Eterna Gratidão á todas as familias movidas pelo amor / Campanha Pró- Transplante "RESPIRAR-IRESC"

AGRADECIMENTO AOS FAMILIARES DOS DOADORES DE ÓRGÃOS Este é um simples agradecimento diante da grandiosidade do ato da doação, por que na verdade nos sobram muitas palavras para expressar tamanha gratidão. Agradecemos a cada familiar pelo SIM à doação de órgãos que não somente salva a vida de alguém, mas que também muda o quadro de uma família inteira que vive a angústia da espera e a expectativa da mudança, quando essa mesma família doadora vive a angústia da perda. Quando este misto de alegria e tristeza, perdas e ganhos, lamentações e orgulho, sofrimento e liberdade vem à tona, os elos contrários que unem as duas famílias desconhecidas se entrelaçam para um objetivo comum SALVAR VIDAS. Diante desse elo de amor, a balança da vida mostra há essas duas famílias unidas por destinos diferentes e complementares lições valiosas: que a perda às vezes não significa perda; significa ganho. E que espera não significa dor; significa alegria. Obrigada você família, pela consciência e amor, puro e genuíno para com o próximo. E acreditamos que a cada dia, muitas famílias terão consciência do ato de doar e salvar vidas. E estas continuarão sendo como as ostras, que no momento que são feridas produzem a PÉROLA! ETERNA GRATIDÃO A TODAS AS FAMÍLIAS MOVIDAS PELO AMOR / Texto extraido do site:http://transplantepulmonar.com/agradecimento.html

domingo, 24 de julho de 2011

Nova técnica recupera pulmões para transplante Saúde. O Incor já 'salvou' 24 órgãos graças a um método desenvolvido na Suécia.

Uma técnica aprendida na Suécia pela equipe de cirurgia torácica do Instituto do Coração (Incor) pode ajudar a diminuir a fila de espera por um transplante de pulmão. Com o método é possível recuperar órgãos que hoje não podem ser transplantados. Apesar dos bons resultados, a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) ainda não autorizou o transplante de pulmões tratados.

O transplante de pulmão é dos mais difíceis de serem realizados - no primeiro semestre deste ano foram transplantados 99 corações e 34 pulmões no País (os dados do segundo semestre não estão fechados). Isso ocorre porque o órgão sofre com os traumas que levam à morte cerebral (condição que permite o transplante) e com o tratamento para tentar salvar o paciente.

O soro injetado para estabilizar a pressão arterial e manter os rins em funcionamento entra nos pulmões, congestionando-os. Como consequência, perdem a capacidade de oxigenar o sangue e têm de ser descartados.

"A técnica desenvolvida por Steen (o médico sueco Stig Steen) facilita a redução do edema. Ele criou uma solução que circula pelos vasos pulmonares e "atrai" o líquido que está nas células", diz o diretor do Serviço de Cirurgia Torácica do Incor, Fabio Jatene. Nos testes feitos no instituto, o nível de oxigenação no sangue que circula pelos pulmões tratados melhorou em média 150%.

Segundo Jatene, a técnica poderia dobrar o número de cirurgias realizadas no País. Em um ano, só o Incor realizou 30 transplantes de pulmão e recondicionou 24 órgãos. O Canadá, que também aprendeu o método sueco, transplantou 25 pulmões graças à técnica ao longo de um ano.

Procurada pelo Estado, a coordenadora da Conep, Gysélle Saddi Tannous, informou por e-mail que não teve tempo hábil para localizar o parecer sobre o trabalho do Incor. Mas relatou que a comissão "considerou de extrema relevância a nova técnica, pois, se fosse bem sucedida, poderá encurtar em muito a fila de espera por um pulmão".

Fila. É o caso de Isabela Hawthorne Matuck, de 14 anos, que espera por um pulmão há um ano e quatro meses. Portadora de fibrose cística, ela teve seu estado de saúde agravado em junho de 2009. Parou de frequentar a escola, deixou o balé e depende cada vez mais de um balão de oxigênio. Em setembro, foi avisada de que receberia um pulmão. Chegou a ir para o centro cirúrgico, mas o órgão tinha um edema e foi descartado. "É frustrante pensar que a nova técnica permitiria a cirurgia, mas é tudo tão lento", lamenta a mãe, a artista plástica Ana Lúcia Matuck.

Clarissa Thomé / RIO - O Estado de S.Paulo

Texto extraido do site > http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101223/not_imp657257,0.php


Nova técnica aproxima o transplante



Ale Rocha e outros pacientes da fila de espera serão informados sobre o transplante do pulmão recondicionado
Jamile Santana
Da reportagem local
Guilherme Bertti
Ale Rocha, 10º na fila do transplante de pulmão, pode acelerar esse tempo se optar por nova técnica

O jornalista mogiano Ale Rocha é o 10º paciente na fila de espera por um transplante de pulmão no Instituto do Coração (Incor), da capital, e pode ter o seu atendimento acelerado, caso aceite ser submetido ao transplante de um órgão recondicionado. Esse novo método devolve ao pulmão a capacidade de oxigenar o sangue e dá aos médicos a chance de aumentar o número de pulmões adequados para o transplante e dobrar o número de pacientes beneficiados. O procedimento começará a ser adotado pelo Incor em agosto e precisará da autorização do paciente. A primeira reunião com as pessoas da fila de transplante sobre o novo método será realizada em julho.

A nova técnica foi desenvolvida na Suécia e já funciona em países como o Canadá, mas só agora foi autorizada pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) a ser feita no Brasil. A ideia é recondicionar pulmões que, no método anterior, não serviriam para o transplante. Esses órgãos são retirados do doador, condicionados em uma solução dentro de um recipiente ligado a um sistema de circulação extracorpórea. "Neste momento, podemos ver o pleno funcionamento do pulmão, tendo a chance de reparar os danos e tratá-lo antes de transplantá-lo", explicou o médico do Incor, Paulo Manuel Pego Fernandes. Sem este procedimento, os pulmões seriam descartados. "A taxa de sucesso no transplante é igual e teremos um ganho quanto ao número de pulmões aptos para o transplante e, consequentemente, mais pacientes atendidos", explicou.
Por enquanto, o método só será utilizado nos pulmões que forem considerados "ruins" na primeira avaliação. "O processo é muito caro, porque as soluções são importadas. Então, só vamos testar aqueles pulmões que podem ser bons". A pesquisa irá atender primeiramente 20 pacientes, que serão acompanhados por um ano.
O jornalista Ale Rocha, que sofre de hipertensão pulmonar e precisa de um transplante de pulmão, está esperançoso. "Não sei se serei ou não beneficiado, mas é um processo bom para todo mundo, porque hoje a fila por um transplante é, em média, de 2 anos. Com esse procedimento, pode cair para um ano", destacou. Independentemente do processo, Ale já ocupa o 10º lugar na fila de espera e pode ser chamado a qualquer momento para receber o órgão.

Texto Extraido do Site > http://www.moginews.com.br/materias/matimp.aspx?idmat=94230

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Avaliacao funcional e histologica ex-vivo de pulmoes nao aceitos para transplante pulmonar com estudo da preservacao pulmonar com ecmo-topico verus is

Resumo
O transplante pulmonar tem se firmado como terapia principal para a maioria das doenças pulmonares em estado terminal, entretanto, o número de doadores ainda permanece inferior ao esperado. Dentre os transplantes de órgão sólidos o pulmão figura como um de pequena casuística, isto em parte reside no baixo índice de aproveitamento de doadores. Algumas das razões para isso são: a baixa capacidade do pulmão de suportar a isquemia, o rápido comprometimento funcional do órgão entre óbito até a realização da captação, bem como os critérios rigorosos de seleção de doadores. Neste contexto alguns grupos têm proposto a utilização de pulmões de doadores que não preenchem na totalidade os critérios de seleção, outros grupos associam a isto a avaliação do órgão após explante, no chamado sistema ex-vivo. Este trabalho objetiva avaliar comparativa funcional e histológica de pulmões retirados de doadores não aceitos para transplante pulmonar submetidos a preservação com a técnica do "ECMO-tópico" versus isquemia fria. Os pulmões utilizados nesta pesquisa serão os de doadores cadáveres que não são aceitos para transplante pulmonar devido à gasometria arterial com PaO2 inferior a 300mmHg, que estejam sendo submetidos à retirada de outros órgãos como fígado, rins e pâncreas mediante aprovação da organização de procura de órgãos e consentimento do responsável legal. A abordagem da família do doador será feita pelo grupo da organização de procura de órgãos que conta com enfermeiros treinados e que realizam habitualmente esta função. Serão utilizados 16 doadores que durante o explante do órgão serão perfundidos com a solução de preservação Perfadex® (Vitrolife AB, Gothenburgo, Suécia), como é realizado na captação habitual. Serão utilizados pulmões de 16 doadores, divididos em 2 grupos de acordo com sorteio realizado previamente. (AU)

Linha de fomento: Auxílio a Projeto de Pesquisa - Regular
Pesquisador responsável:
Paulo Manuel Pego Fernandes
Outros projetos de Paulo Manuel Pego Fernandes Outros projetos do(a) pesquisador(a)
Instituição: Inst Coracao Do Hosp Clinicas Sao Paulo/Sssp
Processo: 07/58857-3
Início: 01 de julho de 2008
Término: 31 de dezembro de 2010
Área do conhecimento: Ciências da saúde - Medicina
Assunto(s):
Projetos Regulares

Texto extraido do Site > http://www.bv.fapesp.br/pt/projetos-regulares/27926/avaliacao-funcional-histologica-ex-vivo/

Estudo morfo funcional, bioquimico e imunoistoquimico do aparelho respiratorio em ratos expostos ao tabagismo e etilismo.

