas inflamações, infecções e obstrução das vias aéreas característica de bronquiectasias.
Muitas vezes, como se desenvolve gradualmente, os sintomas de bronquiectasias não aparecem por meses ou mesmo anos. Os sintomas da bronciectasis podem incluir:

1. Crônica Tosse com grandes quantidades de espessura, de odor fétido do catarro
A persistente, tosse de longa duração com grandes quantidades de escarro, purulenta espessa são os sintomas característicos da bronciectasis. Com a presença de infecção, o muco é muitas vezes descoloridos, mau cheiro e podem até conter o sangue.

2. Hemoptise
Pessoas com bronquiectasias vezes pode expectorar pequenas quantidades de sangue. Este termo é referido como hemoptise. Hemoptise é devido, principalmente, à ruptura de vasos sanguíneos minúsculos perto da superfície dos tubos bronquiais. Normalmente, esse sangramento é menor, mas às vezes requer cuidados emergentes. Quando a hemoptise ocorre, geralmente indica infecção.

3. Dispnéia
Dispneia ou falta de ar, é outro sintoma comum de bronquiectasia, que ocorre devido à obstrução das vias aéreas com muco. Normalmente, a piora da dispnéia pode acontecer durante o esforço ou exercício.

4. Perda de peso
A perda de peso pode ocorrer por causa da maior demanda calórica produzida pelo organismo como resultado de longo prazo, tosse excessiva. Leia mais sobre a nutrição ea DPOC.

5. Fadiga
A fadiga é uma sensação geral de cansaço ou falta de energia. No caso de bronquiectasia, uma das causas da fadiga pode ser a falta de sono causada pelo longo prazo tosse excessiva. Às vezes, os efeitos colaterais dos medicamentos podem trazer a fadiga são comuns com anti-histamínicos, medicamentos pressão arterial, pílulas para dormir, esteróides ou diuréticos.

6. Fraqueza Muscular
A fraqueza é um sintoma comum de muitas doenças crônicas. A fraqueza causada por bronquiectasia é basicamente generalizada, o que significa que afeta todo o corpo, em oposição à fraqueza localizada, que afeta apenas uma parte específica, grupo muscular, ou de um lado do corpo.

7. "Dedos brancos"
É um sinal de privação de oxigênio a longo prazo e podem, ou não, ser visto em bronquiectasias.

8. Chiado
Muitas vezes descrito como um som de assobios ouvidos durante a inspiração ou expiração, chiado é causado por um estreitamento ou obstrução das vias aéreas. Muitas vezes, chiado pode ser tão grande que você pode ouvi-lo sem a ajuda de um estetoscópio.

9. Repetidas infecções pulmonares
As infecções respiratórias são comuns em bronquiectasias e podem incluir infecções bacterianas (como Staphylococcus) infecções fúngicas (tais como aspergilose) infecções por micobactérias (como a tuberculose) ou infecções virais (como a gripe). Se essas infecções pulmonares são tratados imediatamente, a bronquiectasia é menos provável de ocorrer.

Texto extraido do site:http://pneumologia.facafisioterapia.net/2010/02/sintomas-da-bronquiectasia.html


(--Inglês--)

Video texto extraido do site:http://www.slideshare.net/flaviasmatos/artigo-de-revisao-em-bronquiectasias (video)http://www.youtube.com/watch?v=lm2kzDRG1nc

FIBROSE PULMONAR



O que é a fibrose pulmonar?

Fibrose pulmonar envolve a cicatrização do pulmão. Gradualmente, os sacos de ar (alvéolos) dos pulmões tornam-se substituídos por fibrose. Quando a cicatriz se forma, os alvéolos, por onde passa o sangue para receber o oxigênio, são perdidos, levando a uma perda irreversível na capacidade dos pulmões em transferir oxigênio para a corrente sanguínea. A queda de oxigênio se acentua com o esforço, causando falta de ar aos exercícios.



O que é fibrose pulmonar idiopática?

Fibrose pulmonar idiopática (FPI) é uma doença que envolve os dois pulmões resultando em minúsculas cicatrizes (fibrose) de causa desconhecida (idiopática). O processo de cicatrização é geralmente progressivo.

Existem outras causas de fibrose pulmonar?

Diversas outras doenças pulmonares, de causas conhecidas, podem resultar em fibrose pulmonar; estas doenças, se reconhecidas e tratadas a tempo, tem prognóstico muito melhor do que a fibrose pulmonar idiopática. Portanto, o diagnóstico correto é essencial.

Quem pega fibrose pulmonar idiopática?

A doença não é comum, mas pessoas idosas são mais acometidas. A doença é muito rara em pessoas com menos de 50 anos. Nestas pessoas outras doenças que resultam em fibrose pulmonar são muito mais freqüentes, como diversos tipos de doenças reumáticas (esclerodermia, artrite reumatóide), fibrose por uso de certos medicamentos e exposição a pássaros e mofo (ver pneumonia de hipersensibilidade).

Quais são os sintomas da FPI?

A falta de ar é o sintoma mais comum. De início a falta de ar é mínima acontecendo apenas aos grandes esforços, sendo freqüentemente atribuída à idade ou descondicionamento. Com o passar dos meses a falta de ar vai se agravando, podendo ao final ocorrer para atividades mínimas, como vestir-se. A tosse pode ser intensa em alguns casos.

O aumento da ponta dos dedos (em forma de baqueta de tambor) pode surgir em casos mais avançados. O médico pode escutar sons gerados nos pulmões (estertores) que podem ser confundidos com aqueles observados em pneumonia ou insuficiência cardíaca.

O que a radiografia e a tomografia de tórax mostram?

Os achados na tomografia podem ser fortemente sugestivos da doença, quando analisados por radiologistas ou pneumologistas experientes na doença.

A tomografia mostra um infiltrado semelhante a uma rede (reticular) com formação de pequenos cistos, semelhantes a favo de mel, nas bases dos pulmões.

Como a FPI afeta o funcionamento dos pulmões?

