Você sabe o que é o Tratamento Domiciliar? Quais são suas modalidades? Entre aqui e entenda o que torna esse serviço humanizado tão importante para pacientes que podem ser cuidados em casa!
Cama especial, médicos e enfermeiros 24h por dia, equipamentos de última geração. À primeira vista, o universo hospitalar parece o lugar mais seguro para um paciente ficar. Porém, quando comparado ao aconchego do lar, sons, cheiros e rostos conhecidos, torna-se infinitamente menos confortante estar no hospital.
O Tratamento Domiciliar traz ao paciente a possibilidade de ser cuidado em casa. Com uma série de serviços da área da saúde envolvidos, essa forma de tratamento – indicada a quem não tem mais a necessidade de estar em internação hospitalar, mas ainda precisa de cuidados médicos – traz para dentro da casa do paciente os procedimentos clínicos que ele teria apenas no hospital. Os serviços vão desde o suporte para atividades básicas do dia a dia até técnicas específicas, como nutrição parenteral (feita através de tubo ligado diretamente ao intestino), transfusões, quimioterapia, além de enfermagem 24h por dia.
Não há um consenso de quando o Tratamento Domiciliar surgiu. Existem relatos de que a atividade era praticada nos EUA já em 1780, e na Europa, em meados do século XIX. Tratava-se de procedimentos simples e orientações aos familiares, ligados aos serviços de enfermagem.
No Brasil, a modalidade começou a ser praticada por volta de 1918, com serviços de atendimento domiciliar mantidos pelas secretarias municipais e estaduais de saúde. No setor privado, iniciou-se há cerca de 15 anos.
Desde então, o formato vem crescendo no país, apesar de ainda não ser intensamente divulgado. A falta de leitos em hospitais superlotados, os altos custos de se manter um paciente em internação hospitalar em longo prazo, os riscos de infecções hospitalares, o crescimento da população idosa e de doenças crônico-degenerativas, e a possibilidade de dar aos pacientes o direito de serem cuidados no conforto de suas casas, ao lado de pessoas queridas, é o que torna o Tratamento Domiciliar necessário e desejado.
Essa forma de assistência permite ao paciente receber em sua casa os cuidados médicos disponíveis no hospital, sem perder a qualidade e efetividade do atendimento. Ao contrário: estar em casa dá a ele suportes sociais e emocionais para lidar com a sua doença, tornando o ambiente domiciliar o melhor lugar terapêutico para ele ser tratado. Além disso, os cuidadores e familiares recebem apoio das equipes de saúde, aprendendo determinados procedimentos para cuidar do paciente e estreitando os laços afetivos.
Existem duas modalidades de serviços do Tratamento Domiciliar: o Atendimento Domiciliar e a Internação Domiciliar. Na primeira, são realizadas atividades assistenciais que variam de duração conforme a necessidade do cuidado a ser feito, sendo uma alternativa ao atendimento ambulatorial. Essas atividades são feitas por um profissional ou uma equipe de saúde. Na segunda, são desenvolvidas atividades assistenciais especializadas e sistemáticas, feitas por equipes multidisciplinares de saúde que contam com equipamentos, materiais e medicamentos específicos, além de ter a presença de um profissional em tempo integral. Tal formato possibilita ao paciente ter dentro de sua casa as condições ideais para ser bem cuidado e os recursos médicos que só teria em um hospital.
Independente da modalidade de assistência domiciliar, o paciente deve contar com um serviço de apoio 24h por dia para situações de urgência e emergência, em que receba orientações.
Com o apoio de profissionais e a presença constante dos familiares, o Tratamento Domiciliar oferece ao paciente muito mais do que atenção médica: dá a ele a qualidade de vida tão almejada.
Texto e imagem extraidos do site>www.devoltaparacasa.org.br/tratamento-domiciliar/o-que-e-tratamento-domiciliar
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