Resumo
O uso do álcool e tabaco além de resultar em outros inúmeros prejuízos à saúde tem sido considerado de risco para desenvolvimento de doenças malignas nos diferentes órgãos e por estimular lesões teciduais, pela formação de espécies reativas de oxigênio. O objetivo do estudo será investigar as possíveis alterações no aparelho respiratório de ratos provocadas pela inalação da fumaça do cigarro e ingestão de álcool em dois momentos: 180 e 260 dias de exposição a estes agentes. Será estudada "in vivo" a função cardíaca, através do ecocardiograma e a dosagem dos marcadores bioquímicos do estresse oxidativo em hemáceas lavadas. Após o sacrifício serão avaliadas a força de ruptura da traquéia e a complacência e densidade do pulmão isolado. Será também, colhido material para estudo das alterações morfológicas dos pulmões através da microscopia óptica e microscopia eletrônica, além do estudo imunoistoquimico e de biomarcadores do dano genético. (AU)

Linha de fomento: Auxílio a Projeto de Pesquisa - Regular
Pesquisador responsável:
Antonio Jose Maria Cataneo
Outros projetos de Antonio Jose Maria Cataneo Outros projetos do(a) pesquisador(a)
Instituição: Fac Medicina Botucatu/Unesp
Processo: 07/58828-3
Início: 01 de abril de 2008
Término: 31 de março de 2010
Área do conhecimento: Ciências da saúde - Medicina
Assunto(s):
Projetos Regulares

Texto extraido do Site > http://www.bv.fapesp.br/pt/projetos-regulares/24690/estudo-morfo-funcional-bioquimico-imunoistoquimico/

Estudo do efeito neuroprotetor da estimulação magnética transcraniana e hipotermia em modelo de isquemia cerebral induzida

Resumo
Estudaremos através de análise histológica, a lesão encefálica ocasionada a partir da isquemia induzida pela oclusão carotídea. Método: 120 gerbils serão divididos em seis grupos que seguirão protocolos diferentes de avaliação, recebendo treinamento em um aparato convencional para prova de avaliação de comportamento, posteriormente serão submetidos a estimulação magnética transcraniana ativa ou placebo, então submetidos a procedimento cirúrgico de clampeamento das carótidas cervicais, parte em regime de hipotermia e parte em normotermia. Após 48 horas deverão realizar prova de comportamento e memória para avaliação funcional, sendo posteriormente o animal sacrificado e realizado a análise histológica do encéfalo. Serão estudadas a extensão da lesão através do método da Hematoxilina e Eosina e também avaliação da ocorrência do processo de apoptose pelo método da anexina. Serão comparados os dados a fim de estabelecer se a hipotermia e a estimulação magnética e/ou a combinação entre ambas as técnicas exerceram função de proteção perante a isquemia. (AU)

Linha de fomento: Auxílio a Projeto de Pesquisa - Regular
Pesquisador responsável:
Irineu Tadeu Velasco
Outros projetos de Irineu Tadeu Velasco Outros projetos do(a) pesquisador(a)
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina
Processo: 08/51834-0
Início: 01 de março de 2009
Término: 31 de maio de 2011
Área do conhecimento: Ciências da saúde - Medicina
Assunto(s):
Clínica médica
Neurologia
Encéfalo (Análise histológica)
Lesão encefálica
Isquemia encefálica
Estimulação magnética transcraniana
Hiportemia induzida
Lesões das artérias carótidas
Projetos Regulares

Texto extraido do Site > http://www.bv.fapesp.br/pt/projetos-regulares/6378/estudo-efeito-neuroprotetor-estimulacao-magnetica/

Comparacao Entre Duas Solucoes De Recondicionamento Pulmonar Em Pulmoes Humanos Nao-Aceitos Para Transplante Em Modelo De Avaliacao E Recondicionament

Resumo
Desde o início da década de 80, o transplante pulmonar tem sido empregado com sucesso no tratamento da maioria das pneumopatias em estágio terminal. Apesar dos avanços no campo da técnica cirúrgica e cuidados perioperatorios, a lesão de isquemia-reperfusão permanece uma causa importante de morbidade e mortalidade precoces após transplante pulmonar. A solução de preservação Perfadex é utilizada pela maioria dos programas de transplante pulmonar do mundo. Contudo, as dificuldades relacionadas à importação de produtos médico-hospitalares de alto custo representam entraves aos programas brasileiros. O objetivo do trabalho é avaliar comparativamente, em pulmões humanos de doadores não aceitos para transplante, a ação da solução de recondicionamento comercial Steen Solution® e da solução de recondicionamento de fabricação nacional em modelo de avaliação pulmonar ex-vivo, com relação à função e morfologia pulmonar. Serão utilizados pulmões de 16 doadores submetidos à preservação com Perfadex® (Vitrolife, Gotemburgo, Suécia) e acondicionados sob isquemia fria (4 a 8°C) por 10 horas. Após este período os pulmões serão randomizados para inclusão em um dos grupos conforme descrito abaixo: Grupo 01: Composto por pulmões de 8 doadores que serão submetidos à técnica de recondicionamento ex-vivo utilizando-se a solução de recondicionamento Steen Solution® (Vitolife AB). Grupo 02: Composto por pulmões de 8 doadores que serão submetidos à técnica de recondicionamento ex-vivo utilizando-se uma solução de recondicionamento pulmonar de fabricação nacional. Para a pesquisa serão utilizados os pulmões de 16 doadores-cadáveres que não foram aceitos para o transplante pulmonar, mas que estejam sendo submetidos à retirada de outros órgãos. Ao final do período de reperfusão, isto é, quando o sistema estiver estável na temperatura de 37°C, será feita avaliação funcional dos pulmões (gasometria). Segmentos do pulmão serão submetidos à análise histológica com microscopia óptica e eletrônica (contagem de células apoptóticas) a fim de avaliar os efeitos da lesão de isquemia-reperfusão. (AU)

Linha de fomento: Auxílio a Projeto de Pesquisa - Regular
Pesquisador responsável:
Paulo Manuel Pego Fernandes
Outros projetos de Paulo Manuel Pego Fernandes Outros projetos do(a) pesquisador(a)
Instituição: Inst Coracao Do Hosp Clinicas Sao Paulo/Sssp
Processo: 10/52222-9
Início: 01 de abril de 2011
Término: 31 de março de 2013
Área do conhecimento: Ciências da saúde - Medicina
Assunto(s):
Projetos Regulares

Texto extraido do Site > http://www.bv.fapesp.br/pt/projetos-regulares/30486/comparacao-duas-solucoes-recondicionamento-pulmonar/

Estudo comparativo da fisiopatologia de pulmoes submetidos a perfusao com diferentes solucoes, apos periodos variados de isquemia: modelo experimental

Resumo
Este projeto procura estudar a viabilidade funcional do enxerto pulmonar por meio de metodologia consagrada na literatura, mas que é totalmente inovadora em nosso país. Procuramos utilizar soluções de preservação diferentes e estudamos a função do pulmão ex-vivo, antes e depois da reperfusão com sangue heterólogo em ratos. Sabemos que a Disfunção Primária do Enxerto é a causa clínica mais freqüente de morbidade e mortalidade após o transplante pulmonar. Utilizaremos, neste projeto, 30 ratos fornecidos pelo Centro de Bioterismo da FMUSP, serão divididos em dois grupos de soluções de perfusão diferentes (Celsior e Perfadex). Os mesmos serão então expostos ao tempo de isquemia fria pré-determinado e a função do enxerto será mensurada através do aparelho IL-2 da Harvard apparatus. Procede-se então à reperfusão com sangue heterólogo canino. Logo após a reperfusão os gases sanguíneos são medidos e, em seguida, os pulmões retirados - o esquerdo para pesagem e o direito para análise anátomo-patológica. (AU)

Linha de fomento: Auxílio a Projeto de Pesquisa - Regular
Pesquisador responsável:
Paulo Manuel Pego Fernandes
Outros projetos de Paulo Manuel Pego Fernandes Outros projetos do(a) pesquisador(a)
Instituição: Fac Medicina/Usp
Processo: 07/53462-0
Início: 01 de maio de 2008
Término: 30 de abril de 2010
Área do conhecimento: Ciências da saúde - Medicina
Assunto(s):
Projetos Regulares

Texto extraido do site > http://www.bv.fapesp.br/pt/projetos-regulares/25661/estudo-comparativo-fisiopatologia-pulmoes-submetidos/

Avaliacao funcional e histologica ex-vivo de pulmoes nao aceitos para transplante pulmonar com estudo da preservacao pulmonar com ecmo-topico verus is

Resumo
O transplante pulmonar tem se firmado como terapia principal para a maioria das doenças pulmonares em estado terminal, entretanto, o número de doadores ainda permanece inferior ao esperado. Dentre os transplantes de órgão sólidos o pulmão figura como um de pequena casuística, isto em parte reside no baixo índice de aproveitamento de doadores. Algumas das razões para isso são: a baixa capacidade do pulmão de suportar a isquemia, o rápido comprometimento funcional do órgão entre óbito até a realização da captação, bem como os critérios rigorosos de seleção de doadores. Neste contexto alguns grupos têm proposto a utilização de pulmões de doadores que não preenchem na totalidade os critérios de seleção, outros grupos associam a isto a avaliação do órgão após explante, no chamado sistema ex-vivo. Este trabalho objetiva avaliar comparativa funcional e histológica de pulmões retirados de doadores não aceitos para transplante pulmonar submetidos a preservação com a técnica do "ECMO-tópico" versus isquemia fria. Os pulmões utilizados nesta pesquisa serão os de doadores cadáveres que não são aceitos para transplante pulmonar devido à gasometria arterial com PaO2 inferior a 300mmHg, que estejam sendo submetidos à retirada de outros órgãos como fígado, rins e pâncreas mediante aprovação da organização de procura de órgãos e consentimento do responsável legal. A abordagem da família do doador será feita pelo grupo da organização de procura de órgãos que conta com enfermeiros treinados e que realizam habitualmente esta função. Serão utilizados 16 doadores que durante o explante do órgão serão perfundidos com a solução de preservação Perfadex® (Vitrolife AB, Gothenburgo, Suécia), como é realizado na captação habitual. Serão utilizados pulmões de 16 doadores, divididos em 2 grupos de acordo com sorteio realizado previamente. (AU)

Linha de fomento: Auxílio a Projeto de Pesquisa - Regular
Pesquisador responsável:
Paulo Manuel Pego Fernandes
Outros projetos de Paulo Manuel Pego Fernandes Outros projetos do(a) pesquisador(a)
Instituição: Inst Coracao Do Hosp Clinicas Sao Paulo/Sssp
Processo: 07/58857-3
Início: 01 de julho de 2008
Término: 31 de dezembro de 2010
Área do conhecimento: Ciências da saúde - Medicina
Assunto(s):
Projetos Regulares

Texto extraido do site > http://www.bv.fapesp.br/pt/projetos-regulares/27926/avaliacao-funcional-histologica-ex-vivo/

Comparacao Entre Duas Solucoes De Recondicionamento Pulmonar Em Pulmoes Humanos Nao-Aceitos Para Transplante Em Modelo De Avaliacao E Recondicionament