Diversas medidas do funcionamento dos pulmões são necessárias para avaliar a gravidade da FPI e para seguir a doença e a resposta ao tratamento. O teste mais básico consiste em medir a quantidade de ar que o indivíduo consegue eliminar após encher os pulmões. Isto é feito através de um aparelho denominado espirômetro.

Redução do volume de ar eliminado é encontrada na FPI. O segundo teste envolve a medida da capacidade dos pulmões de transferir gás para o sangue. Este teste é feito pela medida da difusão do monóxido de carbono. Na FPI as paredes dos alvéolos são engrossadas pela fibrose, o que diminui a capacidade do pulmão em transferir gás para o sangue. O terceiro teste fundamental é verificar o oxigênio do sangue em repouso e no exercício, o que pode ser feito por um medidor de dedo denominado oxímetro.

Como é feito o diagnóstico de FPI?

O diagnóstico pode ser feito por uma combinação de achados clínicos e da tomografia de tórax. Quando estes achados não forem conclusivos, ou outra doença que resulta em fibrose é uma possibilidade, pode ser necessária uma biópsia pulmonar.

O que é uma biópsia pulmonar aberta? Quais são os riscos?

Na biópsia pulmonar aberta, um cirurgião de tórax faz um corte entre as costelas e remove pequenos pedaços de tecido de diversos lugares nos pulmões. O material deve ser encaminhado para um patologista especializado em doenças pulmonares. Além de fazer o diagnóstico, a biópsia ajuda a determinar em que estágio a doença se encontra, e o que se pode esperar do tratamento. Em um paciente sem outra doença significativa, a recuperação da biópsia é relativamente rápida, em geral menos de cinco dias. Alguns novos procedimentos (videotoracoscopia) podem encurtar este tempo.

A FPI é hereditária?

Em raros casos a FPI pode ocorrer em vários membros da família e passar de uma geração para a próxima.

A FPI tem tratamento?

A melhor chance de retardar a progressão da FPI é começar o tratamento o mais cedo possível. A doença é incurável e nunca regride, mesmo com tratamento. Alguns hospitais de grande porte podem colocar os pacientes em protocolos de novos medicamentos, que estão sendo testados em diversos lugares.

O tratamento da FPI varia bastante e depende de diversos fatores, incluindo a idade do paciente, fase da doença e outras condições associadas como diabetes e osteoporose.

Como é tratada a FPI?

Basicamente com medicamentos. Estes em geral são prescritos por pelo menos 3 a 6 meses; o efeito é avaliado pelos testes de capacidade pulmonar.

Medicamentos freqüentemente prescritos são os corticosteróides (prednisona), e imunossupressores (azatioprina e ciclofosfamida). Uso de oxigênio e, em casos especiais, transplante do pulmão são outras opções. Quando o oxigênio do sangue se torna baixo, oxigênio deve ser usado, o que resulta em melhora da falta de ar e maior capacidade de exercício.

O paciente com FPI pode fazer exercício?

Uma característica da FPI é reduzir o oxigênio no sangue durante os esforços. Esta queda precisa ser medida para se avaliar o grau de segurança dos exercícios; muitas vezes o uso de oxigênio é necessário durante o esforço, o que pode ser feito em casa em esteiras ou bicicleta ergométrica. O exercício regular pode melhorar a força muscular e a falta de ar.

Quando o transplante é indicado?

O transplante de pulmão, de um ou dos dois pulmões, é uma alternativa para os pacientes com doença avançada. É mais freqüentemente realizado em pacientes com idade abaixo de 60 anos que não respondem a nenhuma forma de tratamento. 50 a 60% dos casos transplantados sobrevivem cinco anos, e em torno de 20% vivem mais de 10 anos após o transplante.

Qual é a evolução normal da FPI?

A FPI é progressiva na maioria dos casos. Esta progressão pode demorar meses ou muitos anos. Em geral a doença dura 5 a 8 anos.


Texto e imagens extraida do site:http://drpereira.com.br/fibrose.htm

ASMA



O que é asma?

Asma é uma doença crônica que afeta os brônquios, os tubos que carregam o ar para dentro e para fora dos pulmões.


Como acontece a asma?

Na asma as paredes internas dos brônquios são inflamadas, ou inchadas.

Esta inflamação faz com que os músculos que envolvem os brônquios se contraiam com maior facilidade. A inflamação e a maior facilidade da contração dos músculos tornam os brônquios muito sensíveis, e eles tendem a reagir fortemente a coisas as quais você é alérgico ou a substâncias irritantes. Quando os brônquios reagem, eles se tornam mais estreitos e o ar passa com maior dificuldade para dentro e para fora dos pulmões (figura). Isto causa sintoma como chiado, tosse, aperto no peito e dificuldade para respirar, especialmente à noite, ao acordar pela manhã e depois de exercícios.



O que causa asma?

Os pesquisadores ainda não sabem por que a asma acontece em algumas pessoas e em outras não. Se pessoas de sua família têm asma, a sua chance de ter asma é maior. A exposição no início da vida a fumaça de tabaco, infecções, e algumas substâncias alérgicas podem aumentar as chances de a criança desenvolver a asma.

Asma tem cura?

Asma não tem cura, mas a maioria das pessoas com asma pode controlar a doença de modo que os sintomas desaparecem ou se tornam infrequentes permitindo uma vida normal e ativa.

O que é uma crise de asma?

Crise ou ataque de asma ocorre quando os sintomas se tornam piores do que o usual. Em um ataque de asma grave, os brônquios podem fechar tanto que o oxigênio em quantidade suficiente pode faltar no organismo. Raramente isto pode ser fatal.

O que desencadeia a asma?

Diversas coisas podem desencadear sintomas de asma. Os mais comuns incluem substancias alérgicas (poeira, ácaros, mofo), mudanças de temperatura, exposição a irritantes, stress emocional, poluentes e infecções virais.

Como saber se você tem asma?

Os médicos descobrem se você tem asma perguntando se você tem história familiar de asma e alergias, explorando as coisas que parecem causar ou piorar seus sintomas, e solicitando um Teste de Função Pulmonar, que mede quanto de ar você pode soprar rapidamente para fora dos seus pulmões após fazer uma inspiração profunda. Testes alérgicos também podem ser solicitados, bem como um teste de exercício para ver se você tem asma depois do esforço. Outros exames podem ser necessários em casos especiais.

