Eterna Gratidão á todas as familias movidas pelo amor / Campanha Pró- Transplante "RESPIRAR-IRESC"

AGRADECIMENTO AOS FAMILIARES DOS DOADORES DE ÓRGÃOS Este é um simples agradecimento diante da grandiosidade do ato da doação, por que na verdade nos sobram muitas palavras para expressar tamanha gratidão. Agradecemos a cada familiar pelo SIM à doação de órgãos que não somente salva a vida de alguém, mas que também muda o quadro de uma família inteira que vive a angústia da espera e a expectativa da mudança, quando essa mesma família doadora vive a angústia da perda. Quando este misto de alegria e tristeza, perdas e ganhos, lamentações e orgulho, sofrimento e liberdade vem à tona, os elos contrários que unem as duas famílias desconhecidas se entrelaçam para um objetivo comum SALVAR VIDAS. Diante desse elo de amor, a balança da vida mostra há essas duas famílias unidas por destinos diferentes e complementares lições valiosas: que a perda às vezes não significa perda; significa ganho. E que espera não significa dor; significa alegria. Obrigada você família, pela consciência e amor, puro e genuíno para com o próximo. E acreditamos que a cada dia, muitas famílias terão consciência do ato de doar e salvar vidas. E estas continuarão sendo como as ostras, que no momento que são feridas produzem a PÉROLA! ETERNA GRATIDÃO A TODAS AS FAMÍLIAS MOVIDAS PELO AMOR / Texto extraido do site:http://transplantepulmonar.com/agradecimento.html

quinta-feira, 24 de março de 2011

Hospital de tuberculose

Tuberculose video

ONU divulga alerta sobre risco de expansão da tuberculose multirresistente




A Organização das Nações Unidas (ONU) advertiu hoje (23) a comunidade internacional que é necessário ampliar os esforços para diagnosticar e tratar cerca de 2 milhões de pessoas no mundo que, de 2011 a 2015, poderão ter tuberculose multirresistente a tratamentos convencionais, chamada de MDR-TB, na sigla em inglês para Multi-Drug-Resistant.

A tuberculose MDR não responde aos medicamentos usados no tratamento convencional da doença e, se não for controlada a tempo, aumenta o risco de propagação, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Fundo Global de Luta contra Aids, Tuberculose e Malária.

Em 2008, 440 mil casos de tuberculose multirresistente foram registrados e 150 mil pessoas morreram. Na véspera do Dia Mundial da Tuberculose, a ONU apelou para os líderes mundiais que redobrem os esforços para diagnosticar e tratar a doença.

"Muitos países fizeram progressos. Mas, apesar da escala de esforços, o mundo precisa de fazer muito mais para cuidar dos pacientes com MDR-TB”, afirmou a diretora-geral da OMS, Margaret Chan. "Não podemos permitir que a MDR-TB se espalhe sem controle."

O diretor-executivo do Fundo Global de Luta contra Aids, Tuberculose e Malária, Michel Kazatchkine, afirmou que a tuberculose multirresistente é uma ameaça para todos os países. Segundo ele, é preciso fazer um esforço extraordinário para resolver o problema.

Em 2009, 9,4 milhões de pessoas foram diagnosticadas com tuberculose e 1,7 milhão morreram, incluindo 380 mil pessoas que eram portadoras do vírus HIV. O Brasil integra o grupo dos 22 países em desenvolvimento que concentram 80% dos casos mundiais da doença. Por ano, são notificados cerca de 72 mil casos e de 5 mil mortes por tuberculose.

Ciência e Tecnologia
23/03 às 16h11 - Atualizada em 23/03 às 16h18
Agência BrasilRenata Giraldi
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Mais de 30 mil casos de tuberculose registados em Luanda no ano passado

Mais de 30 mil casos de tuberculose foram registados no ano passado no Hospital Sanatório de Luanda, dados conhecidos quando se assinala o Dia Mundial da Tuberculose, que continua a fazer vítimas em outras províncias angolanas.
Citado pelo Jornal de Angola, Zinga Rodrigues, diretor de enfermagem do Hospital Sanatório de Luanda, instituição de referência no tratamento da doença, disse que, em 2010, passaram pelo hospital mais de 30 mil casos de tuberculose, doença que afeta principalmente pessoas com idades entre 15 e 45 anos.
Por seu lado, Pedro Joaquim Quintas, supervisor do programa de tratamento da tuberculose, admitiu, em declarações à Angop, que o estado precário do saneamento básico em alguns bairros da periferia de Luanda está na base do surgimento de casos de tuberculose na capital.
Na província do Cunene foram diagnosticados mais de 1700 novos casos entre janeiro de 2010 e janeiro de 2011, que resultaram em 26 mortes, segundo a supervisora provincial do programa de luta contra a doença, Maria Manuel Dala.
Estes números representam um aumento de 52 casos relativamente ao período homólogo anterior.
A responsável adiantou à Angop que o tratamento da doença tem registado forte evolução devido à expansão da rede sanitária, mas salientou que o aumento dos casos de tuberculose associados ao VIH/Sida está a preocupar as autoridades sanitárias.
Na província do Bengo foram diagnosticados, em 2010, 780 casos de tuberculose, um aumento "significativo" em relação ao ano anterior, segundo o supervisor provincial do Programa de Controlo de Tuberculose, Luís Miguel Neto de Carvalho.
Luís de Carvalho disse que cinco dos casos diagnosticados acabaram por provocar a morte dos doentes.
O Hospital Sanatório de Menongue, na província do Kuando Kubango, registou de janeiro a março deste ano 140 casos de tuberculose, com duas mortes. Em 2010, registaram-se 345 casos e 15 mortes, dados avançados pela directora de enfermagem, Esperança Domingas Luís Daniel.
O Dia Mundial da Tuberculose assinala-se hoje quando passam 100 anos do anúncio da descoberta do bacilo causador da tuberculose, ocorrida a 24 de março de 1882, pelo médico Robert Koch.

24 de Março - Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose / Lazáro Ramos no Combate á Tuberculose




Tuberculose: esclarecemos sete dúvidas sobre a doença

Ela é responsável pela morte de dois milhões de pessoas no mundo

A tuberculose é a maior causa de morte por doença infecciosa em adultos. No Dia Mundial da Tuberculose (24 de março) aumentam os esforços para divulgar os perigos da doença. Os números mostram bem o porquê. De acordo com estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), dois bilhões de pessoas estão infectadas pela bactéria causadora da patologia. Entre elas, 8 milhões desenvolverão a doença e 2 milhões morrerão a cada ano. As estatísticas no Brasil também não são animadoras, segundo o Ministério da Saúde, o Brasil ocupa o 15º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo. No país, são notificados anualmente 85 mil casos novos. Além disso, são registrados cerca de 6 mil mortes por ano em decorrência da doença.

O Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) é uma das medidas do governo para prevenir e combater a tuberculose. Ele garante a distribuição gratuita de medicamentos e outros insumos necessários até ações preventivas e de controle do agravo. A seguir, o pneumologista Frederico Leon Arrabal Fernandes, médico responsável pelo Laboratório de Função Pulmonar do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas FMUSP (InCor), esclarece as medidas preventivas, diagnóstico precoce e tratamentos para o combate à doença.

1- Qual é a causa da tuberculose e de que forma ela é transmitida?

A tuberculose é causada por uma bactéria chamada Mycobacterium tuberculosis. Essa bactéria pode ser transmitida de uma pessoa para outra através da tosse. Ela também pode estar dormente no organismo de um indivíduo, e ficar ativa quando existe a queda da imunidade.

2- Como é feito o diagnóstico da doença?

Pessoas que apresentam sintomas como tosse, emagrecimento, febre baixa e sudorese noturna persistindo por mais de duas semanas devem ser examinadas. Em longo prazo, pode haver a falta de ar e progressiva dificuldade para respirar, tosse com sangue (hemoptise) e até a morte. Uma radiografia de tórax pode orientar o diagnóstico que é confirmado pela coleta de escarro e pesquisa do bacilo.

3- Quais órgãos são afetados pela doença?

O órgão mais afetado é o pulmão, mas a tuberculose pode afetar diversos outros sistemas e áreas do organismo como os ossos, podendo causar fraturas espontâneas e dor, a pele, levando a lesões que podem virar úlceras, o sistema nervoso central, o que pode causar meningite levando a dores de cabeça e, eventualmente, confusão mental e coma. Além disso, o intestino pode ser atingido, prejudicando a absorção de alimentos e causando obstrução intestinal, os olhos e a retina, causando perda parcial ou total da visão. Habitualmente, a tuberculose extra-pulmonar acomete quem tem algum comprometimento acentuado da imunidade e costuma ser associada à doença pulmonar.

4- Quais são os tratamentos disponíveis para a tuberculose?

Ao contrário do que se pensa, tuberculose tem cura. A tuberculose é tratada com antibióticos específicos controlados. O tratamento utiliza quatro medicações associadas por dois meses e, depois, dois antibióticos por mais quatro meses. Esses remédios são combinados em um comprimido para facilitar a aderência ao tratamento. Quando a doença atinge outros órgãos como ossos e sistema nervoso central, ou quando o paciente tem alguma deficiência na imunidade, no caso da Aids, por exemplo, o tratamento deve ser estendido por nove até 12 meses.

5- O que acontece se este tratamento for interrompido?

Quando interrompido, o paciente volta a desenvolver sintomas progressivos, passa novamente a transmitir a doença e ela pode adquirir resistência aos medicamentos antimicrobianos, sendo necessário aumentar a quantidade de medicação e o tempo de tratamento total.

6- A tuberculose, depois de curada, pode voltar a aparecer no mesmo paciente?

Quando adequadamente tratada, o paciente é considerado curado. Mas a chance de ficar novamente doente é igual a de alguém que nunca teve a infecção.

7- Como prevenir a tuberculose?

Medidas de saúde pública, como rastrear e diagnosticar precocemente os portadores de tuberculose e seus contactantes para iniciar o tratamento o mais rápido possível é a melhor forma de cortar a corrente de contágio da doença. Para ter a ideia da eficácia disso, em menos de duas semanas de tratamento adequado, o paciente já não transmite mais o bacilo.
A melhoria das condições de vida, como saneamento, habitação, manter hábitos de higiene e alimentação adequados também são formas de prevenir a doença. Pessoas que vivem em condições precárias, por exemplo, em aglomerados e má condição alimentar estão mais suscetíveis a contrair e desenvolver a tuberculose. Uma forma de garantir um diagnóstico precoce e tratamento adequado desta doença é procurar um pneumologista ou um posto de saúde caso tenha sintomas respiratórios que persistam por mais de duas semanas.

Fonte: Roberta Vilela/Minha Vida/Uol

segunda-feira, 21 de março de 2011

PULMÃO DE NÃO FUMANTE / PULMÃO DE UM FUMANTE





Este é um pulmão de um fumador , devido ao alcatrão e á nicotina e ao monóxido de carbono que o cigarro contém,que afecta " violentamente " os pulmões .