Resumo
Desde o início da década de 80, o transplante pulmonar tem sido empregado com sucesso no tratamento da maioria das pneumopatias em estágio terminal. Apesar dos avanços no campo da técnica cirúrgica e cuidados perioperatorios, a lesão de isquemia-reperfusão permanece uma causa importante de morbidade e mortalidade precoces após transplante pulmonar. A solução de preservação Perfadex é utilizada pela maioria dos programas de transplante pulmonar do mundo. Contudo, as dificuldades relacionadas à importação de produtos médico-hospitalares de alto custo representam entraves aos programas brasileiros. O objetivo do trabalho é avaliar comparativamente, em pulmões humanos de doadores não aceitos para transplante, a ação da solução de recondicionamento comercial Steen Solution® e da solução de recondicionamento de fabricação nacional em modelo de avaliação pulmonar ex-vivo, com relação à função e morfologia pulmonar. Serão utilizados pulmões de 16 doadores submetidos à preservação com Perfadex® (Vitrolife, Gotemburgo, Suécia) e acondicionados sob isquemia fria (4 a 8°C) por 10 horas. Após este período os pulmões serão randomizados para inclusão em um dos grupos conforme descrito abaixo: Grupo 01: Composto por pulmões de 8 doadores que serão submetidos à técnica de recondicionamento ex-vivo utilizando-se a solução de recondicionamento Steen Solution® (Vitolife AB). Grupo 02: Composto por pulmões de 8 doadores que serão submetidos à técnica de recondicionamento ex-vivo utilizando-se uma solução de recondicionamento pulmonar de fabricação nacional. Para a pesquisa serão utilizados os pulmões de 16 doadores-cadáveres que não foram aceitos para o transplante pulmonar, mas que estejam sendo submetidos à retirada de outros órgãos. Ao final do período de reperfusão, isto é, quando o sistema estiver estável na temperatura de 37°C, será feita avaliação funcional dos pulmões (gasometria). Segmentos do pulmão serão submetidos à análise histológica com microscopia óptica e eletrônica (contagem de células apoptóticas) a fim de avaliar os efeitos da lesão de isquemia-reperfusão. (AU)

Linha de fomento: Auxílio a Projeto de Pesquisa - Regular
Pesquisador responsável:
Paulo Manuel Pego Fernandes
Outros projetos de Paulo Manuel Pego Fernandes Outros projetos do(a) pesquisador(a)
Instituição: Inst Coracao Do Hosp Clinicas Sao Paulo/Sssp
Processo: 10/52222-9
Início: 01 de abril de 2011
Término: 31 de março de 2013
Área do conhecimento: Ciências da saúde - Medicina
Assunto(s):
Projetos Regulares

Texto extraido do site > http://www.bv.fapesp.br/pt/projetos-regulares/30486/comparacao-duas-solucoes-recondicionamento-pulmonar/

Avaliação dos efeitos da isquemia reperfusao pulmonar em ratos: comparação entre perfadex e solucao de lpd glicose de fabricação nacional.

Resumo
O transplante pulmonar é terapêutica utilizada no tratamento da maioria das doenças pulmonares em fase terminal. Contudo, apesar dos bons resultados dessa terapêutica nos últimos anos, a morbi-mortalidade associada ainda é significativamente alterada pela lesão de isquemia-reperfusão. A preservação pulmonar tem, portanto, o objetivo de diminuir a lesão de isquemia-reperfusão a partir da optimização das técnicas de preservação e reperfusão. A preservação pulmonar é efetuada com soluções apropriadas a esse fim, chamadas soluções de preservação, que são classificadas em intracelulares – com baixa concentração de sódio e alta concentração de potássio - e extracelulares - com baixa concentração de potássio e alta concentração de sódio. A LPD-glicose é uma solução tipo extracelular desenvolvida especificamente para uso em pulmão, sendo evidenciado que a baixa concentração de potássio e a presença de Dextran são menos lesivos às células endoteliais, com diminuição na produção de anti-oxidantes e vasoconstrictores; melhoram a microcirculação pulmonar; e preservam a interface epitélio-endotélio. Apesar de seu uso rotineiro no Programa de Transplante Pulmonar da FMUSP, problemas logísticos ocasionados pelo sistema aduaneiro brasileiro tem acarretado dificuldades freqüentes para a aquisição e disponibilidade do Perfadex. Será realizado estudo experimental para avaliação da lesão de isquemia-reperfusão em ratos comparando Perfadex com LPD-glicose de fabricação nacional. Serão utilizados trinta ratos divididos em seis grupos de 05 animais, com tempos de isquemia fria de 6 ou 12 horas. Serão avaliados o tempo de perfusão, o edema de preservação e a presença de lesão celular por exame histológico com microscopia óptica e eletrônica e quantificação de apoptose. (AU)

Linha de fomento: Auxílio a Projeto de Pesquisa - Regular
Pesquisador responsável:
Paulo Manuel Pego Fernandes
Outros projetos de Paulo Manuel Pego Fernandes Outros projetos do(a) pesquisador(a)
Instituição: Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina.
Processo: 07/53461-4
Início: 01 de dezembro de 2007
Término: 31 de janeiro de 2011
Área do conhecimento: Ciências da saúde - Medicina
Assunto(s):
Projetos Regulares

Texto extraido do site > http://www.bv.fapesp.br/pt/projetos-regulares/23844/avaliacao-efeitos-isquemia-reperfusao-pulmonar/

domingo, 17 de julho de 2011

EX LUNG VIVO: Cirurgiões de Transplante no Hospital Geral de Toronto fazem a história médica

Tradução do inglês para português
Como destaque na Colbert Report - 04 de junho de 2009 *** watch.thecomedynetwork.ca Pela primeira vez no mundo, cirurgiões de transplantes, liderada pelo Dr. Shaf Keshavjee, usaram uma nova técnica para reparar um pulmão de doadores feridos que era inadequado para transplante, e depois transplantadas com sucesso la em Andy Dyksrta. Dr. Keshavjee e sua equipe desenvolveram um ex vivo ou fora da técnica corporal capaz de bombear uma solução sem sangue contendo oxigênio, proteínas e nutrientes para os pulmões do doador danificado. Esta técnica permite que os cirurgiões a oportunidade de avaliar e tratar os pulmões do doador danificado, enquanto eles estão fora do corpo, para torná-los adequados para o transplante. Para saber mais sobre esta etapa de pesquisa, e outros como ele, visite www.tgwhf.ca!


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As featured on the Colbert Report – June 4, 2009 *** watch.thecomedynetwork.ca For the first time in the world, transplant surgeons, led by Dr. Shaf Keshavjee, used a new technique to repair an injured donor lung that was unsuitable for transplant, and then successfully transplanted it into Andy Dyksrta. Dr. Keshavjee and his team have developed an ex vivo or outside the body technique capable of pumping a bloodless solution containing oxygen, proteins and nutrients into damaged donor lungs. This technique allows the surgeons the opportunity to assess and treat damaged donor lungs, while they are outside the body, to make them suitable for transplantation. To find out more about this research milestone, and others like it,

Texto e imagem extraido do site > http://healthznews.com/ex-vivo-lung-transplant-surgeons-at-toronto-general-hospital-make-medical-history.html

EX VIVO LUNG: Transplant surgeons at Toronto General Hospital make medic...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica mata 37 mil brasileiros todos os anos

Exame clínico e teste da função pulmonar evitam progressão da DPOC, mal que mata um brasileiro a cada 14 minutos

Segundo dados do Datasus, só no Brasil, a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica conhecida pela sigla DPOC - mata 37 mil pessoas por ano. Progressiva e irreversível, é caracterizada pela manifestação conjunta da bronquite crônica e do enfisema pulmonar. Assim como o diabetes e a hipertensão, apesar de não ter cura, pode ser controlada, mas o sucesso para tal controle depende de atenção do paciente e diagnóstico correto por parte dos profissionais de saúde.

" A doença é grave e requer cuidados. Infelizmente ainda é subdiagnosticada no Brasil" , afirma dr. Oliver Nascimento, pneumologista da Unifesp e diretor da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT). Causada pela inalação de substâncias tóxicas, principalmente as do cigarro, a DPOC afeta adultos e exige tratamento específico para controlar sintomas como tosse, pigarro e falta de ar progressiva, chegando, até mesmo, na incapacidade em realizar atividades diárias. " O paciente com DPOC avançada, muitas vezes, não consegue subir escadas, tomar banho sozinho e, em alguns casos, pentear os cabelos" , explica Nascimento.

O especialista afirma ainda que, de modo geral, os pacientes procuram o médico quando a dificuldade para respirar já está interferindo em seu dia a dia, mas, quanto antes o diagnóstico for feito e o tratamento adequado iniciado, melhor será sua qualidade de vida.

Além de reforçar a importância de cessar o tabagismo, médicos costumam dar dicas para melhorar a qualidade de vida do paciente. " Os exercícios físicos melhoram a condição do paciente na realização de suas atividades. O indivíduo deve passar por uma avaliação médica para conhecer o grau de capacidade respiratória. Após essa avaliação, o especialista poderá determinar qual a atividade física é mais adequada a ele" , explica Nascimento.

O tratamento medicamentoso também é fundamental. Análises do estudo UPLIFT, um dos maiores já realizados em pneumologia, demonstraram que a intervenção precoce com brometo de tiotrópio pode evitar a progressão da doença desde sua fase inicial, além de manter o paciente ativo e reduzir mortalidade. Recomendado pelos consensos internacional e brasileiro de DPOC, o tiotrópio é um broncodilatador de longa duração, desenvolvido especificamente para Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. O medicamento, com ação anticolinérgica, dilata os brônquios, controla o diâmetro das vias aéreas e proporciona melhora da qualidade de vida, aumentando a resistência a exercícios e reduzindo as crises que o paciente frequentemente apresenta.

Texto extraido do site >http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/8476/saude-publica/doenca-pulmonar-obstrutiva-cronica-mata-37-mil-brasileiros-todos-os-anos

Cuba anuncia primeira vacina contra câncer de pulmão / Produto é capaz de inibir o crescimento do tumor




cancer-pulmaoGetty Imagens

Cuba registrou a primeira vacina terapêutica contra o câncer de pulmão avançado no mundo. De acordo com jornal oficial Trabajadores, que fez o anúncio nesta segunda-feira (10), mais de mil pacientes já estão em tratamento com a vacina nomeada CimaVax EGF.

A responsável pelo projeto, Gisela González, do Centro de Imunologia Molecular (CIM) de Havana, explicou que a vacina oferece a possibilidade de transformar o câncer avançado em uma "doença crônica controlável".

Gisela explica que a CimaVax EGF é o resultado de mais de 15 anos de pesquisa direcionada ao tumor e não provoca efeitos adversos severos.

- A vacina é baseada em uma proteína que todos temos e que está relacionada com os processos de proliferação celular. Quando há câncer, [essa proteína] está descontrolada.

Gisela explicou que, como o organismo tolera "aquilo que é seu" e reage contra "o estranho", foi preciso elaborar uma vacina que produzisse anticorpos contra essa proteína, que já é própria do organismo.

A vacina é aplicada no momento em que o paciente conclui a terapia com radioterapia e quimioterapia. Ela ajuda a controlar o crescimento do tumor sem causar toxicidade, explica a pesquisadora.

Além disso, a vacina pode ser utilizada como um tratamento "crônico que aumenta as expectativas e a qualidade de vida do paciente". A pesquisadora declarou que, após alcançar seu registro em Cuba, atualmente o CimaVax EGF "progride" em outros países. Os médicos agora esperam poder utilizar a vacina para tratar outros tumores, como os de próstata, útero e mamas.