Como é feito o tratamento geral da asma?

Como a asma é uma doença crônica, é importante que seu médico explique detalhes a respeito da doença, seus sintomas e os tipos de tratamentos disponíveis. Para conseguir o controle da doença você deve: 1) evitar os fatores que desencadeiam os sintomas ou resultam em crises; 2) usar as medicações corretamente e 3) saber reconhecer quando a doença está fugindo de controle e o que fazer nestes momentos.

Como é feito o tratamento com medicamentos?

A asma é tratada com dois tipos de medicamentos: 1) os medicamentos para rápido alívio dos sintomas e 2) os medicamentos para controle em longo prazo que são usados para desinflamar os brônquios e prevenir os sintomas.

Os melhores broncodilatadores para rápido alívio dos sintomas são aqueles fornecidos por inalação, ou através de bombinhas (ideais) ou por aparelhos de inalação.

Estes medicamentos não “viciam” e não apresentam riscos para o coração em indivíduos sem doenças cardíacas. O uso abusivo destes medicamentos sem alívio da asma significa que seus brônquios estão bloqueados por inflamação e rolhas de catarro e você precisa de medicamentos para reduzir a inflamação dos brônquios.

Os medicamentos mais eficientes para controle em longo prazo são os corticosteróides inalados que reduzem a inflamação de seus pulmões. A maioria dos medicamentos para controle em longo prazo deve ser usada diariamente, mesmo que você não tenha sintomas, o que exige disciplina.

Outros medicamentos de controle em longo prazo incluem o uso de um broncodilatador de ação prolongada e inibidores de leucotrienos, substâncias liberadas nos brônquios de asmáticos.

A maior parte dos medicamentos para tratamento da asma é usada por inalação. As vantagens é que eles vão diretamente para os brônquios, onde devem atuar. Doses muito menor são necessárias e, além disso, no caso dos corticóides inalados não há absorção significativa de modo que os efeitos colaterais são evitados.
É importante que o médico explique com detalhes o uso dos dispositivos para inalação para o seu caso, desde que existem diversos tipos de dispositivos no mercado e o tratamento de cada asmático é individual.


Exercício cura a asma? O asmático deve nadar?

Exercício não cura a asma. Atividade física regular é tão importante para pessoas com asma como para o resto da população. Se o exercício resulta em sintomas de asma seu médico irá orientar o tratamento para prevenção destes episódios. Dentre os tipos de exercício a natação é o que menos produz asma, porém o cloro das piscinas pode piorar a rinite, que frequentemente acompanha a doença, ou mesmo piorar a asma. Com o tratamento apropriado, os asmáticos podem fazer o exercício de sua escolha.

Avanços

Nos últimos meses foi lançado no Brasil um novo medicamento para asma, um “tipo de vacina”. É indicado para quem?

Um anticorpo, desenvolvido por alta tecnologia, contra o anticorpo responsável pela resposta alérgica da asma, chamado IgE, é disponível em vários países (omalizumabe). O medicamento é dado por injeção subcutânea, uma a duas vezes por mês, sob observação médica. A imensa maioria dos portadores de asma pode ser controlada com o tratamento usual. Este novo medicamento não cura a asma e deve ser mantido indefinidamente para controle da doença. Devido ao custo elevado, é reservado para portadores de asma não controlada por nenhum outro tratamento (“asma de difícil controle”) orientado por especialista.

Polêmica

Nos últimos meses o FDA colocou um alerta nas bulas de medicamentos broncodilatadores de ação prolongada, usados por via inalatória para asma. Devo parar estes remédios?

Uma extensa revisão da literatura médica encontrou que o salmeterol e o formoterol, broncodilatadores de ação prolongada, dados por via inalatória (Serevent e Foradil no Brasil), aumentam 2 a 2,5 vezes o risco de crises e internações por asma. Há muito tempo, porém, as Sociedades Médicas envolvidas com asma não recomendam o uso isolado destes medicamentos no tratamento da asma; ao contrário, quando usados em associação com corticóides inalados (Alenia, Foraseq, Seretide, Symbicort e outros), permitem o controle da asma mesmo em portadores de asma grave, com abolição ou redução da freqüência das crises, sem nenhum risco.

Discuta com seu médico os benefícios e os riscos de qualquer medicação.


Texto e imagens extraidos do site:http://drpereira.com.br/asma.htm

BRONQUIOLITE OBLITERANTE



O que é bronquiolite obliterante?

Os bronquíolos são ramificações das vias aéreas, sem cartilagem nas paredes. São estruturas muito finas. Existem milhares de bronquíolos nos pulmões normais (ver anatomia). Bronquiolite refere-se a qualquer inflamação ou fibrose dos bronquíolos. Na infância, a bronquiolite causada por vírus é uma doença comum.


Bronquiolite obliterante é uma inflamação dos bronquíolos associada a obstrução dos mesmos ou por uma fibrose frouxa dentro da luz uma fibrose mais dura em sua parede. A forma mais comum é a denominada bronquiolite obliterante com pneumonia em organização; nesta doença a “fibrose frouxa” que ocorre dentro dos bronquíolos se estende até os alvéolos, daí o nome de bronquiolite obliterante com pneumonia em organização (figura abaixo). A sigla em inglês é BOOP. A melhora com tratamento ocorre em ± 80% dos casos. Já quando uma fibrose mais dura acontece nas paredes dos bronquíolos, como se fosse um nó de gravata apertado, a evolução é mais complicada e a resposta ao tratamento é menor. Esta bronquiolite é chamada de constritiva.

Bronquiolite Obliterante com Pneumonia em Organização (BOOP)



O que causa bronquiolite obliterante?

Tanto a bronquiolite obliterante com pneumonia em organização (BOOP) como a bronquiolite constritiva podem surgir sem causa aparente ou ocorrem em diversas condições.