ESTE TEXTO E IMAGEM FORAM PARCIALMENTE EXTRAIDOS DO SITE:http://viciodotabaco.blogspot.com/2007/10/este-um-pulmo-de-um-fumador-devido-ao.html

sábado, 19 de março de 2011

DOAÇÃO DE ORGÃOS, UM ATO DE AMOR

video.htm

Entrevista com Drº Draúzio Varella / Drº José Eduardo Jrº (Pneumologista HC Incor - SP)




O transplante pulmonar é uma opção terapêutica a doenças pulmonares avançadas, onde o tratamento com remédios ou outros tipos de cirurgia se mostra ineficaz. Quando bem indicado, a pacientes bem selecionados, o transplante pulmonar oferece maior tempo de vida e melhor qualidade de vida. Pode ser feito tanto transplante unilateral (um pulmão) quanto bilateral (os dois pulmões). Abaixo algumas doenças que podem se agravar, necessitando da indicação para transplante pulmonar:

* Enfisema Pulmonar (e as outras DPOCs)
* Fibrose Cística
* Fibrose Pulmonar
* Bronquiectasias
* Hipertensão Pulmonar


Entrevista com Dr Drauzio Varella no Fantástico (http://mais.uol.com.br
http://www.joseeduardoafonsojr.com.br

Rodrigo Cáceres na Propaganda da Lei Anti Fumo

sexta-feira, 18 de março de 2011

Personalidades manifestam apoio à Lei Anti-fumo

Celebridades da TV, do esporte e da medicina gravaram pequenos filmes para defender lei

Acesse > http://www.leiantifumo.sp.gov.br/sis/lenoticia.php?id=142#3


Rubens Barrichello ,

Pelé ,


Drº Dráuzio Varella ,


Rodrigo Faro


e Chris Flores



O que o médico cancerologista Dráuzio Varella, o ex-jogador de futebol Pelé, o piloto de Fórmula 1 Rubens Barrichello e os apresentadores de televisão Rodrigo Faro e Chris Flores têm em comum? Todos eles são favoráveis à Lei Antifumo, que entrou em vigor há pouco mais de um mês em todo o Estado de São Paulo. Para demonstrar apoio à nova regra, todos gravaram um vídeo de 15 segundos de duração em que explicam o porquê da legitimidade da legislação antitabaco. Confira todos os vídeos da campanha, que será veiculada na televisão até o dia 30 de setembro.

"É possível viver sem o cigarro. Isso é muito importante para o fumante porque quando a gente fuma a gente acha que a gente não dá para viver sem aquela droga. Todo país que implantou essa lei, o número de fumantes diminuiu", argumenta o médico - e ex-fumante - Dráuzio Varella.

O apresentador Rodrigo Faro também aprovou a nova lei e exaltou a melhoria da qualidade de vida. "Como as pessoas estão respeitando a lei, e realmente a gente vai a ambientes fechados, vai às casas noturnas e aos restaurantes e a gente percebe que as pessoas estão respeitando, não estão fumando. É um bem para a comunidade", disse. O piloto Rubens Barrichello seguiu a mesma linha de raciocínio: "a gente quer parar de sair dos lugares defumados, queremos realmente uma qualidade de vida maior, então, espero que você apóie esta campanha como eu estou apoiando".

O ex-jogador Pelé sugeriu que a legislação se expandisse para todo o país. "Essa lei é maravilhosa. O cigarro não é bom para a saúde. Acho que o Governo de São Paulo acertou e deveria servir de exemplo para todo o Brasil", afirmou. Já a apresentadora Chris Flores ressaltou o cunho democrático da Lei Antifumo. "Eu acho democrático porque a pessoa pode continuar fumando, ela só tem que respeitar aquela que não quer fumar. Ela tem que ser democrática também. Respeito é democracia também", disse.

Balanço

A adesão à nova norma é quase total. No primeiro mês de vigência, entre 7 de agosto e 6 de setembro, os fiscais da Vigilância Sanitária e do Procon aplicaram multas a 198 empresas - dos 37.117 estabelecimentos visitados em todo o Estado. Os locais que proibiram totalmente o tabaco em ambientes fechados de uso coletivo representam 99,5% do total. Das autuações, 87 foram registradas na capital, onde 11.816 locais foram fiscalizados, e 111 no interior, onde a fiscalização visitou 25.301 estabelecimentos.

A nova legislação proíbe fumar em ambientes fechados de uso coletivo, como bares, restaurantes e casas noturnas. Cidades como Nova York, Paris e Buenos Aires já adotaram com sucesso medidas similares. Quem quiser informar sobre o descumprimento da lei, pode fazer a denúncia por meio do telefone 0800 771-3541 ou pelo site www.leiantifumo.sp.gov.br.

Do Portal do Governo do Estado de São Paulo
Notícias

* Sex 01/10/10 07h23
73% dos fumantes estão satisfeitos com a lei antifumo
* Sex 06/08/10 12h42
Lei Antifumo completa 1 ano com 99,7% de adesão
* Sex 06/08/10 12h02
Itaim Bibi lidera multas na capital

Mais Notícias
Na Imprensa

* Sex 01/10/10 07h16
Um ano após lei antifumo, metade dos fumantes reduziu consumo de cigarro
* Sex 06/08/10 13h04
Uma lei que virou hábito
* Seg 02/08/10 12h13
Lei antifumo já multou de shopping a imobiliária



Este texto foi extraido do site: http://www.leiantifumo.sp.gov.br/sis/lenoticia.php?id=142#3

A proibição está prevista na lei estadual nº. 13.541/09, de 7 de maio de 2009, de autoria do governo paulista.

Agora é lei.
Fumar em bares e restaurantes está proibido em SP.

Lei estadual que veta o cigarro em ambientes fechados de uso coletivo é exercida desde a última sexta-feira (07 de agosto de 2009).



Agora o painel instalado em frente ao Instituto do Câncer, na Capital, mostra há quanto tempo paulistas respiram melhor.

O Estado de São Paulo não permite mais o fumo em ambientes fechados de uso coletivo, como bares, restaurantes e casas noturnas, a partir de hoje, sexta-feira, 7 de agosto. A proibição está prevista na lei estadual nº. 13.541/09, de 7 de maio de 2009, de autoria do governo paulista, aprovada pela Assembléia Legislativa em abril e sancionada pelo governador José Serra.

Com a medida São Paulo acaba com os fumódromos e se alinha às tendências internacionais de combate aos males causados pelo tabagismo passivo, que é considerado a terceira causa de mortes evitáveis no mundo, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde).

Os estabelecimentos paulistas tiveram 90 dias para se adaptar. A partir de agora, se descumprirem a legislação, estarão sujeitos a multas que variam de R$ 792,50 a R$ 1.585,00, valores que podem dobrar em caso de reincidência. Na terceira vez em que o local for flagrado desrespeitando a lei, poderá ser interditado por 48 horas e, na quarta vez, por 30 dias. As penalidades serão aplicadas sempre contra os estabelecimentos, e não contra os fumantes.

Cerca de 500 agentes da Vigilância Sanitária Estadual e da Fundação Procon foram recrutados e capacitados para realizar um trabalho de fiscalização específico da nova lei, inclusive durante o período noturno e nas madrugadas, sete dias por semana.

As ações contarão com equipes de no mínimo dois agentes, que utilizarão veículos e uniformes especiais. Eles estarão orientados a verificar não apenas a presença de cigarros acesos nos ambientes, mas também se o proprietário tomou as providências para manter o ambiente livre do tabaco, colocando os cartazes que alertam para a proibição para o uso de cigarros, se os cinzeiros foram retirados do local e se o proprietário tomou providências para que os eventuais fumantes apagassem seus cigarros.

"São Paulo está dando um passo extremamente importante na área da saúde pública, evitando que a população, composta em sua maioria por não fumantes, seja exposta aos malefícios da fumaça do tabaco em ambientes fechados de uso coletivo", afirma o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.
Um exemplo a ser seguido?



Seja em português, espanhol, inglês, russo ou qualquer outro idioma, a frase "Proibido fumar" é cada vez mais constante mundo afora. Desde fevereiro de 2005 entrou em vigor a Convenção Quadro para o Controle do Tabaco (CQTC), um tratado feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e assinado por 192 países.

A convenção traz em seu texto medidas para reduzir a epidemia do tabagismo em proporções mundiais, abordando temas como propaganda, publicidade e patrocínio, advertências, marketing, tabagismo passivo, tratamento de fumantes, comércio ilegal e impostos.

O Brasil foi um dos líderes em seu processo de desenvolvimento, entre 1999 e 2003, e o principal objetivo do tratado é, a partir de tais medidas, proteger gerações presentes e futuras das conseqüências sanitárias, sociais, ambientais e econômicas geradas pelo consumo e pela exposição ao tabaco.

A Irlanda foi o primeiro país do mundo a aprovar uma lei nacional de banimento do fumo, em 2004, antes mesmo da CQTC entrar em vigor. A idéia logo foi seguida pela Noruega, Suécia e Nova Zelândia.

No mesmo ano, o Butão, na Ásia, tomou uma atitude bem mais radical: baniu totalmente o tabaco de seu território, inclusive a venda de cigarros. Até o momento, não há registro de nenhum outro país que tenha uma lei tão rígida. Apesar disso, os cidadãos deste país que viajam ao exterior, podem entrar no país com cigarros, mas os produtos estão sujeitos a um imposto de pelo menos 100%.

Mas foi o ano de 2006 que ficou marcado como o da luta contra o cigarro. No Canadá, as províncias de Ontário e Quebec, as mais populosas do país, aprovaram uma legislação rigorosa após a morte de uma garçonete. Ativista antitabaco, ela virou celebridade ao assumir na televisão que desenvolveu um câncer de pulmão por ser fumante passiva em seu ambiente de trabalho.

Nos Estados Unidos já são 2.300 cidades que incluíram o tabaco na lista negra. Entre elas figuram Nova Iorque, São Francisco, Los Angeles, Chicago e Washington. No Estado de Ohio, por exemplo, é proibido fumar nas entradas dos edifícios, já que a lei obriga que os fumantes permaneçam a pelo menos seis metros de distância do local para que a fumaça não contamine o ambiente de trabalho. Já nos Estados de Luisiana, Arkansas e Texas o tabaco não é permitido nem dentro dos automóveis caso haja a presença de menores de seis anos. Mas é a pequena Calabasas, na Califórnia, que se destaca: desde março de 2006 é a única cidade norte-americana a ser totalmente livre de fumaça, já que lá é proibido fumar até nas calçadas. Os infratores estão sujeitos a multas e até prisão.

Em junho, o presidente norte-americano, Barack Obama, assinou um projeto de lei que, pela primeira vez, confere ao governo dos EUA poderes amplos para regulamentar os cigarros e outros produtos à base de tabaco.

Obama, que contou ter começado a fumar quando era adolescente, disse que a nova lei vai reduzir a capacidade das empresas de tabaco de divulgar seus produtos junto a crianças e adolescentes.

Na época da assinatura ele chegou a declarar que a lei vai forçar as empresas produtoras de tabaco a admitirem mais clara e publicamente os efeitos prejudiciais e mortais dos produtos que vendem.

A lei marcou o ponto culminante de uma luta lançada há mais de uma década por parlamentares adversários da indústria do tabaco para colocar os cigarros sob o controle da Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês).

A lei autoriza a FDA a impor novos e rígidos limites à fabricação e ao marketing dos produtos à base de tabaco, mas não chega a proibir os cigarros ou seu ingrediente causador de dependência, a nicotina.

