"A importância do atendimento domiciliar é a qualidade de vida da Carol", Glisson Leuzenski





Com uma máscara de borboleta a menina se diverte. Sorri, faz graça, e sente-se feliz. Como uma borboleta que voa livre pelo céu, Carol também conquista diariamente uma liberdade que há dois anos era apenas um desejo de seus pais.
Maria Carolina Leuzenski nasceu com distrofia muscular. Seus dois primeiros anos foram vividos dentro de um hospital. Hoje, aos quatro, Carol aproveita a vida como qualquer outra criança, exceto pelo respirador, que carrega consigo para onde for, e a gastrostomia, que leva o alimento direto ao seu estômago através de um tubo. Cada pequeno detalhe, como tomar banho de banheira ou fazer piqueniques no parque, é uma vitória para a família. A maior delas foi a possibilidade de Carol frequentar a escola e, assim, poder conviver com outras crianças de sua idade. “Quando a gente se torna mãe, cria várias expectativas, dentre elas a de levar o filho à escola e ajudá-lo na lição de casa. Pensei que não teria essa oportunidade, mas hoje isso é uma realidade”, conta emocionada Michelle de Lara, mãe da pequena Carol.
Michelle e seu marido, Glisson Leuzenski, nunca perderam a esperança: quando sua filha estava no hospital, tinham a certeza de que um dia estariam com ela em casa. Mesmo com a segurança e suporte que a instituição proporcionava, não era aquilo que queriam: horários para visitas, restrições médicas, e as limitações físicas os impediam de ser pai e mãe de verdade.
“Nós não conhecíamos o tratamento domiciliar. Então, conversamos com pessoas do plano de saúde para obter esse serviço e tivemos um grande apoio. A importância do atendimento domiciliar é a qualidade de vida da Carol, além de, no nosso caso, o gasto ser menor”, explica o pai. Apesar dos inúmeros benefícios da modalidade, Glisson e Michelle acreditam que ainda existem muitos desafios para a atenção domiciliar.
O principal deles é a falta de treinamento dos profissionais de saúde que atuam na área. Muitos não estão qualificados para o trabalho, outros não têm afinidade com esse tipo de atendimento. “Quando uma pessoa sai de um curso de enfermagem, por exemplo, ainda não tem noção de atendimento. Por isso, ela precisa de um treinamento para trabalhar com tratamento domiciliar”, argumenta a mãe, que hoje faz faculdade de enfermagem.
Na piscina de bolinhas, na sala de aula, no sofá de casa ou no meio da natureza. Não importa o local, Carol e seus pais superaram cada obstáculo que a vida os impôs. E agora, alegre, esperta e ativa, a menina pode borboletear por onde desejar.
Rexto e Imagens extraido dos site > www.devoltaparacasa.org.br/revista/o-cuidado-em-casa/materias/a-historia-de-superacao-de-maria-carolina
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