Doenças infecciosas, em geral virais, podem cursar com fibrose dos bronquíolos. A inalação de fumaças tóxicas e gases irritantes e alguns tipos de poeiras podem induzir bronquiolites inflamatórias com evolução para bronquiolite com fibrose.

Vários tipos de medicação podem produzir bronquiolites, as mais comuns são a amiodarona, usada para tratamento de arritmias cardíacas e o metotrexate, usado para artrite reumatóide.

Pacientes que foram submetidos à transplante de pulmão, de medula óssea e outros tipos de transplante podem desenvolver bronquiolite como manifestação de rejeição.

As bronquiolites também são encontradas em portadores de doença reumáticas, especialmente na artrite reumatóide.

Radioterapia para câncer de mama pode levar à bronquiolite em 1 de cada 200 mulheres irradiadas. Manchas que mudam de lugar, nos pulmões surgem até 1 ano e meio após a radioterapia.

Várias causas mais raras existem para as bronquiolites, dentre elas linfomas, leucemias ou outros tipos de câncer.

Bronquiolite associada com câncer mais freqüentemente decorre da quimioterapia ou da radioterapia, do que da doença em si.

A bronquiolite pode ser fatal?

Sim, mas raramente. Existem casos ocasionais de bronquiolites de curso acelerado e que não respondem ao tratamento.

Como se diagnostica a bronquiolite obliterante?

A suspeita é feita pela tomografia de tórax, que mostra fechamento ou inflamação nos bronquíolos. O diagnóstico definitivo dependendo do tipo de bronquiolite, poderá ser feito por biópsia feita por broncoscopia ou por cirurgia, onde se retira um pequeno fragmento do pulmão.

Como se trata a bronquiolite obliterante?

Às vezes, nenhum tratamento é necessário; retirando-se a causa (ex. certos medicamentos) em casos leves pode ser suficiente. Na maioria das vezes, medicação é necessária. Os corticosteróides são a melhor opção de tratamento, devendo ser tomados por 6 -12 meses. Às vezes, com a parada do tratamento, a doença volta, mas a medicação pode ser reiniciada com nova resposta e resolução com o tempo.

A bronquiolite com fibrose na parede (constritiva) pode ser progressiva ou estacionária. Em casos progressivos outros medicamentos além dos corticosteróides (imunossupressores) podem deter ou mesmo melhorar a doença.

Quais são os sintomas de bronquiolite obliterante?

Falta de ar, tosse e chiado são os sintomas mais comuns. A BOOP é freqüentemente confundida com pneumonias arrastadas porque existem manchas nas radiografias associadas à febre. Os pacientes recebem diversos tipos de antibióticos, sem melhora.

Texto e imagem extraidos do site:http://drpereira.com.br/bronquiolite.htm

CÂNCER DE PULMÃO



O que é câncer de pulmão?

O câncer de pulmão é o tumor que mais mata homens e mulheres; sua incidência aumenta anualmente no mundo. Segundo a estimativa de incidência de câncer do INCA, o câncer de pulmão atingiu mais de 27.000 brasileiros em 2006.

Existem dois grupos principais de tumores de pulmão: o câncer de pequenas células e outro grupo, denominado não de pequenas células. Os tumores de células não pequenas são mais freqüentes (~ 75%) e normalmente se espalham para diferentes partes do corpo mais lentamente do que os tumores de pequenas células. Estes se caracterizam por crescimento rápido e grande capacidade de disseminação, mas tem alto grau de resposta ao tratamento, embora raramente isto resulte em cura.


O que causa o câncer de pulmão?

O tabagismo é a causa número um do câncer de pulmão – quase 90% dos casos. Isto significa que mais de 24.000 casos poderiam ser evitados por ano no Brasil se ninguém fumasse. A fumaça do cigarro contém mais de 4000 substâncias químicas diferentes, muitas das quais são causas de câncer comprovadas. Quanto maior o número de cigarros e o tempo que você fuma, maior o risco de câncer de pulmão. Se você parar de fumar, o risco de câncer de pulmão diminui ano a ano, à medida que as células normais substituem as células anormais. Depois de 10 anos, o risco cai a um nível que é de 1/3 à metade do risco em comparação a uma pessoa que continua a fumar. Além disso, a cessação do tabaco reduz bastante o risco de você desenvolver outras doenças, tais como doenças cardíacas, derrame cerebral, enfisema e bronquite crônica.

O fumante passivo também tem maior risco de desenvolver câncer de pulmão.

Outras causas para o câncer de pulmão são: radônio (gás radioativo do solo), e substâncias presentes no local de trabalho, como asbestos. Quando a exposição a uma substância que pode causar câncer se soma ao tabagismo, o risco se multiplica. Um estudo recente sugeriu que o material particulado presente na poluição pode resultar em câncer de pulmão.

O câncer de pulmão surge de repente?

Não. O câncer de pulmão leva muitos anos para se desenvolver. Após a exposição umas poucas células anormais aparecem no revestimento dos brônquios, e vão aumentando com a continuação da exposição. Com o tempo algumas se transformam em células cancerosas e formam o tumor. Isto pode demorar vários anos.

Como o câncer de pulmão é detectado?

Nas fases iniciais o câncer de pulmão geralmente não causa sintomas. Quando os sintomas ocorrem, a doença é frequentemente avançada. Os sintomas de câncer de pulmão incluem:

Tosse crônica
Rouquidão
Escarro com sangue
Perda de peso e do apetite
Falta de ar
Febre sem uma razão conhecida
Chiado
Surtos repetidos de bronquite e pneumonia
Dor no tórax

Estes sintomas também ocorrem em diversas outras doenças pulmonares. Após um exame clínico, o médico poderá solicitar exames.

Se o paciente produz catarro, este pode ser examinado para pesquisa de células cancerosas.