Quase 20% dos norte-americanos são fumantes. O tabaco mata 440 mil pessoas por ano nos Estados Unidos em função de câncer, doenças cardíacas, enfisema e outras doenças, dizem as autoridades.

A Espanha possui leis brandas contra o tabaco. No país, é proibido fumar em ambientes fechados. Alguns locais com mais de 100 metros quadrados podem designar 30% de sua área a fumantes. Já estabelecimentos com espaços menores podem ter fumantes ou não.

Segundo Ildefonso Aguado, diretor de saúde pública na Espanha, infelizmente não se respeita muito essa separação. "Em Madri, mesmo com a fiscalização, muita gente fuma onde bem entender. E para que a lei seja cumprida é necessário que haja uma denúncia, coisa que poucos fazem", diz.

Além disso, ele conta que a princípio, mesmo com parte da população aprovando a norma, houve certa resistência. "Os comerciantes, donos de bares e restaurantes queriam impedir a aprovação da lei. Eles contavam com a ajuda de organizações sindicais. Mas, por sorte, nós contávamos com um grande apoio parlamentar."

Na Argentina a legislação que controla o tabaco avançou a níveis municipais e

provinciais. "Infelizmente nacionalmente não tivemos as mesmas conquistas, apesar dos vários projetos apresentados por parte dos poderes Executivo e Legislativo", diz Mario Virgolini, coordenador do Programa Nacional de Controle do Tabaco naquele país.

Atualmente, sete províncias argentinas contam com leis vigentes de ambientes

100% livres de fumo. São elas: Santa Fé, Córdoba, Tucumã, San Juan, Neuquem, Mendoza e Entre Rios. Nesses lugares foi proibido o consumo de cigarro e derivados em espaços públicos fechados, sem admitir separação entre fumantes ou não fumantes.

Outras três províncias estabeleceram ambientes livres de tabaco, mas ainda permitem setores para fumar em bares e restaurantes, de acordo com o tamanho do estabelecimento. É o caso de Catamarca, província de Buenos Aires e a capital do país. Aliás, na cidade de Buenos Aires há restrições quanto à publicidade, promoção e patrocínio do tabaco.

Segundo Virgolini, a legislação antitabaco vem sendo cumprida pelos argentinos. "A maioria das províncias estabeleceram mecanismos de fiscalização através de um corpo de inspetores e um telefone para denúncias. Além disso, muitas pessoas não permitem que se fume em ambientes fechados e acabam colaborando para o cumprimento da mesma", diz.

Um estudo realizado pelo Ministério da Saúde argentino, em 2006, apontou que o país gastou em 2006 aproximadamente 6,9 bilhões de pesos argentinos para atender pessoas com problemas causados pelo consumo de tabaco. Para

se ter idéia, a cifra é muito superior ao que o governo arrecadou de impostos no mesmo ano, algo em torno de 4,2 bilhões de pesos argentinos.

Do outro lado do mundo, o Japão não tem proibição nacional do fumo. Uma lei de 2003 encoraja escolas, hospitais, teatros e restaurantes a fazer esforços para evitar a exposição de não fumantes, mas não prevê punições. Hoje, há banimentos pontuais, como em táxis, trens e estações, além de prédios públicos. Tóquio e Kyoto têm ruas em que é proibido fumar. Nessas ruas, uma indústria do tabaco instalou espaços para fumódromos. A multa para quem fuma nas ruas de Chiyoda Ward, região que implementou o banimento, ou atira bitucas no chão, vai de 2 mil a 20 mil ienes, algo em torno de 20 e 200 dólares.

Mas, apesar de todo esse esforço em todo o planeta, um relatório publicado pela OMS em 2008 apontou que apenas 5% de população mundial está plenamente coberta por qualquer das principais intervenções que reduziram significativamente o consumo de tabaco nos países que as implementaram. Ou seja: ainda há muito a ser feito.


Texto extraido do site:http://www.capec.org.br/leiantifumo.html

FALANDO SOBRE TABAGISMO



Tabagismo, uma nova doença?
Antigamente, o ato de fumar era considerado normal e charmoso. Os tempos mudaram com a descoberta pela Medicina de que fumar prejudica seriamente a saúde. Por isso, a Organização Mundial de Saúde considera o Tabagismo uma doença crônica, como o Diabetes e a Hipertensão arterial, devendo ser controlada e tratada.

Os dados abaixo nos assuntam. O cigarro é causa de:

* 90% dos casos de Câncer de Pulmão;
* 80% dos casos de Enfisema Pulmonar;
* 40% dos casos de Derrame Cerebral e Bronquite Crônica;
* 25% das causas de Infarto de Miocárdio;
* No Brasil, 30% da população adulta fuma;
* Morre um brasileiro a cada cinco minutos em conseqüência do Tabagismo.

Pulmão e Tabagismo
Existem claras evidencias de causa e efeito, entre Tabagismo e doenças respiratórias. As mais citadas são: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e o Câncer de Pulmão.

O Tabagismo é a maior causa de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), que compreende a associação entre Bronquite e Enfisema Pulmonar. A DPOC está ligada diretamente ao tempo de Tabagismo e ao número de cigarros fumados ao dia, e causa uma deterioração da função pulmonar de maneira progressiva e letal. A sintomatologia mais marcante neste paciente é a falta de ar, que é um fator de limitação das suas atividades de vida diária, causando um alto custo social e financeiro. Nas pessoas portadoras de DPOC que deixam de fumar, existe uma perspectiva de melhora da função pulmonar e da sua qualidade de vida.

De cada dez casos de Câncer de Pulmão, nove estão associados ao Tabagismo.Quanto maior o tempo de vício, maior risco de desenvolvimento da doença.O Câncer de Pulmão é um dos mais traiçoeiros e agressivos. Quando os primeiros sintomas surgem (tosse persistente, dor no peito, rouquidão, falta de ar, entre outros) a doença tende a estar em estágio avançado.Nos últimos dez anos, com aumento do hábito de fumar entre mulheres, o câncer de pulmão é a segunda causa de câncer no sexo feminino. Após dez anos de abandono do fumo, o risco de morte por Câncer de Pulmão decai de 30 a 50% em ambos os sexos.

Sabe-se também que o Tabagismo é responsável pelo aumento de infecções respiratórias (gripes e pneumonias) e das crises de broncoespasmo (chieira) nos asmático; pela maior freqüência de complicações respiratórias após as cirurgias, pelo surgimento da Bronquiolite Respiratória e agravamento das doenças pulmonares ocupacionais.

Combatendo o vício. O que fazer? Como parar de fumar?
Parar de fumar é o resultado de uma tomada de consciência acerca dos malefícios que o fumo causa no organismo e o que isso representa em sua vida e de seus familiares. Tem que haver uma modificação completa do estilo de vida, hábitos além do desapego do cigarro.

Procure um serviço de saúde mais próximo de sua casa, onde você receberá as primeiras orientações sobre como iniciar um tratamento para abandonar o cigarro.

Lembre-se que “muitos daqueles que tiveram grandes fracassos ao tentar parar de fumar, poderão ter um dia o grande sucesso de consegui-lo” (Murad,J.E.)

Por: Oswaldo Afonso da Silva Filho, Pneumologista - SECOPTT

Texto extraido do site:http://www.tabagismoonline.com.br/entendendo-melhor/pneumologia/falando-sobre-tabagismo/

CASOS REAIS -RELATOS DE SUCESSO

Luzia Friaça

"Eu fumava há dezesseis anos e me sentia um lixo por isso, por fim. Comecei a ficar envergonhada do meu cheiro, do meu vício e comecei a desejar ardentemente ser uma ex-fumante. Fechava os olhos e me imaginava livre do cigarro.

Até que um belo dia entrei numa terrível crise de consciência e pensei: se eu não parar de fumar hoje, não paro nunca mais. Na época não havia esse tipo maravilhoso de ajuda que existe hoje, tive que parar na raça mesmo.

Para me ajudar, me preparei psicologicamente da seguinte maneira: Bom, se eu quero parar de fumar, devo saber que não será nada fácil. Então, se a vontade vier, devo resistir a qualquer preço.

De fato, não foi nada fácil. Me lembro que tive crises de abstinência, chorava, perdia o sono, engordei 3 quilos, mas resisti e não fumei. Isso foi há quinze anos. Nunca mais toquei em cigarro e como Assistente Social estou me capacitando para montar o meu primeiro grupo de tabagismo na UBS onde trabalho.

Agradeço a Deus primeiro, porque ELE foi a minha maior força. E sei que também estou de parabéns porque fiz a minha parte.

Até hoje quando penso nessa vitória fico muito feliz.

Abraços a todos."

Texto extraido do site: http://www.tabagismoonline.com.br/casos-reais/relatos-de-sucesso/luzia-friaca/

KELLY E LUIZA, TRANSPLANTADAS NO INCOR-SP (BRASIL)

quinta-feira, 17 de março de 2011

TRANSPLANTE DE PULMÃO É VIÁVEL

Embora os avanços em transplante de pulmão, ainda hoje muitos médicos desconhecem e, em muitos casos, até mesmo contra-indicam a cirurgia aos pacientes, alegando dificuldades no procedimento e no pós-operatório. “Acreditamos que isso ocorra pela falta de informação do clínico sobre as indicações do transplante, da possibilidade de realizá-lo e sobre o caminho que o paciente deve seguir para sua realização“, explica Jatene, diretor da equipe de sete médicos cirurgiões e clínicos e 15 especialistas multiprofissionais do transplante pulmonar do Incor.

O número reduzido de centros de referência em transplante de pulmão no país também é uma das dificuldades no atendimento. Segundo Dra. Marlova Caramori, pneumologista chefe da equipe, os números internacionais indicam potencial demanda de transplante pulmonar no Brasil de dois pacientes por milhão de habitantes, ou seja, aproximadamente 340 transplantes por ano. “Atualmente os números oscilam em torno de 30 transplantes realizados por ano no Brasil. Acreditamos que com a reestruturação de alguns serviços, possamos atingir 60 transplantes por ano a curto e médio prazos“.

Os pacientes submetidos a transplante são acompanhados continuamente pela equipe especializada do hospital. Invariavelmente, como todos os pacientes transplantados, apresentam intercorrências ao longo do tempo, que necessitam de exames, medicações e, muitas vezes, de internações acompanhadas ou não de procedimentos endoscópicos ou cirúrgicos. “O transplante é um grande investimento em todos os sentidos e, no caso de doentes do pulmão em estágio avançado, uma ótima, e senão única, alternativa para a melhoria da qualidade de vida“.

INDICAÇÕES DE TRANSPLANTE DE PULMÃO

O paciente com indicação para transplante de pulmão tem doença pulmonar, com exceção de câncer, em estágio avançado e cujo tratamento não responde mais aos medicamentos. Sua expectativa de vida com a doença gira em torno de dois a três anos e sua idade máxima, no geral, não deve ultrapassar 65 anos. Além disso, ele deve ter condições de se locomover e morar próximo ao centro de referência para tratamento prolongado.

São contra-indicados para transplante de pulmão pacientes fumantes e que apresentam coronariopatia, cirrose, insuficiência renal, hepatite aguda; infecção extrapulmonar; HIV e câncer, entre outras doenças em estágio avançado.

