Uma técnica aprendida na Suécia pela equipe de cirurgia torácica do Instituto do Coração (Incor) pode ajudar a diminuir a fila de espera por um transplante de pulmão. Com o método é possível recuperar órgãos que hoje não podem ser transplantados. Apesar dos bons resultados, a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) ainda não autorizou o transplante de pulmões tratados.
O transplante de pulmão é dos mais difíceis de serem realizados - no primeiro semestre deste ano foram transplantados 99 corações e 34 pulmões no País (os dados do segundo semestre não estão fechados). Isso ocorre porque o órgão sofre com os traumas que levam à morte cerebral (condição que permite o transplante) e com o tratamento para tentar salvar o paciente.
O soro injetado para estabilizar a pressão arterial e manter os rins em funcionamento entra nos pulmões, congestionando-os. Como consequência, perdem a capacidade de oxigenar o sangue e têm de ser descartados.
"A técnica desenvolvida por Steen (o médico sueco Stig Steen) facilita a redução do edema. Ele criou uma solução que circula pelos vasos pulmonares e "atrai" o líquido que está nas células", diz o diretor do Serviço de Cirurgia Torácica do Incor, Fabio Jatene. Nos testes feitos no instituto, o nível de oxigenação no sangue que circula pelos pulmões tratados melhorou em média 150%.
Segundo Jatene, a técnica poderia dobrar o número de cirurgias realizadas no País. Em um ano, só o Incor realizou 30 transplantes de pulmão e recondicionou 24 órgãos. O Canadá, que também aprendeu o método sueco, transplantou 25 pulmões graças à técnica ao longo de um ano.
Procurada pelo Estado, a coordenadora da Conep, Gysélle Saddi Tannous, informou por e-mail que não teve tempo hábil para localizar o parecer sobre o trabalho do Incor. Mas relatou que a comissão "considerou de extrema relevância a nova técnica, pois, se fosse bem sucedida, poderá encurtar em muito a fila de espera por um pulmão".
Fila. É o caso de Isabela Hawthorne Matuck, de 14 anos, que espera por um pulmão há um ano e quatro meses. Portadora de fibrose cística, ela teve seu estado de saúde agravado em junho de 2009. Parou de frequentar a escola, deixou o balé e depende cada vez mais de um balão de oxigênio. Em setembro, foi avisada de que receberia um pulmão. Chegou a ir para o centro cirúrgico, mas o órgão tinha um edema e foi descartado. "É frustrante pensar que a nova técnica permitiria a cirurgia, mas é tudo tão lento", lamenta a mãe, a artista plástica Ana Lúcia Matuck.
Clarissa Thomé / RIO - O Estado de S.Paulo
Texto extraido do site > http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101223/not_imp657257,0.php
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Eterna Gratidão á todas as familias movidas pelo amor / Campanha Pró- Transplante "RESPIRAR-IRESC"
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Este é um simples agradecimento diante da grandiosidade do ato da doação, por que na verdade nos sobram muitas palavras para expressar tamanha gratidão.
Agradecemos a cada familiar pelo SIM à doação de órgãos que não somente salva a vida de alguém, mas que também muda o quadro de uma família inteira que vive a angústia da espera e a expectativa da mudança, quando essa mesma família doadora vive a angústia da perda.
Quando este misto de alegria e tristeza, perdas e ganhos, lamentações e orgulho, sofrimento e liberdade vem à tona, os elos contrários que unem as duas famílias desconhecidas se entrelaçam para um objetivo comum SALVAR VIDAS.
Diante desse elo de amor, a balança da vida mostra há essas duas famílias unidas por destinos diferentes e complementares lições valiosas: que a perda às vezes não significa perda; significa ganho. E que espera não significa dor; significa alegria.
Obrigada você família, pela consciência e amor, puro e genuíno para com o próximo. E acreditamos que a cada dia, muitas famílias terão consciência do ato de doar e salvar vidas. E estas continuarão sendo como as ostras, que no momento que são feridas produzem a PÉROLA!
ETERNA GRATIDÃO A TODAS AS FAMÍLIAS MOVIDAS PELO AMOR
/ Texto extraido do site:http://transplantepulmonar.com/agradecimento.html
domingo, 24 de julho de 2011
Nova técnica recupera pulmões para transplante Saúde. O Incor já 'salvou' 24 órgãos graças a um método desenvolvido na Suécia.
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