A radiografia e a tomografia de tórax irão localizar manchas anormais nos pulmões. O médico poderá pedir uma broncoscopia, na qual um pequeno tubo chamado broncoscópio é passado através do nariz ou da boca até os brônquios, para procura do tumor e colheita de amostras de células ou biópsia. Existem diversas outras maneiras de obtenção de biópsia, a indicação variando de acordo com a apresentação do tumor. Depois de diagnosticado o câncer de pulmão, o médico irá solicitar testes para verificar se o tumor se espalhou para outras partes do corpo. Esta informação, chamada de estadiamento, irá ajudar no planejamento do tratamento. Estes testes incluem exames de sangue, tomografias de outros locais, ressonância, PET-SCAN e mapeamento ósseo.

O câncer de pulmão pode ser detectado precocemente por exames de rotina?

Diversos estudos estão em andamento para comprovar se a aplicação periódica de tomografia repetida, com baixa dose de radiação em fumantes, irá resultar em maior número de vidas salvas. A idéia é detectar tumores pequenos em uma fase em que a chance de cura por cirurgia é maior. Resultados definitivos a respeito ainda são aguardados.

Como é tratado o câncer de pulmão?

O médico irá decidir qual tratamento você irá receber, com base em fatores tais como o tipo de câncer de pulmão, o tamanho, a localização e a extensão do tumor (se o tumor se espalhou ou não), e seu estado geral de saúde. Existem muitos tratamentos, que podem ser usados isolados ou em combinação.

Estes incluem:

Cirurgia – pode curar o câncer de pulmão. É usada nos estágios limitados da doença.
Radioterapia – é uma forma de raios-X de alta energia que mata as células cancerosas. É usada:
Em combinação com a quimioterapia e às vezes com cirurgia
Para alívio da dor ou do bloqueio das vias aéreas
Quimioterapia – é o uso de drogas que são efetivas contra as células cancerosas. A quimioterapia pode ser injetada diretamente em uma veia, ou dada através de um cateter, que é um tubo fino que é colocado em uma veia grande e mantido lá até que não seja mais necessário. Alguns quimioterápicos são tomados em forma de comprimidos. A quimioterapia pode ser usada:
Em conjunto com a cirurgia
Em estágios mais avançados da doença para alívio dos sintomas.
Em todos os estágios do tumor de pequenas células

Como o câncer de pulmão pode ser prevenido?

Se você é um fumante, PARE DE FUMAR.
Se você é um fumante passivo, afaste o fumante do seu ambiente.
Se você está exposto a algum tipo de substância que causa câncer no trabalho, investigue o que está feito para sua proteção.

Não fume – o fumo aumenta ainda mais o risco.

Texto e imagens extraido do site:http://drpereira.com.br/cancer.htm

DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS

Doenças pulmonares órfãs, como o nome indica, são doenças raras e pouco estudadas. Pacientes com doenças órfãs freqüentemente têm diagnóstico e tratamento tardio para sua condição. Em alguns países, como na França, uma rede de pneumologistas foi formada para coletarem dados e estudar estes pacientes.

Três doenças órfãs pulmonares são resumidas abaixo:
1) LINFANGIOLEIOMIOMATOSE (LAM)

O que é a LAM? É uma doença que afeta mulheres, em geral na idade fértil. A doença é caracterizada por um tipo especial de célula muscular que cresce nas paredes das vias aéreas, vasos sanguíneos e linfáticos.

Com o tempo, as células musculares bloqueiam a passagem do ar, do sangue e da linfa para dentro e para fora dos pulmões, impedindo o fornecimento de oxigênio para o organismo.

Um tumor de rim incomum, freqüentemente assintomático, chamado angiomiolipoma, é observado em até 50% dos pacientes com LAM.

Em torno de 2,5% dos pacientes com esclerose tuberosa, uma doença genética, desenvolvem uma doença pulmonar que é idêntica a que ocorre na LAM.

Linfangio se refere aos vasos linfáticos e sanguíneos (angio = vasos). Leiomiomatose se refere a formação de feixes de células musculares.

Quantas mulheres tem LAM no Brasil?

Pode-se estimar que existam em torno de 4000 casos.

Quais são os sintomas da LAM?

Falta de ar aos esforços, como ocorre em muitas doenças pulmonares, é o mais comum. Pneumotórax (acúmulo de ar em volta do pulmão, na pleura) e quilotórax (acúmulo de linfa na pleura, em vota do pulmão) também são freqüentes.

Como a LAM evolui?

A LAM geralmente é progressiva, levando a queda gradual na capacidade pulmonar. A velocidade de piora varia muito entre os pacientes.

Como é feito o diagnóstico?

Radiografias, testes de capacidade pulmonar e tomografias do tórax e abdômen são exames de rotina. Na tomografia de tórax pequenos cistos pulmonares são observados (figura). Existem outras doenças que dão cistos nos pulmões, porém em mulheres com cistos pulmonares, e esclerose tuberosa ou um tumor com gordura (angiomiolipoma) nos rins ou com linfa na pleura o diagnóstico é certo. Nos demais uma biópsia pulmonar por uma pequena cirurgia, com anestesia geral, é necessária.

Como a LAM é tratada?

Como a LAM afeta quase exclusivamente mulheres em idade fértil, os médicos supõem que os estrógenos (hormônios femininos) possam estar envolvidos no crescimento das células musculares anormais que caracterizam a doença, exatamente como ocorre no útero em mulheres em idade fértil. Com base nisto, tenta-se reduzir os níveis de estrógenos através do uso de progesterona e outros tratamentos, porém o efeito não é cientificamente comprovado. Muitos médicos e pacientes com LAM acham que a gravidez acelera a doença. Uso de anticoncepcionais é contra-indicado. Viagens aéreas eram desaconselhadas antes por um possível maior risco de pneumotórax durante o vôo, mas sabe-se hoje que o risco é baixo (1%). Com a queda dos estrógenos há risco de osteoporose, e uma densitometria óssea é recomendada. Os efeitos da LAM sobre o pulmão são parecidos aos que ocorrem no enfisema; um programa de reabilitação respiratória pode melhorar a falta de ar.

Quando existe pneumotórax, as pleuras devem ser coladas, porque novo episódio irá ocorrer em 70% dos casos.

Oxigênio pode ser necessário em casos mais avançados. O transplante pulmonar é indicado quando a doença é incapacitante.
2) Histiocitose pulmonar

O que é histiocitose pulmonar?