CAPTAÇÃO DE ÓRGÃOS

A captação do pulmão de doadores para transplante é um processo bastante complexo. O pulmão é o primeiro órgão a se deteriorar no processo de morte encefálica. Nessa condição, geralmente o potencial doador necessita dde suporte respiratório que, muitas vezes, compromete a qualidade do órgão. Além disso, boa parte dos doadores com morte cerebral por acidente tem os pulmões comprometidos por trauma torácico, o que inviabiliza a doação. O pulmão é também um órgão sujeito à contaminação direta pelo ar, tanto no caso do doador quanto no do receptor. Todos esses fatores inviabilizam a captação de cerca de 80% dos pulmões doados.

Fonte: Midiacon

INDICAÇÕES PARA O TRANSPLANTE PULMONAR
Indicação Geral
O transplante pulmonar está indicado ao paciente portador de pneumopatia terminal, com seveRa limitação funcional, com expectativa de vida menor que 18 meses, sem alternativas terapêuticas, sem co-morbilidades, com menos de 65 anos de idade, com adequada condição psicosocial e familiar e boa motivação para viver.

Contra Indicaçõees

Absolutas

-Infecção extrapulmonar ativa.

-Disfunção de órgãos-alvo, especialmente rim e fígado, que serão agredidos pelas drogas imunossupressoras.

-Neoplasia tratada há menos de 3 anos.

-Infecção por HIV.

-Positividade para antígeno da hepatite B.

-Hepatite C com dano hepático comprovado anatomopatologicamente.

-Coronariopatia intratável com angioplastia ou disfunção ventricular esquerda.

-Tabagismo ativo.

-Ausência de adequada estrutura social e familiar de apoio.

Relativas

-Analfabetismo.

-Dependência de corticóide. A necessidade de doses maiores de 20mg/dia não é freqüente , pelo menos a partir do momento em que admite a falência do tratamento clinico e se cogita de transplante..

-Osteoporose sintomática ou assintomática podem se agravar com a manutenção da corticoterapia. Muitas vezes o retorno a uma atividade física pós-transplante escancara a péssima condição osteoarticular desses pacientes que eram assintomáticos enquanto sedentários. A desintometria deve fazer parte da avaliação o uso crônico de corticóides..

Ventilação mecânica: ainda que muitos casos tenham sido exitosamente - transplantados sob ventilação mecânica, o risco de infecção a partir de colonização com germes hospitalares, é sem dúvida, maior.

Colonização por germes resistentese fungos. O tratamento clinico com - esquemas múltiplos pode reduzir o risco de infecção no pós-operatório desses pacientes, mas alguns centros não aceitam transplantar pacientes colonizados por Aspergillus ou Pseudomonas cepace.


Fonte: Revista AMRIGS, Porto Alegre


Doenças que pode levar ao Tx Pulmonar
Asbestose

O asbesto é um composto por silicatos minerais fibrosos com diferentes composições químicas. Quando inaladas, as fibras de asbestos depositam –se profundamente nos pulmões, provocando formação de cicatrizes.

A inalação de asbestos também pode acarretar o espessamento de duas membranas que revestem os pulmões (pleura). Os indivíduos que trabalham com asbestos apresenta riscos de desenvolver uma doença pulmonar. Os operários do setor de demolição, que trabalham em edifícios que contem isolamentos que contem asbesto, também corre risco, embora menor. Quanto mais o indivíduo expõe às fibras de asbesto, maior é o risco de desenvolver a doença.

Sintomas:

Aparecem gradualmente, somente após ter havido a formação de muitas cicatrizes e os pulmões terem perdido a elasticidade. Os sintomas iniciais são uma dificuldade respiratória discreta e a diminuição da capacidade de realizar exercícios. Já os tabagistas inveterados podem apresentar tosse e sibilos.

O câncer de pulmão está relacionado em parte ao grau de exposição às fibras de asbesto. No entanto, indivíduos com asbestose, o câncer de pulmão ocorre quase exclusivamente nos que também são tabagistas, sobretudo naqueles que consomem mais de um maço de cigarros por dia.

Diagnóstico: O médico diagnostica por meio de radiografia, provas de função pulmonar e biópsia para identificar ou não presença de tumores cancerosos.

Prevenção e Tratamento: Pode ser evitada com a minimização da poeira e fibras de asbesto e o abandono do vicio de cigarros. A oxigenoterapia diminua a dificuldade respiratória, e a drenagem do liquido em torno do pulmão facilitam a respiração. Em determinadas ocasiões, o transplante pulmonar é bem sucedido no tratamento da asbestose.

Fonte: www.manualmerck.net


Deficiência de alfa-1 antitripsina

História natural da deficiência de alfa-1 antitripsina (AAT)A principal complicação da deficiência de AAT e, portanto, a mais estudada é o desenvolvimento de enfisema pulmonar. Ao longo dos anos, a suspeita de deficiência de AAT, na maioria das vezes, foi feita a partir do diagnóstico de enfisema pulmonar, o que pode ter selecionado pacientes com evolução mais grave da doença. A partir de estudos genéticos realizados em familiares de pacientes inicialmente diagnosticados, pôde-se observar que alguns pacientes com deficiência de AAT, mesmo em suas formas mais graves (PiZZ e PiZ-nulo), têm melhor evolução, mostrando que outros fatores são importantes no desenvolvimento do enfisema.

Quando são acompanhados pacientes selecionados a partir do diagnóstico do enfisema, a doença se inicia entre a terceira e a quarta década de vida e, em geral, a média de vida fica em torno de 40 anos para os fumantes e ao redor de 65 anos para os não-fumantes. Além do tabagismo, os fatores que podem acelerar o desenvolvimento de enfisema nesses pacientes são exposição a outras substâncias nocivas, infecções de repetição e hiperresponsividade brônquica. A presença de outros fatores genéticos envolvidos também não pode ser afastada.

Conhecendo-se a história natural da deficiência de AAT, algumas medidas preventivas em relação ao desenvolvimento de enfisema podem ser implementadas:
• combate rigoroso ao tabagismo;
• vacinação contra influenza e pneumococo; tratamento precoce de infecções respiratórias;
• controle da hiperreatividade brônquica;
• retirada de outras exposições a agentes nocivos, como tabagismo passivo, outras fumaças e poeiras.

Em relação às demais complicações da deficiência de AAT, grandes destaque têm sido dado ao surgimento de cirrose hepática em indivíduos idosos que nunca fumaram. Tratamento não específicoOs pacientes que desenvolvem enfisema pulmonar devem receber o tratamento convencional dessa doença, que inclui:• tratamento medicamentoso:

• Reabilitação pulmonar.
• Oxigenoterapia domiciliar prolongada.
• Suporte ventilatório
• Tratamento cirúrgico: * cirurgia redutora de volume pulmonar – o enfisema por deficiência de AAT é uma situação em que os resultados da cirurgia redutora não são bons, portanto sua indicação deve ser individualizada criteriosamente; * transplante de pulmão.

Publicado por: Dra. Shirley de Campos


Doença Pulmonar Obstrutiva crônica
O que é?

A doença pulmonar obstrutiva crônica é uma doença crônica dos pulmões que diminui a capacidade para a respiração. A maioria das pessoas com esta doença apresentam tanto as características da bronquite crônica quanto as do enfisema pulmonar. Nestes casos, chamamos a doença de DPOC. Quando usamos o termo DPOC de forma genérica, estamos nos referindo a todas as doenças pulmonares obstrutivas crônicas mais comuns: bronquite crônica, enfisema pulmonar, asma brônquica e bronquiectasias. No entanto, na maioria das vezes, ao falarmos em DPOC propriamente dito, nos referimos à bronquite crônica e ao enfisema pulmonar.

A bronquite crônica está presente quando uma pessoa tem tosse produtiva (com catarro) na maioria dos dias, por pelo menos três meses ao ano, em dois anos consecutivos. Mas outras causas para tosse crônica, como infecções respiratórias e tumores, têm que ser excluídas para que o diagnóstico de bronquite crônica seja firmado.

O enfisema pulmonar está presente quando muitos alvéolos nos pulmões estão destruídos e os restantes ficam com o seu funcionamento alterado. Os pulmões são compostos por incontáveis alvéolos, que são diminutos sacos de ar, onde entra o oxigênio e sai o gás carbônico.
Na DPOC há uma obstrução ao fluxo de ar, que ocorre, na maioria dos casos, devido ao tabagismo de longa data. Esta limitação no fluxo de ar não é completamente reversível e, geralmente, vai progredindo com o passar dos anos.

Como se desenvolve?

O DPOC se desenvolve após vários anos de tabagismo ou exposição à poeira (em torno de 30 anos), levando a danos em todas as vias respiratórias, incluindo os pulmões. Estes danos podem ser permanentes. O fumo contém irritantes que inflamam as vias respiratórias e causam alterações que podem levar à doença obstrutiva crônica.

O que se sente?

Os sintomas típicos de DPOC são: tosse, produção de catarro e encurtamento da respiração. Algumas pessoas desenvolvem uma limitação gradual aos exercícios, mas a tosse somente aparece eventualmente. Outras, costumam ter tosse com expectoração (catarro) durante o dia, principalmente pela manhã, e tem maior facilidade de contrair infecções respiratórias. Neste caso, a tosse piora, o escarro (catarro) torna-se esverdeado ou amarelado, e a falta de ar poderá piorar, surgindo, às vezes, chiado no peito. À medida que os anos passam e a pessoa segue fumando, a falta de ar vai evoluindo. Pode começar a aparecer com atividades mínimas, como se vestir ou se pentear, por exemplo. Algumas pessoas com DPOC grave poderão apresentar uma fraqueza no funcionamento do coração, com o aparecimento de inchaço nos pés e nas pernas.
Como o médico faz o diagnóstico?

O médico faz o diagnóstico baseado nas alterações identificadas no exame físico, aliado às alterações referidas pelo paciente e sua longa exposição ao fumo. O médico poderá, ainda, solicitar exames de imagem ou de função pulmonar, além de exames de sangue. Todos estes exames complementares irão corroborar o diagnóstico de DPOC. Os exames de imagem, como a radiografia ou a tomografia computadorizada do tórax mostrará alterações características da doença. A espirometria, que é um exame que demonstra como está a função pulmonar, usualmente demonstra a diminuição dos fluxos aéreos. Neste exame, a pessoa puxa o ar fundo e assopra num aparelho que medirá os fluxos e volumes pulmonares. Outro exame importante é a gasometria arterial, em que é retirado sangue de uma artéria do paciente e nele é medida a quantidade de oxigênio. Nas pessoas com DPOC, a oxigenação está freqüentemente diminuída.

Como se trata?

A primeira coisa a fazer é parar de fumar. Nas pessoas com muita dificuldade para abandonar o fumo, podem ser utilizadas medicações que diminuem os sintomas causados pela abstinência deste. Os broncodilatadores são medicamentos muito importantes no tratamento. O uso de oxigênio domiciliar também poderá ser necessário no tratamento da pessoa com DPOC, melhorando a qualidade e prolongando a vida do doente. Além disso, a reabilitação pulmonar através de orientações e exercícios também poderá ser indicada pelo médico com o intuito de diminuir os sintomas da doença, a incapacidade e as limitações do indivíduo, tornando o seu dia-a-dia mais fácil.