Texto e Imagem extraido do site > http://www.oriobranco.net/mundo/9942-cuba-anuncia-primeira-vacina-contra-cancer-de-pulmao.html

CEARA faz primeiro transplante de pulmão do Norte/Nordeste



Equipe do hospital de Messejana realizou transplante no vendedor autônomo Francisco Eudes Aguiar

Hospital de Messejana é a quarta unidade de saúde do Brasil a realizar esse tipo de intervenção cirúrgica

Há oito anos, o vendedor autônomo Francisco Eudes Aguiar, 46 anos, morador da cidade de Sobral, região Norte do Ceará, convivia com um enfisema pulmonar, doença crônica, na qual os tecidos dos pulmões são gradualmente destruídos. O seu quadro clínico se agravou tanto que, há sete meses, seu Eudes dependia de um aparelho de oxigênio para sobreviver.

Mas, ontem, todo esse sofrimento chegou ao fim, pois o vendedor, finalmente, foi submetido a um transplante de pulmão. A cirurgia, feita no Hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (Hospital do Coração de Messejana), foi a primeira a ser realizada em todo o Norte e Nordeste do Brasil.

Pioneirismo

Antes, o transplante de pulmão só era realizado nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. De acordo com a diretora do Hospital do Coração de Messejana, Socorro Martins, há um ano a unidade já havia sido avaliada pelo Ministério da Saúde, que a considerou apta para realizar o procedimento.

Contudo, diante da preparação da equipe médica, aliada à dificuldade de captação do órgão e ao criterioso protocolo de exames, os quais os pacientes devem submeter-se, a cirurgia só pode ser realizada ontem.

"Ele já não tinha mais condições de trabalhar. Se saísse de casa, era obrigado a voltar quatro horas depois para repor o oxigênio liquido que o mantinha vivo", explica a coordenadora clínica do transplante de pulmão do Hospital do Coração de Messejana, Cyntia Viana.

A médica ressalta que o enfisema pulmonar de Francisco Eudes Aguiar já estava em fase avançada e o funcionamento do pulmão esquerdo estava comprometido, com apenas 33, 9% da função normal.

Apesar do cansaço, depois de sete horas realizando o procedimento, a coordenadora clínica da unidade afirma que a cirurgia é considerada uma vitória histórica para o Estado do Ceará. "O processo até chegar a realização do transplante demandou muito tempo de pesquisa e dedicação de uma equipe composta por seis cirurgiões torácicos. Contudo, depois de anos de preparação, conseguimos essa vitória", assegura a coordenadora Clínica do Transplante de Pulmão do Hospital do Coração de Messejana.

A médica explica que não é tão simples conseguir um doador compatível, pois além do órgão ter que estar livre de qualquer tipo de infecção ou lesão, o doador deve ter peso e altura equivalentes ao receptor.

Ainda segundo ela, todo o processo de captação do órgão até a realização do transplante só pode ser feito em, no máximo, seis horas.

Cyntia Viana acrescenta, ainda, que a cirurgia de Francisco Eudes foi um sucesso e ressalta que a expectativa é que o paciente se recupere bem em um curto espaço de tempo.

Além do vendedor Francisco Eudes, mais um paciente precisa de um transplante de pulmão no Ceará. O militar aposentado Ednardo Zacarias, 64, há um ano espera pelo procedimento.

Com o perfil de atleta, ele conta que adorava jogar futebol, praticar judô e nadar, mas há muitos anos, diante do cansaço e da falta de ânimo, parou de fazer todas essas atividades.

De acordo com Ednardo Zacarias, apesar de não ser fumante, todo esse quadro já fazia parte de uma doença chamada fibrose pulmonar, que ele só descobriu ser portador há um ano e seis meses.

Fibrose pulmonar é termo médico usado para descrever o espessamento e cicatrizes profundas no interior dos pulmões. Os sintomas são dispneia progressiva, tosse, dores no tórax e dedos em baqueta de tambor, assim como os sintomas de uma eventual doença subjacente.

"Há um ano, dependo do oxigênio artificial para sobreviver. Muitas vezes, o cansaço é tão intenso que não largo o cilindro nem para tomar banho. Confesso que é um sacrifício grande viver assim, mas tenho fé que depois do transplante vou ficar curado", desabafa Zacarias.

Para Walda Ponte da Silva, esposa do militar, a cirurgia, certamente, será a salvação do marido e um alívio para toda a família. "Estamos esperando a realização desse transplante a qualquer momento. Rezo para que os médicos consigam um doador compatível com meu marido", disse.

Fique por dentro
Enfisema pulmonar

Caracterizado, principalmente pela perda da capacidade de respirar, o enfisema pulmonar é uma doença crônica, na qual os tecidos dos pulmões são aos poucos destruídos. A exposição a produtos químicos ou o uso prolongado do tabaco são os principais causadores do problema. A patologia tem início com a destruição de pequenos sacos de ar (alvéolos) que compõem os pulmões. Como consequência, nas áreas afetadas, não ocorrem as trocas gasosas de maneira satisfatória, fazendo com que diminua a quantidade de oxigênio no sangue, surgindo, então, a dificuldade para respirar. O enfisema pulmonar também é caracterizado pela perda da elasticidade dos pulmões, tornando mais difícil a saída do ar após cada inspiração. Além de evitar o tabagismo, outra forma de se prevenir a doença é reduzir a exposição à poluição do ar

KARLA CAMILA
ESPECIAL PARA CIDADE

Texto e Imagem extraido do site > http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=997320

Estudo revela a eficácia de tratamento para Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

Resultado mostra que brometo de tiotrópio reduz em 28% as crises graves, contribuindo para diminuir o número de internações e mortes pela doença

Um estudo publicado neste mês pelo New England Journal of Medicine, demonstram a eficácia do brometo de tiotrópio, em comparação ao salmeterol, no tratamento da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Segundo a análise, o tiotrópio reduz em 28% o risco de exacerbações — crises fortes de falta de ar, tosse e produção de catarro que acometem os portadores da doença — graves e em 14% o risco de exacerbações moderadas, contribuindo para a diminuição do número de internações em um período de um ano.

A pesquisa comprova também que o tiotrópio atrasa significativamente a ocorrência da primeira crise de DPOC, com uma redução de risco de 17% em relação ao salmeterol, além de diminuir em 11% a taxa anual das crises vividas pelos pacientes e em 23%, 15% e 24% os riscos de exacerbações tratadas com corticoides sistêmicos, antibióticos ou ambos, simultaneamente.

As exacerbações acarretam grande impacto sobre a saúde dos pacientes e geralmente resultam em frequentes internações. Essas crises são indicadores-chave da progressão da doença e do declínio na função pulmonar. Preveni-las é a meta principal do tratamento com broncodilatadores inaláveis de longa duração, como o brometo de tiotrópio. O medicamento aumenta o diâmetro das vias aéreas e proporciona melhora dos sintomas, aumenta a resistência às atividades diárias e aos exercícios, além de reduzir as crises.

A análise envolveu 7.376 pacientes de DPOC moderada a muito grave. Dos 2.691 pacientes que apresentaram exacerbações, 44% tinham DPOC moderada. Os efeitos do brometo de tiotrópio na redução da taxa anual de crises por paciente foi superior em todas as análises, independentemente de idade, sexo, tempo de exposição ao cigarro, gravidade da doença, índice de massa corporal e uso de outros medicamentos. Além disso, os benefícios do tiotrópio em comparação ao salmeterol tornaram-se evidentes um mês após o início da análise e mantiveram-se durante todo o período de duração do estudo.

— As exacerbações têm grande impacto na qualidade de vida dos pacientes e aumentam o risco de morte. Este estudo reforça o brometo de tiotrópio como primeira escolha no tratamento de manutenção dos pacientes com DPOC, permitindo aos portadores levar uma vida ativa por mais tempo — afirma o médico Claus Vogelmeier, coordenador da pesquisa e professor do departamento de Medicina Interna, Divisão de Pneumologia, da Universidade de Marburg, na Alemanha.

Sobre a DPOC

A doença pulmonar obstrutiva crônica é caracterizada pela manifestação conjunta da bronquite crônica e do enfisema pulmonar e atinge aproximadamente 210 milhões de pessoas em todo o mundo, 7 milhões só no Brasil. Segundo levantamento do Ministério da Saúde, a doença é responsável por aproximadamente 270 mil internações e 40 mil mortes por ano.

Por essa razão, a DPOC tem forte impacto econômico para o governo: a doença custa aos cofres públicos aproximadamente R$ 100 milhões ao ano, visto que cerca de 70% dos pacientes dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento. Além dos custos relacionados a internações e remédios, a doença leva a falta de resistência física, ausência no trabalho e morte prematura, ocasionando gastos adicionais para a família, paciente ou responsável.

Quando a enfermidade progride, a função pulmonar diminui, o paciente não consegue mais fazer atividades físicas e, muitas vezes, nem as tarefas do dia a dia. Por isso é importante garantir diagnóstico e tratamento o mais cedo possível, para que a doença não avance. A cessação do tabagismo também é peça fundamental do tratamento, já que os fumantes são os mais atingidos: 90% dos casos.

texto extraido do site > http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/bem-estar/19,0,3264050,Estudo-revela-a-eficacia-de-tratamento-para-Doenca-Pulmonar-Obstrutiva-Cronica.html

Principais avanços em transplante pulmonar

Hoje em dia, são realizados no país os transplantes unilateral, bilateral e coração-pulmão. No primeiro caso, apenas um pulmão é transplantado; no segundo caso, ambos os órgãos são transplantados no mesmo ato cirúrgico, em sequência. O transplante coração-pulmão, menos frequente, é realizado em casos de doença cardíaca associada à pulmonar.

Estes procedimentos podem ser a única saída para uma série de doenças graves. “As principais indicações são para pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica – DPOC, decorrente do tabagismo, que em um número significativo de pacientes evolui para a perda progressiva da função pulmonar; fibrose pulmonar idiopática, igualmente mais comum em fumantes, que ocorre principalmente em homens na terceira idade, levando a progressiva dificuldade em promover a troca de oxigênio; fibrose cística, doença genética cujo tratamento vem levando ao prolongamento da vida de muitas crianças, que atingem a idade adulta e são encaminhados para serem transplantados, e a hipertensão arterial pulmonar, doença pouco comum e grave, que leva ao aumento progressivo da pressão nas artérias do pulmão”, explica a dra. Valeria.

Qualquer que seja a técnica, o fato de receber um órgão estranho leva o receptor à necessidade permanente de medicação imunossupressora para prevenir a rejeição do órgão transplantado. O uso de imunossupressores, por sua vez, predispõe à ocorrência de diversas infecções, alerta a especialista. “O paciente deverá, portanto, receber acompanhamento médico frequente por no mínimo um ano após a cirurgia e, a partir daí, as consulta serão regulares, conforme orientação médica”.

Principais progressos
Ainda há muito que crescer nesta área, relata a médica. “Depois de progressos como a evolução do transplante bilateral em algumas patologias, que aumentou a taxa de sobrevida dos pacientes, o aumento na qualidade da solução para perfusão, os progressos na antibioticoterapia e atualmente a técnica ex-vivo para a recuperação dos pulmões, ainda temos que melhorar as drogas imunossupressoras, para que sejam menos lesivas ao rim. Também é necessário intensificar as pesquisas e condutas que visam o suporte do paciente crítico fora de possibilidade terapêutica e potencial doador”, alerta a dra. Valéria.