Histiócitos são células do sistema de defesa do organismo. Existem alguns tipos de histiocitose. Nos pulmões existem histiócitos especializados nas paredes dos bronquíolos, descritos por um estudante de medicina alemão, denominado Langerhans. As histiocitoses são doenças nas quais os histiócitos se multiplicam, de maneira descontrolada (maligna) ou limitada.

A histiocitose pulmonar é um câncer?

Não. A histiocitose pulmonar de células de Langerhans é uma doença reativa rara desencadeada pelo cigarro e que afeta adultos jovens, homens e mulheres em igual proporção.

A histiocitose é fatal?

O curso da doença é muito variável. Alguns pacientes têm remissões espontâneas, especialmente se param de fumar, enquanto outros progridem para uma fibrose pulmonar.

Como acontece a doença?

As células de Langerhans se multiplicam, por efeito da fumaça do cigarro, nas paredes dos bronquíolos, formando pequenos nódulos. Com o tempo buracos dentro dos nódulos se formam, aparecendo como cistos de paredes grossas na tomografia. Posteriormente os cistos ficam com paredes finas e cicatrizes se formam nos pulmões. Os cistos de parede fina se rompem com facilidade.

Quais são os sintomas da histiocitose pulmonar?

A doença é descoberta às vezes em uma radiografia de tórax feita de rotina. Em outros casos existem sintomas, a falta de ar e a tosse sendo os mais comuns. Pneumotórax (saída de ar para a pleura) pode ser a manifestação inicial em outros casos, por rompimento dos cistos.

Como é feito o diagnóstico?

Em fumantes, a presença de nódulos e cistos de diferentes tamanhos na tomografia (figura), nas partes superiores dos pulmões é suficiente para o diagnóstico. Quando só existem nódulos, muitas outras doenças são possíveis, de modo que uma biópsia, em geral obtida por cirurgia, é necessária. Quando a doença é avançada, com cistos pulmonares difusos, a doença pode ser confundida com enfisema (que pode ocorrer de maneira associada, já que o fumo causa ambas as doenças). Biópsia nestes casos pode não ser conclusiva e tem maior risco.

Como é feito o tratamento?

Parar de fumar é a intervenção mais importante. A cessação do tabagismo pode levar à regressão ou estabilização da doença. O uso de corticosteróides é controverso. São testados quando existem sintomas gerais (febre, perda de peso) ou piora da capacidade pulmonar. Oxigênio pode ser necessário em casos avançados.

Broncodilatadores podem ajudar se o teste de função pulmonar mostrar obstrução dos brônquios. O transplante pulmonar é uma opção para pacientes selecionados com doença avançada.
3) Proteinose alveolar

O que é proteinose alveolar?

É uma doença na quais fosfolipídios e materiais protéicos se acumulam nos alvéolos, local onde ocorre a troca de gases dos pulmões.

O que causa a proteinose alveolar?

A surfactante é uma substância normalmente fabricada nas paredes dos alvéolos e secretada para dentro dos mesmos com a função de manter os alvéolos abertos durante a respiração. Sem ela os alvéolos entram em colapso. Na proteinose existe um acúmulo anormal de surfactante, (que é constituído de fosfolipídios e proteínas) decorrente de várias causas, a mais comum sendo a produção de um anticorpo que impede o funcionamento das células responsáveis pela limpeza da surfactante, os macrófagos alveolares. Outras causas de proteinose alveolar incluem leucemias e linfomas, inalação de poeiras minerais, ou infecções pulmonares como tuberculose e micoses.

Quais são os sintomas?

Falta de ar progressiva é o sintoma mais comum.

Como é feito o diagnóstico?

A radiografia e a tomografia mostram preenchimento dos alvéolos, mas outras doenças podem imitar estes achados. O diagnóstico é feito por lavagem do pulmão por broncoscopia, na qual se recupera um líquido leitoso dos pulmões. Em alguns casos biópsia por broncoscopia ou mesmo por cirurgia é necessária.

Como evolui a doença?

O curso da doença é variável. Alguns pacientes têm remissão espontânea; outros desenvolvem falta de ar progressiva e falta de oxigênio no sangue.

Como a doença é tratada?

Pacientes com falta de ar que prejudica as atividades ou oxigênio no sangue reduzido são encaminhados para lavagem pulmonar periódica. O paciente é anestesiado e dezenas de litros de soro são injetados e aspirados do pulmão (um de cada vez), o que retira o acúmulo dos fosfolipídios. Nos últimos anos, tratamento com medicação injetável que estimula os macrófagos para fagocitar os fosfolipídios se tornou disponível. O tratamento é caro e surte efeito apenas na metade dos casos.

Texto e imagens extraidos do site:http://drpereira.com.br/dorfas.htm

DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA ( DPOC )

O que é a doença pulmonar obstrutiva crônica?

A doença pulmonar obstrutiva crônica (também chamada de DPOC) é uma condição que inclui duas doenças principais: bronquite crônica e enfisema.

Os pulmões se compõem dos brônquios e bronquíolos, tubos que carregam o ar, e os alvéolos, pequenos sacos de ar nas terminações dos bronquíolos, de onde o oxigênio passa para o sangue enquanto que o dióxido de carbono é removido.





Na bronquite crônica existe uma inflamação crônica dos brônquios e bronquíolos. Quando as vias aéreas estão inflamadas menos ar é capaz de fluir para dentro e para fora dos pulmões. A irritação dos brônquios resulta em produção crônica de catarro (muco). A bronquite crônica é caracterizada quando o indivíduo tosse na maioria dos dias do mês, por pelo menos três meses por dois anos sucessivos, na ausência de outra causa para a tosse.


Como evolui a bronquite crônica?

Além da produção crônica de muco pelos brônquios, a inflamação dos bronquíolos resulta em fibrose progressiva da parede dos mesmos. A presença de muco nas vias aéreas se torna um lugar ideal para produção de infecções bacterianas, inflamando mais os brônquios e impedindo ainda mais a passagem do ar. A obstrução dos bronquíolos resulta em falta de ar.