Devemos lembrar a importância da vacinação contra a gripe (anual) e pneumonia, que, geralmente, é feita uma única vez.

Como se previne?

Evitar o fumo é a única forma de prevenção da doença.

Fonte: www.abcdasaude.combr

Doença Pulmonar Obstrutiva crônica

Discinesia Ciliar
A discinesia ciliar prima´ria é uma doença hereditária caracterizada por anormalidades ultra-estruturais ciliares que comprometem a atividade ciliar normal,com conseqüências diretas, sobre o clearence mucociliar, predispondo a infecções respiratórias repetidas e resultando em doença obstrutiva crônica do trato respiratório. Sua prevalência é de 1/200.00, segue um padrão autossômico recessivo de transmissão, acomete ambos os sexos e não apresenta predileção por grupos raciais. Os cromossomos, 6, 7 e 19 parecem estar envolvido com a patogênese, porem é uma condição geneticamente heterogênea e, provavelmente, mais de uma mutação, por seu fenótipo.
Com a progressão da doença, surgem sintomas de infecção de trato respiratório inferior e desenvolvimento como bronquiectasia, hipocratismo digital e déficit de crescimento. A tríade clássica da sinusopatia, bronquiectasia e situs inversus está aproximadamente metade dos pacientes, construindo a síndrome de kartagener. No individuo adulto, pode apresentar-se tosse produtiva crônica, sinusopatia crônica e otite media de repetição. Infertilidade masculina pode ser queixa predominante na presença ou não de sintomas respiratórias, uma vez que o curso da doença é variável e alguns indivíduos podem atingir a vida adulta com poucos sintomas respiratórios. As alterações radiológicas são pouco especificas. A radiografia dos seios da face evidencia outras alterações importantes para a confirmação da doença bem como tomografia de alta resolução de tórax que tem especial valor na avaliação de bronquiectasia, demonstrando a localização características em lobos médios e lobos inferiores dos pulmões. Quanto ao tipo de bronquiectasia cilíndricas são encontradas em maior numero em relação às císticas e varicosas, porem não constituem um padrão característico da doença uma vez que também podem ser encontradas em outras desordens.
Diagnóstico: A partir da suspeita clinicas, alguns exames com valor presuntivo podem ser realizados, como o teste de sacarina.

Tratamento: O objetivo é o tratamento precoce das infecções de vias áreas superiores e ouvi médio e a prevenção do desenvolvimento de complicações como déficit auditivo e bronquiectasia. Imunizações, antibióticos fisioterapia tem grande importância ao bem estar do paciente. Em casos mais avançados, o tratamento pode ser mudado para um transplante pulmonar.

Fonte: www.abcdasaude.com.br

Doença Pulmonar Obstrutiva crônica
Enfisema Pulmonar
Caracteriza-se o Enfisema Pulmonar por dilatação permanente e anômala dos espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal, com destruição e ruptura de suas paredes.
Complicações do enfisema pulmonar
Enfisemas pulmonares que cursem com ampla destruição do tecido levam à redução do leito capilar alveolar, à hipóxia severa e à insuficiência respiratória. Conseqüentemente ocorre: sobrecarga das câmaras cardíacas e insuficiência cardíaca direita (cor-pulmonale), policitemia, tendência ao desenvolvimento de tromboses.

Em qualquer tipo de enfisema podem desenvolver-se "bolhas" subpleurais que são espaços aéreos dilatados e amplos, com paredes muito delgadas e que contêm ar sob pressão. A rotura destas bolhas faz com que o ar escape ao espaço pleural desenvolvendo-se pneumotórax hipertensivo e atelectasia.

Tratamento: Deixar de fumar, antibioticoterapia, fisioterapia e possível transplante pulmonar.

Fonte www.hc.ufpr.br


Fibrose Cística
A Fibrose Cística, também conhecida como Mucoviscidose, é uma doença genética autossômica recessiva causada por um distúrbio nas secreções de algumas glândulas. Nos pacientes afetados, as glândulas exócrinas produzem uma secreção muito mais espessa do que nas crianças normais. Calcula-se que a viscosidade do muco respiratório seja de 30 a 60 vezes maior que em indivíduos normais, dificultando sua depuração através do batimento ciliar.

É uma situação grave, que afeta principalmente os pulmões e o aparelho digestivo, podendo afetar também outras glândulas secretoras do corpo, o que causa danos a órgãos como, pâncreas, fígado e ao reprodutor.

Nos pulmões, essas secreções obstruem a passagem do ar e retém bactérias, facilitando as infecções respiratórias.

No trato gastrointestinal, a falta de secreções adequadas compromete o processo digestivo.
Os pacientes geralmente apresentam uma mistura de sintomas respiratórios e gastrointestinais de graus variáveis, podendo uns predominar sobre os outros.

Sua incidência é variável de acordo com a população estudada, sendo razoável a incidência de um para 2500, com freqüência de um portador do gene em 40 pessoas na raça branca. A doença é pouco freqüente na raça negra um para 17 mil negros americanos e rara em orientais um para 90 mil. Apesar disso a fibrose cística ocorre em todas as raças.

Diagnóstico: Pode ser feito com um teste de dosagem de cloro no suor, pois os indivíduos afetados segregam quantidades excessivas de sal no suor. Também pode ser feito um exame genético com amostra de sangue.

Tratamento: o paciente deve tomar enzimas para facilitar a digestão e seguir uma dieta rica em calorias, vitaminas e sais minerais. Deve também realizar fisioterapia respiratória, e fazer tratamentos com antibióticos para prevenir complicações pulmonares.
Mesmo sem proporcionar a cura, o tratamento tem melhorado em muito o prognóstico da doença.

A terapia gênica para Fibrose Cística já está sendo testada e representa uma grande esperança para os pacientes afetados.

Além do exame de suor, a doença pode ser identificada através de exame de sangue, DNA e também através do exame do pezinho.

Apesar de inquestionáveis avanços no conhecimento da doença com a descoberta do gene, seu produto e função, muitas questões permanecem sem respostas e o tratamento específico ainda é perspectiva futura.

Atualmente existem evidências de que a maior sobrevida dos afetados por FC ocorre com os pacientes tratados em centros onde há atuação de equipe multiprofissional. Os objetivos da equipe são a manutenção adequada da nutrição e crescimento normal, prevenção e terapêutica agressiva das complicações pulmonares, estimular a atividade física e fornecer suporte psicosocial.

Fisioterapia obrigatória é parte integral no manejo de paciente com FC e o transplante pulmonar contribui para a qualidade de vida.

Fonte: www.manualmeck.net


Fibrose Pulmonar Idiopática
Muitas doenças podem provocar fibrose pulmonar, especialmente as alterações do sistema imunitário.

No entanto, apesar de as causas poderem ser muitas, em metade das pessoas com fibrose pulmonar estas não chegam a ser descobertas. Considera-se que estas pessoas estão afetadas de fibrose pulmonar idiopática (alveolite fibrosa, pneumonia intersticial). O termo idiopático significa de causa desconhecida.

Sintomas e Diagnóstcos: Os sintomas dependem do grau de deterioração pulmonar, da velocidade com que a doença evolui e do desenvolvimento das complicações, como as infecções e a insuficiência cardíaca. Os sintomas característicos começam de forma insidiosa, como a dispnéia durante um esforço e a diminuição da força. Os sintomas mais habituais são tosse, perda de apetite, perda de peso, cansaço, debilidade e dores ligeiras no peito. Nas etapas finais da doença, à medida que a concentração de oxigênio diminui, a pele pode tomar uma tonalidade azulada e as extremidades dos dedos engrossam ou adquirem a forma de baqueta de tambor. O esforço excessivo do coração pode levar à insuficiência cardíaca. Esta insuficiência cardíaca provocada por uma doença pulmonar subjacente chama-se cor pulmonale.A pneumonia intersticial descamativa, uma variante da fibrose pulmonar idiopática, tem os mesmos sintomas, embora o aspecto microscópico do tecido pulmonar seja distinto.A pneumonia intersticial linfóide, outra variante, afeta principalmente os lobos inferiores do pulmão. Cerca de um terço dos casos ocorre em indivíduos que sofrem da síndrome de Sjögren. A pneumonia intersticial linfóide pode desenvolver-se em crianças e em adultos que sofrem de SIDA. A pneumonia evolui de forma lenta, podendo provocar tanto a formação de quistos nos pulmões como o linfoma.

Tratamento: Se observar uma cicatrização pouco extensa na radiografia do tórax ou na biopsia do pulmão, o tratamento habitual consiste em corticosteróides, como a prednisona. O médico avalia a resposta do doente através de radiografias do tórax e provas de função respiratória. Os outros tratamentos são dirigidos para o alívio dos sintomas: terapia de oxigênio se o conteúdo do mesmo no sangue for baixo, antibióticos para a infecção e fármacos para a insuficiência cardíaca. Vários centros médicos estão a utilizar o transplante de pulmão em pessoas que sofrem de fibrose pulmonar idiopática grave.

Fonte: www.manualmerck.net

HAP (Hipertensão Arterial Pulmonar)
A HAP é uma síndrome caracterizada por um aumento progressivo na resistência vascular pulmonar levando à sobrecarga do ventrículo direito e finalmente a falência de ventrículo direito e morte prematura.

O aumento na resistência vascular pulmonar está relacionado com varias alterações progressivas nas arteríolas pulmonares, incluindo:
• vasoconstrição
• remodelamento obstrutivo da parede do vaso pulmonar através de proliferação nas varias camadas das paredes dos vasos sanguíneos (células musculares lisa e células endoteliais).
• Inflamação
• Trombose in situ.
Na maioria dos casos o sintoma inicial é a dispnéia (falta de ar) progressiva, inicialmente durante o exercício físico, evoluindo até condição de repouso. Outros sintomas incluem síncope ou quase síncope, fadiga e edema periférico.1 Aperto no peito e dor similar a angina podem ocorrer, particularmente durante o exercício físico.

Embora a HAP seja uma doença rara, com uma prevalência estimada de 30 a 50 casos por milhão, a prevalência da HAP em alguns grupos de risco é substancialmente maior.

A HAP idiopática é mais comum em mulheres jovens com uma média de idade ao diagnóstico de 36 anos. Contudo ela pode ocorrer em qualquer idade.

A HAP idiopática é duas vezes mais comum em mulheres que em homens.Embora a prevalência relativa real de HAPi, HAPf e HAPa sejam desconhecidas, é provável que a HAPI seja responsável por pelo menos 40% dos casos, e a HAPa pela maioria dos demais casos.

Devido à natureza não específica dos sintomas, a HAP é mais freqüentemente diagnosticada quando os pacientes atingem um estágio avançado da doença sugerindo que a prevalência real pode ser maior que a documentada na literatura.

Não há atualmente cura para a HAP, mas os avanços no entendimento de como a doença se desenvolve. Tratamentos disponíveis que têm ajudado a melhorar o prognóstico de pacientes com essa doença.