Como encontrar um doador

O transplante de pulmão é autorizado e custeado pelo Ministério da Saúde, sendo realizado na rede pública de saúde. “Há três grupos de transplantes, com listas de espera individuais: uma no Rio Grande do Sul, outra em São Paulo e a terceira em Minas Gerais. As listas no sul e em São Paulo tendem a ser maiores, pelo fato dos grupos também serem maiores e mais estabelecidos. Em Belo Horizonte, por exemplo, há atualmente dez candidatos na lista de espera”, revela a especialista.

Este número, no entanto, pode significar um período muito grande de espera, pois doadores com pulmões viáveis para transplante são difíceis.

Texto extraido do site > http://www.redenoticia.com.br/noticia/2011/principais-avancos-em-transplante-pulmonar/33825

Cientistas americanos encontram células-tronco no pulmão

Um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos encontrou células-tronco onde até agora elas nunca tinham sido vistas: o pulmão. A descoberta pode render, no futuro, novas opções de tratamento para quem sofre de doenças pulmonares crônicas ao regenerar áreas doentes do órgão, segundo um dos autores do estudo, Piero Anversa, diretor do Centro de Medicina Regenerativa do Hospital de Brigham, afiliado à Universidade Harvard.


A pesquisa foi apresentada na edição desta semana da revista médica 'New England Journal of Medicine'.


A equipe de Anversa estudou tecidos pulmonares retirados após cirurgias e conseguiu isolar as células-tronco, que se mostraram capazes de se dividir tanto em novas células-tronco quando em outras que formariam tecidos pulmonares.


Para testar a eficácia de uma futura terapia, eles injetaram essas células-tronco em camundongos com danos pulmonares e viram a formação e integração estrutural de novos bronquíolos e alvéolos.


'Ainda é preciso pesquisar mais, mas estamos animados com o possível impacto que essa descoberta pode ter na nossa capacidade de regenerar ou recriar tecidos pulmonares em áreas doentes do pulmão', disse, em nota, Joseph Loscalzo, coautor da pesquisa.


Fonte: G1
Texto extraido do site > http://www.orm.com.br/plantao/noticia/default.asp?id_noticia=531939

Liminar Garante Internação de Paciente com Doença Pulmonar

O juiz Fábio Antônio Correia Filgueira, da 1ª Vara da Fazenda de Natal, determinou que o Plano de Saúde Excelsior Med Ltda autorize a internação hospitalar de um paciente que sofre de um sério problema pulmonar no hospital PAPI, em Natal, onde está internado, com data retroativa a 05/05/2011, perdurando até alta médica.

A liminar também determina que o plano forneça todos os materiais, medicamentos e procedimentos requisitados pelos médicos do autor e do hospital, imprescindíveis à recuperação do paciente ou à sua sobrevida, sob pena de multa diária no valor importe de mil reais por dia de atraso.

O autor informou na ação que a sua empregadora, a empresa Restaurante Chinatown Natal Ltda., em 19/03/2003, celebrou com a Excelsior Med Ltda contrato coletivo de assistência à saúde que o beneficia. No ano de 2010 descobriu ser portador de DPOC, patologia pulmonar obstrutiva crônica, que já comprometeu 80% dos seus alvéolos, o que lhe torna dependente de dispositivos como bala de oxigênio e bolsa de oxigênio portátil.

Em razão de uma forte crise se encontra hospitalizado no PAPI desde 05/05/2011, contudo, a empresa se nega a autorizar sua internação, bem como, todos os procedimentos e medicamentos inerentes ao tratamento. Ela sustenta que houve rescisão unilateral do contrato aludido e não pode autorizar a internação, embora tenha recebido mensalidade em data posterior.

Ao julgar o caso o juiz observou que a rescisão promovida pelo plano de saúde ocorreu de maneira unilateral e sem justificativa, e, em se tratando de contrato cujo objeto implica a proteção de direito fundamental, pois se trata de saúde, impõe-se, num primeiro momento, optar pela continuidade da relação contratual, até os devidos esclarecimentos, em especial no presente caso, quando se verifica que o paciente precisa, com urgência, de receber tratamento médico, correndo, inclusive, risco de morte, conforme os atestados médicos juntados aos autos.

O magistrado entendeu que não há nenhuma restrição contratual quanto à prestação do serviço pleiteada, já que o contrato faz a previsão expressa da coberta referente ao tratamento de saúde de que necessita o paciente. Segundo ele, há prova nos autos de que o autor integra o grupo de beneficiados do contrato e, portanto, possui vínculo contratual com o plano. Quanto ao perigo da demora, o atestado médico anexado aos autos demonstra a urgência na internação hospitalar do autor. (Processo 0109940-79.2011.8.20.0001)

Fonte: TJRN
Texto extraido do site > http://www.direitolegal.org/primeira-instancia/liminar-garante-internacao-de-paciente-com-doenca-pulmonar/

Britânico de 4 anos ganha novo pulmão em cirurgia pioneira Mason Lewis, de apenas 93 centímetros, é a menor pessoa a receber transplante pulmonar na G


Menino Mason Lewis, que recebeu transplante de pulmão (Foto: BBC)Menino Mason Lewis, que recebeu transplante de
pulmão (Foto: BBC)

Um menino de quatro anos se tornou a menor pessoa da Grã-Bretanha a receber um transplante de pulmão.

Mason Lewis, de apenas 93 centímetros, foi submetido a uma operação de oito horas na qual recebeu um pulmão de 11 centímetros.

Mason foi diagnostico como portador de hipertensão pulmonar quando tinha nove meses de idade.

De acordo com Martin Elliott, um cirurgião cardiotorácico, que foi um dos envolvidos na cirurgia, afirmou que ''a operação é idêntica à realizada em pessoas maiores, mas obviamente é preciso maior precisão e delicadeza''.

Ele afirmou que os cirurgiões utilizaram lentes de aumento e fizeram pontos menores, que acabam se dissolvendo, o que reduz o risco de criar tecido cicatricial, que poderia inibir o crescimento futuro.

Se não fosse a cirurgia, afirma Helen Spencer, uma das médicas que trataram a criança, Mason talvez só contasse com mais dois anos de vida.

texto e imagem extraido do site > http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/05/britanico-de-4-anos-ganha-novo-pulmao-em-cirurgia-pioneira.html

Scanner supera radiografia na detecção de câncer de pulmão





A detecção por scanner do câncer de pulmão permite reduzir em 20 os óbitos entre fumantes e ex-fumantes em relação ao uso da radiografia, revela um estudo publicado nesta quarta-feira no New England Journal of Medicine. Imagem: AFP Photo
AFP Photo

A detecção por scanner do câncer de pulmão permite reduzir em 20% os óbitos entre fumantes e ex-fumantes em relação ao uso da radiografia, revela um estudo publicado nesta quarta-feira no New England Journal of Medicine.

O estudo clínico, iniciado em 2002 nos Estados Unidos, examinou 53.454 homens e mulheres com entre 55 e 74 anos que fumaram ao menos 30 pacotes de cigarros ao ano.

O objetivo da investigação era comparar a diferença na taxa de mortalidade entre as pessoas submetidas várias vezes ao ano a scanners e a radiografias.

"Os resultados confirmam que a detecção por scanner pode reduzir o número de mortes provocadas por câncer de pulmão", que mata anualmente mais de 150 mil americanos, disse a doutora Denise Aberle, da Universidade da Califórnia.

O estudo aprofunda dados já publicados em novembro de 2010 e que mostravam a maior eficiência do scanner na detecção do câncer de pulmão.

"Esta pesquisa servirá de orientação para uma política de saúde pública sobre a detecção do câncer de pulmão nos próximos anos", destacou Aberle.

Os participantes do estudo foram escolhidos de forma aleatória para três exames anuais de prevenção do câncer de pulmão, metade por scanner e metade por radiografia.

O scanner permite obter imagens de várias "partes" do pulmão, enquanto o paciente segura a respiração por mais de sete segundos.

A radiografia exige apenas que o paciente segure a respiração durante poucos segundos, e revela uma única imagem, que não permite diferenciar todas as estruturas anatômicas pulmonares e detectar um tumor em fase inicial.

Da AFP Paris
Text e Imagem extraido do site > http://diariodepernambuco.com.br/nota.asp?materia=20110630091024 (( Endereço da Imagem) http://diariodepernambuco.com.br/layout/spacer.gif).

As novas perspectivas do transplante de pulmão

da preservação convencional à perfusão pulmonar ex vivo com recondicionamento pulmonar
New perspectives in lung transplantation: from conventional preservation to ex vivo lung perfusion and lung reconditioning
Autor(es): Paulo Francisco Guerreiro Cardoso



Desde o primeiro transplante realizado com sucesso em 1983 em Toronto, Canadá, a realidade clínica dos transplantes pulmonares deve-se a um esforço conjunto de pesquisadores, cirurgiões, pneumologistas e equipes multidisciplinares no intento de resolver os inúmeros problemas inerentes a esse tipo de transplante. Dentre os órgãos sólidos, o pulmão permanece sendo o de preservação mais difícil, e os resultados do transplante pulmonar a longo prazo ainda permanecem inferiores aos dos demais órgãos, com sobrevidas globais em um, cinco e dez anos em torno de 80%, 50% e 28%, respectivamente.(1) Não obstante, a prova irrefutável do sucesso do transplante de pulmão está nos 19.792 procedimentos, computados até 2008, ao longo dos últimos 25 anos desde a criação do Registro Internacional de Transplantes Pulmonares.(1) Embora as indicações mais frequentes permaneçam essencialmente as mesmas (enfisema, 36%; fibrose pulmonar idiopática, 20%; e fibrose cística, 16%), o crescimento exponencial do número de transplantes criou uma demanda crescente de doadores. A despeito do desenvolvimento de políticas de doação de órgãos mais eficazes e dos avanços nos cuidados nas UTIs, a escassez de doadores permanece em descompasso com a demanda gerada pela proliferação dos transplantes pulmonares, sendo o fator de maior impacto na restrição ao número de transplantes realizados até o momento. Em nosso meio, uma revisão recente da oferta de doadores para transplante pulmonar revelou que apenas 4,9% dos doadores foram aceitos, sendo que a taxa de utilização dos enxertos pulmonares não ultrapassou 4%.(2) Tal constatação é alarmante, pois essas cifras são inferiores às de centros de transplante em outros países. Ademais, essa situação provavelmente será a de mais difícil solução a curto prazo, uma vez que requer um esforço conjunto de órgãos governamentais, entidades de transplante e hospitais, além de educação da população, treinamento de equipes médicas, etc. A desproporção crescente entre o número de órgãos doados e o número de receptores potenciais em lista de espera gera uma realidade cruel, uma vez que a escassez de órgãos viáveis é um fator determinante de mortalidade dos receptores potenciais em lista de espera. Outro fator restritivo importante é a qualidade dos órgãos oferecidos. Paralelamente aos avanços da imunossupressão, a evolução da preservação pulmonar mudou as perspectivas do transplante, permitindo evoluir-se do pesadelo logístico da extração pulmonar do doador no próprio centro de transplante para a busca de órgãos à distância. As duas últimas décadas de pesquisas em preservação pulmonar forneceram valiosos recursos e ampliaram os períodos de “isquemia segura”. A criação de soluções específicas para a preservação do pulmão,(3) as novas técnicas de perfusão pulmonar, o controle da reperfusão, as estratégias e as alternativas de ventilação,(4,5) assim como a inclusão de aditivos e a utilização de captadores de radicais livres, prostanoides e terapia gênica, apenas para citar alguns, trouxeram a preservação pulmonar para a linha de frente como uma alternativa viável na ampliação das perspectivas de utilização de órgãos.