O que é enfisema?

As paredes dos alvéolos são finas e frágeis. O enfisema começa com a destruição dos alvéolos, o que é irreversível e resulta na formação de “buracos” permanentes no tecido pulmonar. À medida que os alvéolos são destruídos, os pulmões perdem a capacidade de transferir oxigênio para o sangue, causando falta de ar. O pulmão perde elasticidade, o que resulta em colapso dos brônquios.

O que causa a DPOC?

O tabagismo é a causa mais importante para a DPOC. Aproximadamente 80 a 90% das mortes por DPOC são causadas pelo cigarro. A chance de um fumante morrer por DPOC é 12-13 vezes maior que de um não fumante. 25% dos fumantes de um maço de cigarros por 10 anos ou mais desenvolvem DPOC.
Outros fatores de risco para DPOC incluem poluição do ar, fumo passivo, hereditariedade, infecções respiratórias na infância, e certas poluentes industriais. Três milhões de brasileiros têm DPOC.

Quais são os sintomas da DPOC?

Os sintomas mais comuns da DPOC são a tosse crônica e a falta de ar. A bronquite crônica e o enfisema não surgem de repente. A DPOC surge gradualmente, após anos de exposição à fumaça do cigarro.

O fumante geralmente atribui o pigarro, que em geral surge pela manhã, à “tosse do fumante” e a falta de ar à idade ou descondicionamento físico.
Quando os portadores de DPOC procuram o médico já perderam, em média, 40-50% da capacidade pulmonar, desde que os pulmões dispõem de uma grande reserva de capacidade.

Como é confirmado o diagnóstico de DPOC?

Além da história, do exame clínico e da radiografia de tórax, é feito um teste de função pulmonar, que é o que confirma o diagnóstico. Neste exame o paciente, após encher os pulmões, sopra em uma máquina, que irá mostrar a dificuldade de esvaziamento dos pulmões. Os indivíduos fumantes ou ex-fumantes, com 40 anos ou mais, com ou sem tosse crônica e falta de ar, devem realizar o teste de função pulmonar, que irá detectar a doença em fase precoce, fase em que o tratamento é mais eficaz.

Quando a radiografia de tórax mostra sinais de enfisema, a doença já é muito avançada. Não há indicação de tomografia de tórax de rotina.

A DPOC afeta a qualidade de vida?

A qualidade de vida de uma pessoa que sofre de DPOC diminui à medida que a doença progride. A falta de ar vai se intensificando ao longo dos anos, sendo que oxigênio contínuo pode ser necessário.

A DPOC afeta a capacidade de exercício, as atividades domésticas e sociais, o sono, e as atividades familiares.

Como é feito o tratamento da DPOC?

Se você tem DPOC, a coisa mais importante que você pode fazer é parar de fumar. Isto pode interromper ou reduzir o dano aos pulmões (veja cessação do tabagismo). Quanto mais cedo você parar de fumar, maiores são suas chances de viver e melhor. Procure um médico. A cessação do cigarro e o uso de oxigênio, na doença avançada, prolongam a vida de portadores de DPOC.

O tratamento com medicamentos da DPOC tem como objetivo o alívio dos sintomas e a prevenção de complicações. Estudos atuais estão tentando mostrar se o uso continuado de certos medicamentos prolonga a vida de portadores de DPOC.

O que são broncodilatadores?

Medicações broncodilatadoras (que relaxam e abrem os brônquios, facilitando a passagem de ar) são essenciais para o tratamento sintomático da DPOC. Eles podem ser inalados como aerossóis, através de bombinhas ou aparelhos de inalação, ou usados em comprimidos. O uso por aerossóis é preferível, porque o medicamento é liberado em pequenas doses, diretamente para os brônquios. As bombinhas são seguras, exceto para os portadores de doenças cardíacas associadas. Um nebulizador transforma um medicamento líquido em um vapor (como uma névoa) que você pode respirar. Esta máquina é freqüentemente usada para tratar pessoas com DPOC mais grave. O nebulizador também pode ajudar pessoas que tem dificuldade para usar as bombinhas.

Que outros medicamentos são usados?

Tratamentos adicionais incluem antibióticos, uso de oxigênio, e os corticóides. Muitos pacientes com DPOC sofrem de exacerbações, períodos nos quais o catarro aumenta e a falta de ar piora. As exacerbações são freqüentemente causadas por infecções dos brônquios. No tratamento, antibióticos e corticóides por via oral são usados. Em casos graves poderá ser necessária internação, uso de O2, e ajuda respiratória através de aparelhos.

Os corticóides dados por inalação são indicados em pacientes com muitas exacerbações, já que podem reduzir seu número em certos doentes.

Há indicação de vacinas?

Vacinas para pneumonia e gripe devem ser dadas para todos os pacientes com DPOC.

O que é reabilitação pulmonar?

Os pacientes com DPOC devem ter um estilo de vida saudável, realizando exercícios regularmente, não fumando, evitando poluentes, e se alimentando bem. Quando a falta de ar prejudica as atividades, está indicado um programa de reabilitação pulmonar. Diversos centros contam com um grupo de profissionais que irão orientar um programa dirigido para educação sobre a doença e uso de medicamentos, exercícios para melhora da capacidade física e orientações sobre o estado psicológico e melhor interação social. Depressão, ansiedade e isolamento são comuns em portadores de DPOC.

Cirurgia pode ser indicada na DPOC?

O transplante pulmonar é uma opção para quem tem enfisema grave. Uma cirurgia que pode melhorar a falta de ar em casos especiais, envolve a retirada das partes mais doentes com enfisema, com a finalidade de facilitar a respiração da parte do pulmão não doente. (cirurgia redutora de volume). Pacientes que tem grandes bolhas de enfisema com o restante dos pulmões pouco comprometido, e com falta de ar podem se beneficiar da retirada destas bolhas.

O que é a deficiência de alfa-1-antitripsina?

Alguns pacientes têm deficiência de uma enzima, que protege contra o desenvolvimento do enfisema (alfa-1 antitripsina). Pode ser feita reposição, mas o medicamento é de alto custo e precisa ser dado por via intravenosa semanalmente. Nem todos os portadores desta deficiência precisam receber esta medicação.