Tratamentos que são rotineiramente usados são:
• Anticoagulantes
• diuréticos
• terapia com oxigênio
• bloqueadores de canais de cálcio

Em casos muito graves, opções cirúrgicas podem ser consideradas:
• septostomia atrial com balão;
• transplante de coração e de pulmão

Fonte: www.hipertensaopulmonar.com.br


Histiocitose X
A histiocitose X é um conjunto de perturbações (doença de Letterer-Siwe, doença de Hand-Schüller-Christian, granuloma eosinófilo) em que proliferam macrófagos anormais (histiocitos) e outro tipo de células do sistema imunitário chamadas eosinófilos, especialmente no osso e no pulmão, provocando muitas vezes a formação de cicatrizes.

A doença de Letterer-Siwe começa antes dos 3 anos de idade e, sem um tratamento adequado, é geralmente mortal. Os histiocitos não só deterioram os pulmões, mas também a pele, os gânglios linfáticos, os ossos, o fígado e o baço. Pode produzir-se também o colapso pulmonar (pneumotórax).

A doença de Hand-Schüller-Christian começa geralmente na primeira infância, mas pode aparecer também em pessoas de meia idade. Os pulmões e os ossos são afetados com maior freqüência. Em casos excepcionais, a lesão da hipófise pode provocar por um lado a protrusão dos globos oculares (exoftalmos) e, por outro, a diabetes insípidas, um processo em que se produz grande quantidade de urina que chega a provocar desidratação.

O granuloma eosinófilo tende a manifestar-se entre os 20 e os 40 anos. Geralmente, afeta os ossos, mas em 20 % dos casos afeta também os pulmões, que, por vezes, são os únicos afetados. Quando afeta os pulmões, pode surgir tosse, falta de ar, febre e perda de peso; no entanto, algumas pessoas não têm sintomas. Uma complicação freqüente é o colapso pulmonar (pneumotórax). Em alguns casos há indicação de transplante pulmonar.

A recuperação pode ser espontânea em indivíduos com a doença de Hand-Schüller-Christian ou com o granuloma eosinófilo. O tratamento para as três doenças baseia-se em corticosteróides e fármacos citotóxicos como a ciclofosfamida, embora nenhuma terapia seja claramente eficaz. Para a complicação óssea o tratamento é semelhante ao dos tumores ósseos.

www.manualmerck.ne


Linfangioleiomiomatose (LAM)
Linfangioleiomiomatose (LAM) é uma doença rara que foi descrita pela primeira vez na literatura médica em 1937 pelo Dr. Von Stossel. Essa doença caracteriza-se por um tipo não usual de célula muscular que invade o tecido dos pulmões. Com o tempo, essas células musculares causam a obstrução dos pulmões. Apesar dessas células não serem consideradas cancerígenas, elas crescem sem controle dentro dos pulmões, que com o tempo, impedem os pulmões de prover oxigênio para o resto do corpo.

A LAM, geralmente, afeta somente mulheres entre a puberdade e a menopausa. Foram reportados alguns casos em mulheres mais velhas. Não é preciso o número de portadoras dessa doença, mas, calcula-se que seja em torno de 500 mulheres no país.

A LAM é geralmente progressiva, levando a uma crescente falência das funções pulmonares. A progressão da doença pode variar muito de paciente para paciente. Conforme a doença avança, pode haver um maior crescimento de células musculares nos pulmões, repetidos vazamentos de líquidos na cavidade do tórax e pneumotórax de repetição. Com o aumento do número de cistos, o pulmão fica com a aparência de uma colméia.

Diagnóstico: O diagnóstico da LAM pode ser difícil porque os primeiros sintomas são muito parecidos com os sintomas de outras doenças pulmonares, como asma, bronquite e enfisema. Geralmente, a portadora da LAM procura ajuda médica quando sente falta de ar ou dor no tórax e/ou nas costas.

O diagnóstico mais preciso é feito através de tomografia computadorizada do tórax e de biópsia do tecido pulmonar. Muitas mulheres ainda são diagnosticadas erroneamente porque muitos médicos, mesmo pneumologistas, não conhecem a doença. É importante obter o diagnóstico correto da doença o quanto antes para não se correr o perigo de um tratamento inadequado.
Quais são os principais sintomas?

O sintoma mais comum da Linfangioleiomiomatose é falta de ar (dispnéia) com atividade física. No estágio inicial da doença, a pessoa com LAM provavelmente sinta uma diminuição no fôlego somente quando pratica exercícios físicos puxados. Mas, conforme a doença progride, sente-se falta de ar até mesmo quando está descansado.

Outro sintoma muito comum é dor no peito ou nas costas. Fatiga, cansaço e tosses também são sintomas muito freqüentes.

Ocasionalmente, pacientes com LAM tossem para fora pequenas quantidades de sangue.
Quais são os tratamentos?

Pelo fato da linfangioleiomiomatose atingir quase exclusivamente mulheres, os cientistas acreditam que o hormônio estrogênio esteja envolvido no crescimento anormal da célula muscular que caracteriza a doença. Apesar de não haver nenhuma evidência científica direta da relação entre o estrogênio e a LAM, o tratamento tem se baseado na redução da produção ou efeitos do estrogênio. A resposta do tratamento tem sido muito individual e nenhuma terapia tem se mostrado totalmente eficaz.

Terapias de reposição de oxigênio podem se tornar necessárias se a doença tiver uma piora contínua e as funções pulmonares forem prejudicadas. O transplante de pulmão é considerado a última opção.

Fonte: www.alambra.com.br


Silicose
A silicose é a formação permanente de tecido cicatricial nos pulmões causada pela inalação de pó de sílica (quartzo).

A silicose, a doença profissional mais antiga que se conhece, desenvolve-se em pessoas que inalaram pó de sílica durante muitos anos. O pó de sílica é o elemento principal que constitui a areia, sendo por isso freqüente a exposição entre os mineiros do metal, os cortadores de arenito e de granito, os operários das fundições e os oleiros.

Os sintomas aparecem, geralmente, após 20 ou 30 anos de exposição ao pó. No entanto, nos trabalhos em que se utilizam jactos de areia, na construção de túneis e no fabrico de sabões abrasivos que requerem quantidades elevadas de pó de sílica, os sintomas podem surgir em menos de 10 anos Quando se inala, o pó de sílica entra nos pulmões e as células depuradoras, como os macrófagos, engolem-no. Os enzimas libertados pelas células depuradoras causam a formação de tecido cicatricial nos pulmões. No princípio, as zonas cicatrizadas são pequenas protuberâncias redondas (silicose nodular simples), mas, finalmente, reúne-se em grandes massas (conglomerados silicóticos). Estas áreas cicatrizadas não permitem a passagem do oxigênio para o sangue de forma normal. Assim os pulmões perdem elasticidade e requer-se mais esforço para respirar.

Sintomas e diagnóstico
Os indivíduos com silicose nodular simples não têm dificuldade em respirar, mas têm tosse e expectoração devido à irritação das grandes vias aéreas, no processo denominado bronquite. A silicose conglomerada pode causar tosse, produção de expectoração e dispnéia. No princípio, a dispnéia verifica-se só durante os momentos de atividade, mas por fim manifesta-se também durante o repouso.

A respiração pode piorar aos 2 a 5 anos depois de ter deixado de trabalhar com sílica. O pulmão lesado submete o coração a um esforço excessivo e pode causar insuficiência cardíaca, a qual, por sua vez, pode evoluir para a morte. Além disso, os indivíduos com silicose expostos ao microrganismo causador da tuberculose (Mycobacterium tuberculosis) são três vezes mais propensos a desenvolver a tuberculose do que aqueles que não estão afetados pela silicose.
A silicose diagnostica-se com uma radiografia ao tórax que mostra o padrão típico de cicatrizes e nódulos.

Tratamento
A silicose é incurável. No entanto, pode deter-se a evolução da doença, interrompendo a exposição à sílica desde os primeiros sintomas. Uma pessoa com dificuldade em respirar pode sentir alívio com o tratamento utilizado para a doença pulmonar crônica obstrutiva, como são os medicamentos que dilatam os brônquios e expelem as secreções das vias aéreas. Dado que os indivíduos que sofrem de silicose têm um alto risco de contrair tuberculose, devem submeter-se periodicamente a revisões médicas que incluam a prova cutânea para a tuberculose. Também tem indicação ao transplante pulmonar.

www.manualmerck.net


Talcose
O esteatito, também conhecido como talco ou pedra-sabão, é uma rocha metamórfica compacta, plástica, de baixa dureza e fina granulação, untuosa ao tato e facilmente riscada pela unha. Seu principal componente é o talco, im filossilicoto de magnésio hidratado, podendo ocorrer também clorita, serpentina, magnesita, antigorita, enstatita e ocasionalmente, quartzo, magnetita ou pirita.O talco possui vários usos industriais, sendo empregado principalmente no uso na industria de cerâmicas.

A exposição ocupacional cumulativa à poeira de talco pode levar ao desenvolvimento da talcose, peneumoconiose decorrente da inalação e conseqüente deposição de partículas respiráveis de talco nos alvéolos pulmonares. A doença, caracterizada pela fibrose pulmonar progressiva, irreversível sem possibilidade de tratamento eficaz, pode manifestar-se vários anos após o inicio da exposição mesmo depois de cessada a exposição.

SINTOMAS: O sintoma mais freqüente é a dispnéia, que é um sintoma prevalente aos trabalhadores em exposição ocupacional as poeiras. A peneumoconiose, costuma manifestar-se em indivíduos expostos a poeira contendo fibras de asbestos, sobretudo aqueles com peneumoconiose estabelecida. Também ocorre tosse e expectoração em alguns casos.

Tratamento: Entretanto, do ponto de vista da abordagem individual, a definição precisa do tipo de peneumoconiose somente será possível pela realização de biopsia pulmonar, considerada “padrão ouro” para o diagnóstico da peneumoconiose, pois se trata de uma doença de difícil diagnóstico. A gravidade do problema e suas repercussões sobre a saúde e a qualidade de vida dos artesãos em pedra-sabão, muitos deles ainda crianças, exigem a adoção imediata de medidas de proteção e de atenção à saúde desses trabalhadores.

E por ser uma doença de caráter irreversível, poderá ter como tratamento o transplante pulmonar.