A utilização de “doadores marginais”, cuja denominação refere-se aos portadores de pulmões que não preenchem os parâmetros ideais para doação, constitui-se em uma fonte alternativa de órgãos. A despeito de um aumento da mortalidade precoce (30 dias) nos receptores de órgãos obtidos de doadores marginais, se comparada aos receptores de órgãos de doadores com pulmões considerados ideais (17,5% e 6,5%, respectivamente),(6) órgãos de doadores marginais continuam sendo utilizados em situações específicas.

A doação pulmonar post mortem — após a parada cardiocirculatória (PCC) — considerada um verdadeiro tabu desde os primórdios do transplante, passou literalmente de medida desesperada para realidade clínica. Extensamente investigada em laboratório, teve sua aplicação clínica pioneira na Suécia há 10 anos.(7) Em um estudo recente, comparou-se a sobrevida de transplantados utilizando pulmões captados de doadores após PCC com a daqueles utilizando pulmões de doadores em morte cerebral. A sobrevida em seis meses, em um ano e em dois anos foi de 84%, 78% e 69% no primeiro grupo, respectivamente, e de 94%, 94% e 87% no segundo grupo.(8) Steen et al. desenvolveram o conceito de “recondicionamento pulmonar”, no qual os pulmões extraídos são reaquecidos lentamente e submetidos a uma perfusão de baixo fluxo com uma solução desenvolvida pelo próprio autor. Essa perfusão de baixo fluxo com solução paucicelular hiperoncótica mostrou-se capaz de reverter o edema pulmonar e de melhorar as trocas gasosas ao mesmo tempo em que preserva os pulmões, permitindo assim que a equipe de transplante avalie a performance pulmonar do enxerto antes do implante. O autor realizou o primeiro transplante pulmonar a partir de pulmões inicialmente rejeitados, que foram recondicionados e transplantados 17 h mais tarde.(9) Sob a alcunha de “perfusão pulmonar ex vivo”, o sistema foi utilizado, com sucesso, em outros seis pacientes pelo mesmo grupo recentemente. As vantagens adicionais desse processo incluem: períodos mais extensos de isquemia, permitindo a realização de todos os testes de compatibilidade do enxerto com o receptor; realização dos transplantes em horários diurnos e programáveis; e aumento substancial da disponibilidade de órgãos para transplante. Utilizando o mesmo processo, o grupo de transplante pulmonar da Universidade de Toronto relatou que a perfusão ex vivo, em pulmões humanos e de porcos, é exequível por períodos de até 12 h consecutivas. Outro relato do mesmo grupo concluiu que a perfusão ex vivo prolongada do enxerto resultou em um desempenho pulmonar superior após o transplante se comparada à perfusão convencional com solução preservadora e armazenamento hipotérmico.(10) Partindo-se da premissa de que 80% dos órgãos doados são considerados inadequados para o transplante, uma parcela desse manancial de órgãos poderá ser recondicionada e transplantada.

Neste número do Jornal Brasileiro de Pneumologia, Pêgo-Fernandes et al.(11) inauguram a utilização pré-clinica da perfusão ex vivo em nosso meio utilizando pulmões rejeitados por critérios funcionais (gasometria e infecção) e captados para fins de pesquisa. Os resultados preliminares são simplesmente impressionantes, e repetem o que tem sido observado na literatura internacional. Há de se comemorar essa nova tecnologia, que vem de encontro à necessidade premente de um maior aproveitamento dos poucos doadores que dispomos para o transplante pulmonar, sobretudo em nosso meio, no qual o índice de aproveitamento de órgãos é baixo. Para todos nós, cirurgiões, clínicos e pesquisadores envolvidos com pesquisa clínica e experimental em transplantes, este talvez seja um momento único em que teremos todos juntos o privilégio de participar de um dos maiores avanços em preservação pulmonar desde a “fiel hipotermia”, proposta inicialmente por Wilfred Bigelow em Toronto há mais de meio século.

Dedico este parágrafo final aos cirurgiões torácicos e pneumologistas brasileiros que, presentes em grande parte das publicações internacionais em transplantes pulmonares desde seus primórdios, têm contribuído significativamente para os avanços nas pesquisas em preservação pulmonar.

Paulo Francisco Guerreiro Cardoso
Professor Associado, Departamento de Cirurgia, Disciplina de Cirurgia Torácica,
Universidade Federal de Ciências da Saúde e Cirurgião Torácico do Pavilhão Pereira Filho, Santa Casa de Porto Alegre, Porto Alegre (RS) Brasil



Referências

1. Christie JD, Edwards LB, Aurora P, Dobbels F, Kirk R, Rahmel AO, et al. Registry of the International Society for Heart and Lung Transplantation: twenty-fifth official adult lung and heart/lung transplantation report--2008. J Heart Lung Transplant. 2008;27(9):957-69.

2. Fernandes PM, Samano MN, Junqueira JJ, Waisberg DR, Noleto GS, Jatene FB. Lung donor profile in the State of Sao Paulo, Brazil, in 2006. J Bras Pneumol. 2008;34(7):497-505.

3. Keshavjee SH, Yamazaki F, Cardoso PF, McRitchie DI, Patterson GA, Cooper JD. A method for safe twelve-hour pulmonary preservation. J Thorac Cardiovasc Surg. 1989;98(4):529-34.

4. Puskas JD, Hirai T, Christie N, Mayer E, Slutsky AS, Patterson GA. Reliable thirty-hour lung preservation by donor hyperinflation. J Thorac Cardiovasc Surg. 1992;104(4):1075-83.

5. Andrade CF, Martins LK, Tonietto TA, Koefender C, Anflor LC Jr, da Silva NB, et al. Partial liquid ventilation with perfluorodecalin following unilateral canine lung allotransplantation in non-heart-beating donors. J Heart Lung Transplant. 2004;23(2):242-51.

6. Pierre AF, Sekine Y, Hutcheon MA, Waddell TK, Keshavjee SH. Marginal donor lungs: a reassessment. J Thorac Cardiovasc Surg. 2002;123(3):421-7; discussion, 427-8.

7. Steen S, Sjöberg T, Pierre L, Liao Q, Eriksson L, Algotsson L. Transplantation of lungs from a non-heart-beating donor. Lancet. 2001;357(9259):825-9.

8. Mason DP, Thuita L, Alster JM, Murthy SC, Budev MM, Mehta AC, et al. Should lung transplantation be performed using donation after cardiac death? The United States experience. J Thorac Cardiovasc Surg. 2008;136(4):1061-6.

9. Steen S, Ingemansson R, Eriksson L, Pierre L, Algotsson L, Wierup P, et al. First human transplantation of a nonacceptable donor lung after reconditioning ex vivo. Ann Thorac Surg. 2007;83(6):2191-4.

10. Cypel M, Rubacha M, Yeung J, Hirayama S, Torbicki K, Madonik M, et al. Normothermic Ex Vivo Perfusion Prevents Lung Injury Compared to Extended Cold Preservation for Transplantation. Am J Transplant. 2009;9(10):2262-9. Epub 2009 Aug 6.

11. Pêgo-Fernandes PM, Medeiros IL, Mariani AW, Fernandes FG, Unterpertinger FV, Samano MN, et al. Ex vivo lung perfusion: initial Brazilian experience. J Bras Pneumol. 2009;35(11):1007-11.

Texto extraido do site > http://www.jornaldepneumologia.com.br/portugues/artigo_detalhes.asp?id=1498

Perfusão pulmonar ex vivo: experiência nacional inicial* ( Incor- SP )





Paulo Manuel Pêgo-FernandesI; Israel Lopes de MedeirosII; Alessandro Wasum MarianiIII; Flávio Guimarães FernandesIV; Fernando do Valle UnterpertingerIV; Marcos Naoyuki SamanoV; Eduardo de Campos WerebeV; Fábio Biscegli JateneVI

IProfessor Associado, Disciplina de Cirurgia Torácica, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - FMUSP - São Paulo (SP) Brasil
IIDoutorando. Programa de Pós-Graduação em Cirurgia Torácica e Cardiovascular, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - FMUSP - São Paulo (SP) Brasil
IIIMédico Estagiário. Grupo de Transplante Pulmonar do Instituto do Coração, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - FMUSP - São Paulo (SP) Brasil
IVAcadêmico de Medicina. Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - FMUSP - São Paulo (SP) Brasil
VMédico Assistente. Disciplina de Cirurgia Torácica, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - FMUSP - São Paulo (SP) Brasil
VIProfessor Titular. Disciplina de Cirurgia Torácica, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - FMUSP - São Paulo (SP) Brasil

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RESUMO

Nos últimos 20 anos, o transplante pulmonar tornou-se o tratamento padrão para algumas pneumopatias graves em estágio terminal. Menos de 20% dos pulmões doados para transplante são realmente utilizados. Essa desproporção entre o crescente número de candidatos ao transplante pulmonar e o reduzido número de doadores resulta em aumento da mortalidade nas filas de espera. Estratégias, como o uso de órgãos de doadores marginais, não se mostraram efetivas em aumentar o número de transplantes. Em 2000, na Suécia, foi desenvolvido um método novo para recondicionar pulmões humanos rejeitados para transplante. Descrevemos nossa experiência inicial com a perfusão pulmonar ex vivo.

Descritores: Transplante de pulmão; Preservação de órgãos; Soluções para preservação de órgãos; Cirurgia torácica.