Texto extraido do site:http://drpereira.com.br/dpoc.htm

FALTA DE AR (DISPNÉIA)

A falta de ar é chamada pelos médicos de dispnéia.

Diferentes sensações são percebidas por quem tem dispnéia, à semelhança de quem sente dor. Algumas pessoas sentem que não conseguem ar suficiente para encher os pulmões, outros uma sensação de aperto no peito; em outros há uma sensação de respiração rápida ou superficial ou ainda de respiração trabalhosa ou que exige maior esforço. Muitas pessoas dizem que não tem falta de ar, mas têm um cansaço exagerado.

Muitas vezes a falta de ar piora com os esforços, ou à noite, quando se deita. Outros sintomas, como tosse, dor no tórax ou febre podem acompanhar a dispnéia. Se você tem quaisquer destes problemas, procure um médico.

O que causa falta de ar?

Existem muitas causas para a falta de ar. Se ela for súbita e intensa, procure uma emergência. A dispnéia crônica é causada principalmente por doenças do pulmão e do coração. As causas mais comuns são:

Asma
Bronquite crônica/enfisema (DPOC), uma doença causada pelo cigarro.
Insuficiência cardíaca que causa acúmulo de líquido nos pulmões
Síndrome de hiperventilação (consulte também no site)
Doenças pulmonares difusas (fibrose, sarcoidose e outras)

Que testes são feitos para investigar a dispnéia?

No consultório o médico irá fazer um questionário detalhado e um exame físico. Alguns exames podem ser pedidos. Para achar a causa da falta de ar os exames básicos são a radiografia de tórax, um hemograma para ver anemia, o eletro e o ecocardiograma para avaliação do coração e um teste de função pulmonar, que irá medir a capacidade respiratória. A quantidade de oxigênio do sangue pode ser estimada por um oxímetro de dedo.

Depois destes exames básicos, a causa da falta de ar será esclarecida na maioria dos casos. Se a causa ainda permanecer incerta, o melhor a fazer a seguir é um teste de exercício, chamado ergoespirometria. Os pulmões e o coração são sobrecarregados ao máximo, o que dá pistas importantes sobre as possíveis causas que devem ser a seguir investigadas.

Texto extraido do site:http://drpereira.com.br/dispneia.htm

NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO (NPS)



O que é nódulo pulmonar solitário?

Um nódulo pulmonar solitário (NPS) é uma lesão esférica ou oval, de < 3 cm de diâmetro rodeado por pulmão normal. O nódulo é frequentemente descoberto por acaso, em uma radiografia ou tomografia de tórax feita por outras razões. Quando a lesão tem mais de 3 cm é chamada de massa; na presença de massa a chance de câncer é alta.

Os nódulos pulmonares solitários são bastante comuns, sendo encontrados em uma em cada 500 radiografias de tórax.

Quais são as causas de NPS?

A causa em 60% é uma doença benigna, isto é, não se trata de câncer. Dentre as causas benignas destacam-se a tuberculose, as infecções por fungos, os hamartomas e os tumores benignos. Na tuberculose e nas infecções por fungos estas lesões refletem o aprisionamento do agente infeccioso dentro de uma reação do organismo, resultando na formação do nódulo, que ao microscópio será caracterizado como uma lesão com granulomas. A palavra “granuloma” vem do latim e significa “grão” ou “semente”.

Os hamartomas são aglomerações de alguns tecidos que não deveriam estar presentes naquele órgão naquela proporção. As células são normais, mas são mal organizadas. No pulmão o tipo mais freqüente envolve uma aglomeração nodular de cartilagem e gordura. Diversos tumores benignos podem resultar em NPS.

A preocupação da detecção de um nódulo pulmonar reside na possibilidade de o mesmo ser um câncer de pulmão (30%) ou um câncer proveniente de outro lugar que se disseminou para o pulmão (10%).

Qual a probabilidade do NPS representar um câncer?

Em algumas situações o risco é maior:

Grandes fumantes
Idade acima de 45 anos
Presença de escarro com sangue
Uma história de câncer em algum outro lugar do corpo

Fatores que indicam que o nódulo é benigno incluem:

O paciente nunca fumou
Idade abaixo de 35 anos
Residência em países ou locais onde a tuberculose é comum com teste de PPD é positivo.

Qual a conduta do NPS?

A maioria dos NPSs representam cânceres de pulmão em estágio inicial, que podem ser retirados cirurgicamente, com maior chance de cura.

Existem três ações possíveis para o manejo do NPS: observação, biópsia e retirada por cirurgia. Estas condutas devem levar em conta a probabilidade de câncer em cada caso o que inclui as características do nódulo na tomografia. O nódulo é considerado benigno e o doente é observado na presença de um ou mais dos seguintes achados:

Se o nódulo tem um padrão de calcificação típico de nódulo benigno
O nódulo é estável na radiografia por dois anos ou mais
O paciente é de baixo risco (não fumante, idade < 35 anos)

A obtenção de radiografias antigas é fundamental para avaliação da estabilidade ou crescimento do nódulo.

Na presença de fatores de risco ou de achados na radiografia ou tomografia sugestivos de câncer (ex, nódulo em forma de “coroa de espinhos”) o doente deve ser encaminhado diretamente para cirurgia.

Nos demais casos:

Nódulos menores que 10 mm, podem ser acompanhados com tomografias seriadas para avaliar a taxa de crescimento e a necessidade ou não de cirurgia. Com nódulos entre 10 e 30 mm pode-se fazer uma tomografia com contraste e se necessário um exame denominado PET (tomografia com emissão de pósitrons). Estes exames podem sugerir fortemente que o nódulo é benigno e o paciente acompanhado. Nos demais caso pode-se optar por uma biópsia dirigida feita por agulha para uma definição.

O doente deve entender que o manejo do NPS depende de probabilidades e sua opinião a respeito das decisões deve ser considerada, após informação plena.

Texto extraido do site:http://drpereira.com.br/nps.htm