Fonte: www.scielo.org.br
Berliose
A beriliose é uma inflamação pulmonar causada pela inalação de poeira ou gases que contêm berílio. No passado, o berílio era comumente extraído para ser utilizado nas indústrias eletrônicas e químicas e na fabricação de lâmpadas fluorescentes. Atualmente, ele é utilizado principalmente na indústria aeroespacial. Além dos trabalhadores dessas indústrias, alguns indivíduos que habitam regiões próximas a refinarias de berílio também apresentam beriliose.
A beriliose difere das outras doenças pulmonares, pois os problemas pulmonares parecem ocorrer apenas em indivíduos sensíveis ao berílio – cerca de 2% daqueles que entram em contato com a substância. A doença pode afetar até mesmo indivíduos cuja exposição tenha sido relativamente curta, e os sintomas podem demorar de dez a vinte anos para se manifestarem.
Sintomas e Diagnóstico: Em alguns indivíduos, a beriliose ocorre subitamente (beriliose aguda), principalmente sob a forma de uma inflamação pulmonar (pneumonite). Os indivíduos com beriliose aguda apresentam um quadro caracterizado por tosse, dificuldade respiratória e perda de peso. A beriliose aguda também pode afetar a pele e os olhos. Outros indivíduos apresentam beriliose crônica, na qual ocorre a formação de um tecido anormal nos pulmões e o aumento de linfonodos.
Nesses indivíduos, a tosse, a dificuldade respiratória e a perda de peso ocorrem de forma gradual. O diagnóstico é baseado no antecedente do indivíduo de exposição ao berílio, nos sintomas e nas alterações características reveladas pela radiografia torácica. No entanto, como as radiografias da beriliose assemelham-se às de uma outra doença pulmonar, a sarcoidose, pode ser necessária à realização de testes imunológicos adicionais.
Prognóstico e Tratamento: A beriliose aguda pode ser grave, ou mesmo fatal. Entretanto, a maioria dos indivíduos recupera-se, apesar de, no início, eles apresentarem-se gravemente doentes. Os pulmões perdem a elasticidade e a função pulmonar é ruim. Com um tratamento adequado, como a instituição de ventilação assistida e o uso de corticosteróides, os indivíduos geralmente recuperam-se em sete ou dez dias, não apresentando efeitos residuais. No entanto, se os pulmões apresentarem um dano muito importante decorrente da beriliose crônica, o coração pode ser sobrecarregado e, conseqüentemente, pode ocorrer insuficiência cardíaca. Algumas vezes, corticosteróides, como a prednisona oral, são prescritos no tratamento da beriliose crônica, apesar de, na maioria das vezes, eles não serem muito úteis.
Bronquictasia
É o alargamento ou distorção dos brônquios. Os brônquios são tubos por onde o ar entra e sai dos pulmões. Dentro de cada pulmão, eles vão se ramificando como galhos de árvore, formando a árvore brônquica.
Na árvore brônquica normal, à medida que se dirigem à periferia dos pulmões, eles vão se dividindo e afilando. Quando não ocorre esta diminuição de calibre ou, ao contrário, o calibre aumenta, dizemos que existe bronquiectasia.
Esta distorção irreversível dos brônquios decorre da destruição do componente elástico que compõe a parede destes.
A bronquiectasia, antes da existência dos antibióticos, foi uma doença bastante comum. Com o surgimento dos antibióticos e das campanhas de vacinação (contra o sarampo, coqueluche e tuberculose), ela tornou-se menos comum em virtude do melhor tratamento e prevenção das infecções respiratórias, respectivamente.
Como se desenvolve?
A bronquiectasia pode ser congênita (desde o nascimento) ou adquirida. Para a bronquiectasia surgir, há necessidade da presença de dois elementos: a agressão por uma infecção e a deficiência na resolução (“limpeza”) das secreções brônquicas. Portanto, quanto mais agressivo o germe causador da infecção e quanto pior os mecanismos e as condições de defesa dos pulmões e do organismo como um todo, maiores as chances de desenvolvimento da doença.
O que se sente?
O portador típico de bronquiectasia é aquele indivíduo que tem tosse com expectoração (escarro) persistente e em grande quantidade, principalmente, pela manhã.
Todavia, as manifestações da doença podem ser frustras ou a pessoa pode até não ter nenhum sinal ou sintoma.
Existe também um tipo de bronquiectasia – bronquiectasia seca – na qual não há aquela expectoração abundante e persistente de muco (catarro) como na maioria dos casos. Ela se manifesta como episódios de hemoptise (sangramento ao tossir), e usualmente decorre de lesões cicatrizadas de tuberculose.
Como o médico faz o diagnóstico?
Com as alterações que o doente apresenta, o médico poderá suspeitar do diagnóstico de bronquiectasia. No entanto, a confirmação da doença virá através dos exames de imagem–radiografia, tomografia computadorizada.
Para se buscar possíveis fatores predisponentes para a doença, faz-se necessário a realização de outros exames.
A radiografia do tórax pode ser normal nos indivíduos acometidos pela doença.
Como se trata?
A cirurgia como tratamento deve ser realizado nos casos em que a doença é localizada (quando acomete só uma parte do pulmão) e não há melhora dos sintomas com o tratamento conservador
. Além dos antibióticos, fisioterapia respiratória é muito importante para o tratamento.
Nos pacientes com bronquiectasias difusas, com grave prejuízo na qualidade de vida, o transplante pulmonar poderá ser realizado.

Bronquiolite Obliterante
O que é
A bronquiolite obliterante é uma doença respiratória comum, aguda, geralmente grave. Normalmente, acomete crianças com menos de 2 anos de idade. É causado por um tipo de vírus, o chamado vírus sincicial respiratório, mas ocasionalmente por outros tipos de vírus. Pode estar associada a algumas condições como: inalação de fumaça tóxica, infecção pulmonar, transplante de órgãos (coração e pulmão).A doença também pode ocorrer em associação com a artrite reumatóide.
Sintomas e Sinais
Tosse com catarro e falta de ar são os sintomas mais comuns. Pode haver crises de falta de ar e chiado semelhantes às crises de asma.
Diagnóstico
O diagnóstico é geralmente difícil, baseado em achados clínicos. A radiografia de tórax é inespecífica, à semelhança da pneumonia. Provas de função pulmonar auxiliando diagnóstico.Em alguns casos é necessária a biópsia do pulmão (remoção cirúrgica de um pequeno fragmento do pulmão para a análise ao microscópio).
Tratamento
Baseado fundamentalmente no uso de corticóides (antiinflamatórios potentes) por via intravenosa, fisioterapias e futuro transplante pulmonar.


IMPORTANTE: É de extrema importância a avaliação médica, o tratamento de cada doença em sua individualidade bem como as definições de um possível transplante pulmonar unilateral ou bilateral, que somente será decido por uma equipe multidisciplinar de alta qualidade. Consulte sempre um médico.

ESPANHA, RECORDISTA EM TRANSPLANTES

Espanha é recordista de transplantes.

Santa Catarina já segue exemplo espanhol.

Sabia que você pode dar 56 anos de vida de presente para os outros? O milagre da multiplicação da vida é perfeitamente possível graças a um procedimento médico que pode dar excelentes resultados. Com a palavra, o doutor Drauzio Varella!

Você acha que se, no país, nós tivéssemos um sistema melhor de captação de órgãos nós conseguiríamos acabar com as filas de transplantes?

“Eu tenho convicção de que acabar não, porque sempre surgem novos casos de pacientes que precisam, mas estabilizar, sim”, afirma o médico intensivista Joel Andrade, coordenador da Central de Transplantes de Santa Catarina.

Em apenas quatro anos, Santa Catarina conseguiu transformar completamente a realidade da fila de transplantes no estado: de sete doadores efetivos para cada milhão de habitantes, passou para 16. Doador efetivo é aquele cujos órgãos serão realmente transplantados.

“Ele é o doador em que, pelo menos, um dos órgãos é retirado e implantado”, explica Joel Andrade.

Como é que você explica esse salto no número de doações?

“O salto se deve a vários fatores, mas basicamente a organizar melhor o sistema, baseado na figura central do processo de transplantes, o coordenador hospitalar. O aumento dessas doações resultou em maior segurança para quem? Justamente para quem precisa de um transplante”, avalia o médico.

ALEGRIA E GRATIDÃO DE KELLY



‘A sensação é de pura leveza, um momento mágico’


Ontem pra mim foi um dia especial. Momento que eu pude reviver toda emoção, medo, angustia e claro também a felicidade da noticia de uma possível doadora. Ah!! Como foi bom ouvir essa notícia. Muitos pensamentos pairaram sobre mim. Como reagiria minha família? Como seria a cirurgia? Bom… O momento chegou!! Desci ao Centro Cirúrgico mais calma, sorrindo e conversando. Depois de um longo sono, abro os olhos e tenha a mais bela sensação da minha vida: PURA LEVEZA. Momento mágico… Momento único… Só tenho à dizer que sou extremamente FELIZ!

Aqui estão meus eternos agradecimentos:

- A Deus, que mesmo eu achando que estava num momento incerto, tinha comigo sempre o AMIGO CERTO cuidando de mim.

- A minha família, que esteve comigo nas horas de alegria, luta, sofrimento e toda torcida… AMO VOCES…e não tenho palavras pra mensurar tamanho sentimento.

- Aos meus poucos e verdadeiros amigos, que estiveram ao meu lado, torcendo, me fazendo feliz, convivendo comigo, chorando e sorrindo… Essa nova safra me fez ver o quão é importante uma palavra, uma abraço,

- A minha doadora que certamente tinha amor grande ao próximo e que pode expressar isso em vida, deixando uma missão aos seus familiares em ajudar alguém desconhecido mesmo não estando mais aqui. Oro por você todos os dias para que você esteja nos braços confortáveis de Jesus.

- À família da minha doadora que num momento de extrema dor, pode dispensar um amor imenso ao desconhecido. Muito obrigado a vocês pelo amor à vida.

- À Equipe de Clínica e Cirúrgica do Tx Pulmonar InCor-SP – meus anjos vestidos de homens que dedica suas vidas em prol das nossas vidas: A VOCES TODA MINHA ADMIRAÇÃO, GRATIDÃO E TODOS OS AOS QUE EXISTEM. Ficaria horas descrevendo tantos adjetivos.

- Ao Corpo de Enfermagem (REC E ANDAR), que nos trata com humanidade, carinho dedicação.

- Aos porteiros, limpeza, copeiras, voluntárias, muito obrigada pelo serviço e amizade dispensada.

SÓ TENHO AGRADECER….SÓ AGRADECER MESMOOO…..PESSOAS SÃO MARAVILHOSAS….AMO LIDAR COM ELAS!

E gostaria de dizer a todos que hoje estão na fila para um transplante, que não deixem de lutar jamais. Temos alma e sentimentos nobres, faça isso valer em qualquer lugar. Não deixem de viver nada…vivam tudo que puder independente da situação.Sorriam sempre!!! Seja Felizzz!!!

Quero dizer ao Brasil e quem sabe ao mundo: EU SOU FELIZ!!! RESPIRAR É MARAVILHOSO!!! A VIDA É BELA!!! O TX É MARAVILHOSO…E EU SOU FELIZZZZZZ…..MUITO FELIZZZZZZ!!!!

Lutem… A guerra nunca está perdida porque temos Deus lutando por nós. Deus atua em nós conforme nossas expectativas. À medida que acreditamos a luz se amplia. Do fundo do meu coração, espero que essa luz esteja neste momento invadindo seu coração.