Em 1983, foi realizado o primeiro transplante de pulmão bem sucedido pelo grupo de Toronto. Desde então, o aprimoramento das técnicas de preservação pulmonar, bem como a melhora no manejo pós-operatório (terapia intensiva, antibioticoterapia, imunossupressão) fizeram do transplante pulmonar um tratamento bem estabelecido para pacientes com pneumopatias em estágio terminal. Segundo dados do registro da International Society for Heart and Lung Transplantation, são realizados cerca de 2.000 transplantes anualmente em todo o mundo.(1) Com isso, o número de candidatos ao transplante cresceu muito nos últimos 10 anos, ao passo que o número de órgãos aceitos para o transplante é muito pequeno. Apenas 15-20% dos pulmões disponibilizados para transplante (doadores em morte encefálica) são realmente utilizados. Como consequência dessa desproporção, o tempo de espera para o transplante aumenta, assim como a mortalidade em lista. Alguns centros europeus relataram que até 50% dos pacientes morrem enquanto aguardam na lista de espera de transplante pulmonar.(2,3)

Dados nacionais mostram uma realidade ainda pior. No estado de São Paulo, em 2006, somente 4% dos pulmões doados para transplante foram usados. No mesmo período, a taxa de aproveitamento de fígado e rins foi superior a 90%, segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.(4) Isso pode ser explicado, em parte, pela maior suscetibilidade dos pulmões aos efeitos deletérios da morte cerebral (instabilidade hemodinâmica, insuficiência endócrina, resposta inflamatória, hipotermia e arritmias) e às complicações da internação em UTI (intubação prolongada, pneumonia, barotrauma e infusão excessiva de cristaloides).

Nos últimos anos, várias estratégias foram propostas para tentar aumentar o número de pulmões transplantados, incluindo transplante intervivos, xenotransplante e doadores em parada cardiocirculatória. Essas estratégias, entretanto, ficaram limitadas a um pequeno número de pacientes devido a limitações técnicas e éticas, não tendo o impacto esperado sobre o número de transplantes.(5)

Outra tentativa empregada por alguns centros para aumentar o número de pulmões aproveitados foi a expansão dos critérios usados para a seleção dos chamados doadores ideais. Passou-se a usar um maior número de doadores marginais, isto é, doadores com mais de 55 anos, tabagistas (>20 anos-maço) e com infiltrado localizado na radiografia de tórax. Embora muitos estudos tenham mostrado uma sobrevida a curto prazo semelhante, o uso de pulmões marginais em receptores de alto risco, como aqueles com hipertensão pulmonar severa, está associado a uma maior mortalidade em trinta dias.(6) Dessa forma, essa estratégia também não reduziu de forma significativa o número de pacientes na lista de espera.

Ficou evidente a necessidade de um método que permitisse uma avaliação mais precisa dos pulmões doados e que, ao mesmo tempo, pudesse melhorar a qualidade desses órgãos. Um novo método para a avaliação pulmonar ex vivo foi desenvolvido e usado pela primeira vez em humanos, quando um pulmão de um doador com coração parado foi transplantado por Steen et al., na Suécia, em 2000.(7) A perfusão pulmonar ex vivo (PPEV) pode ser usada também para o recondicionamento de pulmões marginais e de pulmões rejeitados para o transplante, como foi demonstrado em um estudo experimental, através do aumento da PaO2 após a PPEV.(8) No início de 2009, o mesmo grupo publicou um relato de seis pacientes que receberam pulmões inicialmente rejeitados, após seu recondicionamento através da PPEV.(9)

A maioria dos pulmões que não são usados para transplante é rejeitada devido a resultados de gasometria ruins, isto é, PaO2 < 300 mmHg, com FiO2 de 100% e positive end-expiratory pressure (PEEP, pressão expiratória final positiva) de 5 cmH2O. A solução usada na PPEV, comercializada com o nome Steen Solution® (Vitrolife, Gotemburgo, Suécia), é uma solução de composição eletrolítica extracelular, que contém albumina e dextrana, tendo, portanto, alta pressão oncótica.(10) A dextrana, além de aumentar a pressão oncótica, tem efeito antitrombótico, pois reveste a superfície das células endoteliais e plaquetas. Esse revestimento tem efeito benéfico para a microcirculação pulmonar e preserva a barreira alveolocapilar, reduzindo o extravasamento de água e de proteína durante a perfusão.(11) É importante que a PPEV seja realizada sem a formação de edema; para isso, a temperatura é elevada gradualmente até a normotermia (37ºC), e o fluxo é controlado de forma que a pressão de artéria pulmonar (PAP) não ultrapasse 20 mmHg.(10) Manobras de recrutamento alveolar (ventilação manual, elevação da PEEP) podem ser realizadas para expandir áreas com atelectasias.

O sucesso da PPEV em recondicionar pulmões rejeitados, aumentando sua capacidade de oxigenação, deve-se à mobilização e à redução do edema alveolar e intersticial pela alta pressão oncótica da solução de perfusão, além da expansão de áreas previamente com atelectasias.(8,9)

O nosso protocolo de pesquisa foi iniciado em janeiro de 2009, após aprovação prévia na Comissão de Ética do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) e ampla discussão com a Organização de Procura de Órgãos (OPO) do HCFMUSP, OPO da Santa Casa de São Paulo e Central de Transplantes da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. Quando um doador é notificado, as equipes de transplantes são avisadas. Se os pulmões são rejeitados para transplante (em geral por uma gasometria insatisfatória), o termo de consentimento da pesquisa é apresentado aos familiares. Se houver autorização, fazemos a captação dos pulmões de maneira habitual, juntamente com as outras equipes. Usamos como solução de preservação o Perfadex® (Vitrolife), infundido gelado (4ºC) através do tronco da artéria pulmonar (50 mL/kg), enquanto jogamos salina gelada (4ºC) sobre os pulmões para resfriamento tópico. Após a retirada, o bloco formado pelos dois pulmões é armazenado em uma caixa térmica e mantido na temperatura de 4ºC por 10 h.

Depois desse período, iniciamos a PPEV (Figura 1). O sistema é formado por uma caixa de contenção (Vitrolife), uma bomba centrífuga (Braile Biomédica, São José do Rio Preto, Brasil), um trocador de calor (Fisics Biofísica, São Paulo, Brasil), um oxigenador de membrana (Braile Biomédica) e um reservatório venoso. Inicialmente, introduzimos uma cânula na artéria pulmonar (Vitrolife), que já tem uma pequena sonda para a conexão no transdutor de pressão, de forma que a PAP seja continuamente monitorada. O retorno da solução pelas veias pulmonares flui diretamente para a caixa de contenção, sendo drenado para o reservatório venoso por gravidade. Ao contrário do relatado em um estudo,(12) não utilizamos a canulação do átrio esquerdo em sistema fechado, deixando a técnica mais simples e eliminando a necessidade da cânula especial para o átrio utilizada por esses autores. O sistema é preenchido com 1500 mL de Steen Solution®. Optamos pelo uso da solução acelular, uma vez que a obtenção de sangue humano para estudo não é simples. Além disso, conseguimos reduzir o volume necessário de perfusato com o uso de oxigenadores, reservatórios e tubos infantis (Braile Biomédica). O pH é ajustado entre 7,35 e 7,45 pela adição de trometamol (Addex-THAM®; Fresenius-Kabi AB, Uppsala, Suécia). O fluxo que usamos para a perfusão de ambos os pulmões é de 40% do débito cardíaco (DC) estimado. Esse valor é calculado pela seguinte fórmula: DC = 3 × área de superfície corpórea.





Iniciamos a PPEV com a solução na temperatura de 20ºC e um fluxo inicial de 10% do calculado. A temperatura é gradualmente elevada até 37ºC nos primeiros 30 min. O fluxo também sobe lentamente, atingindo 30% do calculado em 30 min, e alcançando o fluxo máximo (40% × DC) em 60 min. Se a PAP chegar em 20 mmHg antes que o fluxo máximo seja atingido, esse é mantido em um valor mais baixo. É imprescindível que a PAP seja mantida abaixo de 20 mmHg para minimizar a formação de edema. Quando a temperatura do perfusato atinge 32ºC, a ventilação é iniciada através de uma sonda orotraqueal nº 8 introduzida na traqueia. Nesse momento, é liberado um fluxo (aproximadamente 1 L/min) de gás (7% de CO2 e 93% de N2) no oxigenador de membrana que, na realidade, irá desoxigenar o perfusato proveniente das veias pulmonares, de forma que a solução que entra na artéria pulmonar tenha as concentrações gasosas do sangue venoso.

A ventilação mecânica é estabelecida com os seguintes parâmetros: volume corrente de 6 a 8 mL/kg, FR de 7 ciclos/min, PEEP de 5 cmH2O e FiO2 de 100%. Quando o fluxo de perfusão atinge o valor máximo calculado, amostras do perfusato são colhidas das veias pulmonares para a análise gasométrica.

Nos três casos realizados até o momento, observamos uma melhora significativa da PaO2 (Tabela 1). O segundo caso já tinha uma PaO2 satisfatória, sendo rejeitado devido à pneumonia extensa.

Estes três casos representam nossa experiência inicial, que foi animadora. Após treinamento adequado, não é difícil realizar a PPEV, e a diferença encontrada nos resultados das gasometrias aponta para uma melhora significativa na capacidade de troca gasosa dos órgãos avaliados. Prosseguiremos nossos estudos com PPEV no intuito de entender melhor qual é a sua ação no tecido pulmonar, por meio de estudos de anatomia patológica, visando sua aplicação clínica em breve.



Agradecimentos

Agradecemos à Vitrolife, à OPO-HCFMUSP, à OPO da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e à Central de Transplantes da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.



Referências

1. Trulock EP, Christie JD, Edwards LB, Boucek MM, Aurora P, Taylor DO, et al. Registry of the International Society for Heart and Lung Transplantation: twenty-fourth official adult lung and heart-lung transplantation report-2007. J Heart Lung Transplant. 2007;26(8):782-95. [ Links ]

2. Hornby K, Ross H, Keshavjee S, Rao V, Shemie SD. Non-utilization of hearts and lungs after consent for donation: a Canadian multicentre study. Can J Anaesth. 2006;53(8):831-7. [ Links ]

3. Punch JD, Hayes DH, LaPorte FB, McBride V, Seely MS. Organ donation and utilization in the United States, 1996-2005. Am J Transplant. 2007;7(5 Pt 2):1327-38. [ Links ]

4. Fernandes PM, Samano MN, Junqueira JJ, Waisberg DR, Noleto GS, Jatene FB. Lung donor profile in the State of São Paulo, Brazil, in 2006. J Bras Pneumol. 2008;34(7):497-505. [ Links ]

5. de Perrot M, Snell GI, Babcock WD, Meyers BF, Patterson G, Hodges TN, et al. Strategies to optimize the use of currently available lung donors. J Heart Lung Transplant. 2004;23(10):1127-34. [ Links ]

6. Pierre AF, Sekine Y, Hutcheon MA, Waddell TK, Keshavjee SH. Marginal donor lungs: a reassessment. J Thorac Cardiovasc Surg. 2002;123(3):421-7; discussion, 427-8. [ Links ]

7. Steen S, Sjöberg T, Pierre L, Liao Q, Eriksson L, Algotsson L. Transplantation of lungs from a non-heart-beating donor. Lancet. 2001;357(9259):825-9. [ Links ]

8. Wierup P, Haraldsson A, Nilsson F, Pierre L, Scherstén H, Silverborn M, et al. Ex vivo evaluation of nonacceptable donor lungs. Ann Thorac Surg. 2006;81(2):460-6. [ Links ]

9. Ingemansson R, Eyjolfsson A, Mared L, Pierre L, Algotsson L, Ekmehag B, et al. Clinical transplantation of initially rejected donor lungs after reconditioning ex vivo. Ann Thorac Surg. 2009;87(1):255-60. [ Links ]

10. Steen S, Liao Q, Wierup PN, Bolys R, Pierre L, Sjöberg T. Transplantation of lungs from non-heart-beating donors after functional assessment ex vivo. Ann Thorac Surg. 2003;76(1):244-52; discussion 252. [ Links ]

11. de Perrot M, Liu M, Waddell TK, Keshavjee S. Ischemia-reperfusion-induced lung injury. Am J Respir Crit Care Med. 2003;167(4):490-511. [ Links ]

12. Cypel M, Yeung JC, Hirayama S, Rubacha M, Fischer S, Anraku M, et al. Technique for prolonged normothermic ex vivo lung perfusion. J Heart Lung Transplant. 2008;27(12):1319-25. [ Links ]





Endereço para correspondência:
Paulo Manuel Pêgo Fernandes
Avenida Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 44, 2º andar, Bloco 2, Sala 9, Cerqueira César
CEP 05403-900, São Paulo, SP, Brasil
Tel 55 11 3069-5248
E-mail: paulopego@incor.usp.br

Recebido para publicação em 15/6/2009.
Aprovado, após revisão, em 9/7/2009.
Apoio financeiro: Este estudo recebeu apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e das empresas Farmoterápica e Braile Biomédica.