Um beijo no coração de todos……

Kelly Fernandes…..Keka

Á HISTÓRIA DE KELLY. PÓS TRANSPLANTE

Kelly, aguardando doador (Orgão = Pulmão )no Hospital de Clinicas (Incor-SP )


Kelly, pós transplante


Me chamo Kelly Fernandes da Cunha, tenho 29 anos e sou transplantada do pulmão e sou assistente de uma advogada. Nasci com uma doença chamada DISCINESIA CILIAR que consiste no NÃO funcionamento dos cílios do pulmão que tem a finalidade de limpar a secreção acumulada. Secundária desta doença veio a BRONQUIECTASIA que consiste no atrofiamento dos brônquios e junto ao acúmulo de secreção gera infecções. Comecei com os sintomas de falta de ar aos 2 anos de idade. Desde então fazia acompanhamento com médicos, mas tudo era tratado como uma simples bronquite. Aos 6 anos houve uma piora e assim ia mudando de médicos para outras opiniões e nada era descoberto. Cheguei aos 14 anos e logo comecei a trabalhar, pois precisava pagar meu convenio medico e muito gato com medicamentos e minha mãe não podia me dar todo o suporte necessário, por isso fui trabalhar. Comecei a ir num especialista pelo convenio que descobriu a Bronquiectasia e me disse que eu teria que aprender a conviver com isso. Claro que não aceitei tal argumento e inicie o tratamento. Fiz um tratamento com vacinas por 4 anos e nada de resultados. Por fim procurei outra opinião medica. Nessa nova tentativa outra decepção, o médico queria tirar um dos meus pulmões pra que eu tivesse mais um tempo de vida. Achei o maior absurdo e fui procurar outra opinião. Neste novo especialista tive esperanças, pois surtia efeito o inicio do tratamento, mas as coisas foram se agravando e passado mais 2 anos estava eu numa enorme piora com 22 anos de idade. Daí em diante foram muitas infecções e internações. Em certa internação aos 24 anos o medico que cuidava de mim me disse: Kelly eu não tenho mais antibióticos pra te dar, você já tomou a lista deles pra matar essa bactéria. Eu respondi: Ah Drº! Se não tiver mais nada, matam elas a paulada e sorri. Ele também sorriu e me disse: Vou te indicar um medico amigo meu, tenho certeza que ele te ajudará. Eu disse: Drº é o ultimo médico que eu procuro eu estou cansada! Nessa época já tinha deixado tudo de lado: trabalho, vida social, relacionamento, tudo!! Larguei tudo na vida pra cuidar somente da minha saúde.
Fui passar com esse medico muito carinhoso, atencioso gostaria muito de mencioná-lo Drº Adriano César Guazelli, que prontamente me atendeu e fez um estudo dos meus exames desde criança e logo depois me veio com a noticia que talvez fosse precisar de um transplante. Na hora nem me dei conta do que era isso. Nunca nem tinha ouvido falar em transplante pulmonar. Ele me disse que eu tinha sim BRONQUIECTASIA num estagio avançado, mas que ele tinha certeza que eu tivesse outra doença de base e teve a humildade de dizer que ele não tinha recursos pra diagnosticar tal doença mas que me encaminharia ao HC-SP onde lá sim descobririam e me tratariam com todo suporte necessário.

Mais que prontamente fui encaminhada ao HC-SP e numa junta medica, conversando sobre todo o meu histórico de doença diagnosticaram meu problema. Inicie lá um tratamento medicamentoso sem sucesso já pela gravidade do meu caso. Nessa época eu já usava oxigênio 24horas por dia, sem tirar pra nada. Numa nova consulta, me disseram do grupo de TX de Pulmão que seria minha única chance. O Drº me disse assim: Seu caso é só o transplante, demoraram muito a cuidar de você. E então quer pensar no transplante? Eu disse: Não! Não quero pensar. Quero o transplante agora com todas minhas forças.

Quero agora meu encaminhamento. Sai do HC e fui direto ao Hospital InCor fazer a parte burocrática. Comecei no inicio de 2006 a bateria de exames e em Julho de 2006 fui aceita na fila de transplantes. Foi inicio da alegria e angustia. Alegria em saber da chance de nascer de novo e angustia da espera. Fiquei por 2 anos na fila do transplante e nesses dois anos tive 4 internações e uma delas uma UTI onde fiquei entre a vida e a morte. Tinha somente 17% da capacidade pulmonar e estava numa seria infecção. Fui levada pra UTI num Hosp. Em Diadema, onde na ambulância não tinha oxigênio. Fiquei sem oxigênio por 17 minutos e isso tudo me agravou. Recordo-me que quando dei entrada nessa UTI eu disse assim a enfermeira: estou com medo! Ela disse: tá tudo bem Kelly, fica calma. Eu disse: eu não to bem Beth, mas eu volto! E logo depois tive uma parada cardíaca. Fiquei 14 dias entubada e a medica daquela UTI já me desenganava. Dizia nas visitas aos meus familiares que eu não sairia do tubo, que ela tentava e eu não reagia. A resposta da minha mãe era: Drª tente mais uma vez, Jesus tem cuidado dela. Você vai conseguir. E na outra visita tudo se repetia . Até que no 8ª dia de tubo , ela conseguiu tirar e eu respirei por 15 minutos, mas logo tiveram de colocar novamente. Minha mãe ficou muito feliz, pois somos uma família de muita fé e perseverança. Eu mesmo dentro de mim sabia que eu sairia dali vitoriosa. Não sei explicar, mas algo ardia dentro de mim na esperança de logo estar acordada de novo. E foi assim ao longo dos dias, ate que no 14ª dia , a Drª retirou o tubo e eu voltei a respirar. Ela ficou impressionada pelo estado da gravidade em que eu me encontrava. Na visita daquele dia ela chegou sorrindo, feliz com parte da recuperação e disse a minha mãe: O que sua filha tem que é tão forte? Uma vontade de viver que impressiona. Minha mãe respondeu: Nós temos a luz de Jesus, não disse a você que ele tem cuidado de nós?

Fiquei 30 dias nessa UTI, em dezembro de 2007. Passei Natal e no Ano Novo fui pra casa. Lembro-me nesse dia que eu chorei muito. Estava calor, eu ainda estava confusa da sedação e dos dias de entubação e sempre repetia: Ai quando vai chegar? Eu chorava. Esse era meu momento de fraqueza. Medo de não conseguir realizar o meu transplante. Logo depois tive outro problema serissimo com um irmão e acabou ficando muito doente. Meu irmão adquiriu um câncer de boca grave e minha família tinha que cuidar de duas pessoas bastante graves. Minha mãe e minha cunhada revezavam nos cuidados com ele e toda uma preocupação comigo, porque estava chegando no meu limite da falta de ar. Andar e comer já estavam ficando muito difícil.Já não conseguia mastigar os alimentos.Comia sopas e papinhas pra facilitar a respiração e não me cansar. Mas sempre tive a certeza do transplante. Quando internava, ria muito com enfermeiras, fazia amizades, pois eram quase um mês de internação por vez e mesmo diante de toda minha situação grave eu nunca deixei de sorrir ou brincar, nunca achei que não fosse dar certo. A minha angustia era só a espera, pois eu parecia estacionada, minha vida estava parada. Mas a esperança, a fé e a certeza ardiam dentro de mim.

Meu irmão teve uma piora enorme e foi para o Hospital e eu ficava em casa sozinha em casa e minha mãe me dizia: Fia, se o InCor te chamar pede ajuda aos vizinhos por que a mãe vai cuidar do seu irmão no hospital. E eu ficava ali quietinha, lendo meus livros, fazendo janta pra ela que não se cansasse mais quando chegasse em casa do Hospital. Meu irmão não resistiu a doença, faleceu no dia 06 Junho de 2008 e foi um choque pra mim porque ele era a minha referencia. Fiquei mal, chorosa, triste e no dia 8 Junho por conta dessa perda comecei a ter febres e o medico me internou. Minha angustia começou ali, pois meus pensamentos naquele momento eram: Meu Deus, e se eu morrer também, como fica a minha família? Iniciei o tratamento com antibióticos. Meus amigos transplantados iam me ver, conversar comigo e naquela semana todos diziam assim: Ah Kellynha, você vai transplantar logo. E no dia 19 de Julho de 2008 eu acordei estranha, pensativa, não queria conversar e fiquei assim o dia todo. Mas a noite eu resolvi sair do quarto e dar uma volta. Fui até a sala de visitas e lá fiquei olhando da janela os carros em plena 6ª feira de transito. Li um jornal que estava sob a mesa e depois disso resolvi orar a Deus e orei assim: Jesus, eu sei que Senhor conhece o meu problema e o meu coração. Mas hoje eu quero contar pro Senhor o que eu to passando e que eu to chegando no meu limite. Jesus o transplante não podia ser hoje?

Levantei-me, peguei meu oxigênio e voltei pro meu quarto pra tomar a medicação das 22 horas. Quando eu apontei no corredor do meu quarto uma enfermeira estava me procurando dizendo: Kelly, onde você estava? Tem um médico querendo falar com você. Fui até o balcão de enfermagem e esperei por ele. Ele apareceu e me disse: Kelly preciso de um RX seu agora. E eu muito curiosa respondi: Agora? Mas eu tirei um pela manha! Usa aquele. Ele com toda paciência disse: Não Kelly, precisa ser agora, preciso da suas medidas. Eu nada convencida disse: Mas pra que medidas? Conta-me então.

Ele disse: Tá bom. Aqui no HC tem um potencial doador pra você e acho que só dá pra você, por isso preciso das suas medidas.

Eu fiquei parada sem fala, por que eu tinha acabado de orar, pedir e fui atendida. E dizia a ele: É verdade? Você tá falando a verdade? Ele: sim Kelly, tem um doador. Vai pro seu quarto se preparar e fica calma. Parecia mágica, uma alegria extrema, parecia inacreditável, mágico mesmo.

Fui pro meu quarto, rindo, alegre, surpresa e não sabia pra quem eu ligava primeiro, família, amigos… Liguei pra minha família e pedi pra que todos viessem me acompanhar. Quando eles chegaram foi um misto de sentimentos, medo, alegria, tristeza por que meu irmão não estava lá…. Mas quando a maca chegou pra me buscar eu pensei no meu intimo: Agora é a hora da verdade. Se na minha oração Deus de pronto me abençoou, eu volto do Tx renovada! Subi na maca com calma, deixa minha família tranqüila e fui a pensamento assim: Jesus to aqui. Cheguei até aqui por Sua vontade e que ela continue sendo feita. Entrei pro Centro Cirúrgico numa cirurgia que duraram 15 horas e foi um sucesso.

Quando acordei da cirurgia, eu me sentia leve, com o ar entrando e saindo dos pulmões sem dificuldades, sentia uma leveza e muita alegria, estava muito feliz. E como Deus é maravilho ne? Minha família esta em plena tristeza da morte recente de 14 dias do meu irmão e de repente nos presenteia com a vida.

Passado um 1 ano e 9 meses, estou de volta a vida. Trabalho, viajo,namoro, dou palestras falando da minha experiência e falando da importância da doação de órgãos. Tenho uma vida extremamente feliz, sou e serei eternamente agradecida pela minha doadora e seus familiares e por toda equipe medica, enfermagem, assistência social, psicologia por tenho o melhor suporte pra minha saúde. Encontrei um amor na internet o Luciano que passou a mesma experiência que a minha. Ele no Rio Grande do Sul e eu em SP na lista de espera pro pulmão nos conhecemos, ficamos amigos e nos apaixonamos, hoje ele já transplantado também e com muita saúde, estamos namorando e felizes.

Meu objetivo de vida hoje é viver intensamente e fazer com que pessoas renasçam também sejam eles doentes fisicamente ou da alma, por que minha experiência de vida pode mudar a perspectiva de vida de alguém que acha que não tem mais nada pra viver. Tenho Deus, uma família linda que me apóia um namorado que eu amo e muitos amigos. Abraço todas as oportunidades dentro dos meus limites. O melhor da vida é viver e eu quero fazer isso intensamente e com muita alegria.

Kelly F. Cunha