* Trabalho realizado no Instituto do Coração, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e no Laboratório de Investigação Médica 61, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - FMUSP - São Paulo (SP) Brasil.

Texto extraido do site > http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132009001100008

quinta-feira, 7 de julho de 2011

TABAGISMO PASSIVO MUNDIALMENTE CONDENADO



O tabagismo, especialmente os efeitos do fumo passivo sobre os não fumantes, tomou o centro do palco no Congresso Mundial de Cardiologia (WCC) 2010, realizado na China, com especialistas conclamando os cardiologistas a desempenharem um papel fundamental na redução do tabaco entre pacientes, e reduzir o fumo em suas localidades.
"Como cardiologista que atende pacientes diariamente, uma das coisas mais importantes que posso fazer é dizer que parem de fumar", disse Dr. Sidney Smith (Universidade da Carolina do Norte) à imprensa durante a reunião do WCC.
"É sem dúvida o principal fator de risco no mundo atualmente, e se você quiser fazer algo para realmente melhorar este planeta, você tem que se livrar do tabagismo e do uso de tabaco."
Smith, presidente eleito do Congresso, e diretor do conselho científico da Federação Mundial do Coração, disse que as novas diretrizes de redução do risco cardiovascular do Instituto Nacional de Saúde (NIH), da qual também é diretor, irão destacar a importância da cessação tabágica.
"Vamos ser claros sobre a importância da cessação do tabagismo e uso de tabaco, e do perigo não só para a pessoa que fuma, mas também do tabagismo passivo."
Em todo o mundo, cerca de 20% das doenças cardiovasculares são causadas pelo tabaco e, no entanto, surpreendentemente, nem todos estão conscientes da relação entre a doença cardiovascular, tabagismo e fumo passivo.
Na China, por exemplo, apenas 4% dos fumantes estão conscientes que fumar provoca doenças do coração, disse Smith.
E não faltam evidências científicas. Durante o Congresso, Dr. Lynn Goldman (Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, Baltimore, MD), apresentou dados do recém-publicado relatório do Institute of Medicine (IOM) que analisou 11 estudos verificados em diferentes regiões e países que implantaram ambientes livres do tabaco, mostrando que as proibições provocaram reduções no risco de enfarte do miocárdio. O benefício pode ser observado já no período de um ano da proibição ser implementada.
"Concluímos, com base na literatura disponível que existe uma relação causal entre a proibição de fumar e diminuição de problemas coronários agudos", disse Goldman durante uma sessão do WCC sobre o tabagismo e risco de evento coronariano agudo.
"E devo dizer que este é um padrão muito elevado de evidências que o Instituto de Medicina usa para confirmar a relação causal, o que desenvolveu entre nós um consenso nesta linha, indicando que temos poucas dúvidas de que existe um enorme benefício nas proibições".
Texto e imagem extraidos do site >
"http://www.tobacco.org/news/303373.html (Fonte:porummundosemtabaco/informe especial)

TABAGISMO ENTRE IDOSOS



Uma pesquisa baseada em revisão de literatura concluiu que a prevalência de tabagismo entre idosos foi de 13% em ambos os sexos. A maior taxa foi encontrada entre idosos do sexo masculino que vivem em países de renda mais alta.
O trabalho reuniu pesquisadores de diversas instituições, entre eles Evandro Coutinho, da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz). O objetivo foi combinar os resultados de pesquisas identificadas sobre a prevalência do tabagismo entre idosos, para estimar sua prevalência e possíveis fatores relacionados a esse comportamento. Foram usadas as bases de dados eletrônicas Medline, Lilacs e Biological Abstracts, além de jornais especializados.
Ao todo, foram incluídos 140.058 idosos nas pesquisas relatadas. A taxa de prevalência do tabagismo (13%), em ambos os sexos, acabou sendo maior em homens (22%) do que em mulheres (8%)
O trabalho, publicado na edição de dezembro de 2010 da revista Cadernos de Saúde Pública, da Ensp/Fiocruz, mostra que o uso do tabaco é responsável por quase 10 mil mortes por dia e cerca de 4,9 milhões de mortes por ano em todo o globo. O tabagismo tem sido associado a diversas doenças, como isquêmicas do coração e respiratórias, acidentes vasculares cerebrais, câncer de pulmão e do trato digestivo, entre outros. Além de Evandro Coutinho, participaram da pesquisa Valeska Marinho e Jerson Laks, do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Sergio Luís Blayd, do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Todas as pesquisas analisadas foram publicadas entre 1992 e 2004, sem restrições de linguagem. Os pesquisadores buscaram identificar documentos que apresentassem pessoas que fizessem uso do tabaco diariamente ou não, independe da quantidade de fumo. Os dados coletados abrangeram todos os continentes em ambos os hemisférios (Norte e Sul). Ao todo, foram incluídos 140.058 idosos nas pesquisas relatadas.
A taxa de prevalência do tabagismo (13%), em ambos os sexos, acabou sendo maior em homens (22%) do que em mulheres (8%). "As diferenças de gênero no uso do tabaco são bem conhecidas entre os adultos, apesar de coortes recentes terem demonstrado maior utilização em mulheres jovens. Essas estimativas implicam que, no futuro, o uso de tabaco pode aumentar entre mulheres idosas, reproduzindo a tendência observada nos grupos jovens", afirmam os pesquisadores.
Para o grupo, o estudo mostra que o uso do tabaco entre idosos é um problema de saúde potencialmente evitável e extremamente importante para a sociedade. Entretanto, poucos estudos epidemiológicos avaliaram as taxas de consumo de tabaco entre idosos até o momento. São necessárias novas pesquisas com essa população, visando identificar melhor seus problemas de saúde, além de uma análise mais profunda sobre seus fatores culturais e socioeconômicos.
"Em resumo, nesse estudo é possível concluir que existe um aumento das taxas de prevalência do uso de tabaco no sexo masculino, embora seja possível também verificar a tendência de crescimento do consumo de tabaco entre mulheres idosas, conforme observado entre os mais jovens", encerram. Publicado em 11/2/2011.

Texto e Imagem extraido do site >
(Fonte: http://www.fiocruz.br/ccs/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=3793&sid=9 - REDE ACT)

A Philip Morris anunciou que pode perder bilhões de dólares se for aprovada uma lei australiana.


Philip Morris aciona Austrália devido a lei do maço genérico
A Philip Morris anunciou que pode perder bilhões de dólares se for aprovada uma lei australiana. Ela dará a todos os maços de cigarro um aspecto de produto “genérico”. E, por isso, a empresa resolveu mover uma ação contra o governo da Austrália.

A lei poderá será aprovada pelo Congresso australiano, por ampla maioria, em julho e entrará em vigor em 2012 (com um período de transição de seis meses).

Então, a Austrália será o primeiro país do mundo a banir logomarcas e outras ferramentas de marketing dos maços de cigarros. Todos os maços serão verde-oliva. E só trarão advertências e imagens gráficas sobre o mal que o cigarro pode fazer a saúde – além do nome, em letras “genéricas”, da marca.

De acordo com o Xinhuanews, da China, a divisão asiática da Philip Morris, que distribui as marcas Marlboro e Peter Jackson, populares na Austrália, alega que o governo australiano está quebrando um tratado de investimento bilateral entre a Austrália e Hong Kong da China.

A ação começa com uma “notícia de demanda” (notice of claim), que dispara um prazo de três meses para negociações. O caso (que poderia ser “Philip Morris v. Austrália") vai para arbitragem internacional, se as negociações falharem – e isso é o que se pode prever pela determinação das autoridades australianas.

A primeira ministra da Austrália, Julia Guillard, disse segunda-feira que “não será intimidada pela gigante do tabaco Philip Morris”. Declarou que “não vai voltar atrás, seja qual for a tática que a empresa usar – política, legal, influência sobre a comunidade ou pela via de public affairs”, noticia o Xinhuanews. “O governo sempre vai adotar medidas a favor da saúde pública da população. E essa é uma ação recomendada pela Organização Mundial de Saúde”, disse.

A Philip Morris está mobilizando todos os seus grupos de lobby no mundo para contra-atacar. Segundo o New York Times, parlamentares americanos já advertiram que a Austrália está violando suas obrigações de comércio internacional – o mesmo argumento da empresa.

As fabricantes de cigarros temem que, se a moda pega, muitos países vão aprovar legislação semelhante à da Austrália. “Vamos demandar uma compensação financeira significativa por prejuízos a nossos negócios”, disse em uma declaração a porta-voz da Philip Morris, Anne Edwards – usando a tática da ameaça.

A ministra da Saúde da Austrália, Nicola Roxon, disse que o governo está confiante de que tem uma base legal sólida para enfrentar a Philip Morris. E a briga vale a pena: 15 mil australianos morrem por ano, em decorrência de doenças relacionadas ao fumo.
Pesquisa em site revela que brasileiro aprova a medida

O site JR News comandado pelo jornalista Heródoto Barbeiro, em pesquisa on line sobre a opinião do brasileiro sobre a lei australiana revelou que 70 por cento aprovam a medida. http://noticias.r7.com/jornal-da-record-news/enquete/o-governo-australiano-quer-fazer-do-cigarro-um-generico-todos-os-macos-serao-da-mesma-cor-as-marcas-terao-letras-comuns-e-trarao-imagens-sobre-o-mal-que-o-cigarro-faz-voce-acha-que-essa-medida-seri/

Texto e imagem extraido do site >
http://www.conjur.com.br/2011-jun-29/philip-morris-aciona-australia-causa-lei-logomarcas-macos